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Pobreza, "questão Social" E Seu Enfrentamento

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Por:   •  28/8/2014  •  324 Palavras (2 Páginas)  •  1.743 Visualizações

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Pobreza, “questão social” e seu enfrentamento

Carlos Montaño, Doutor em Serviço Social e professor associado na Universidade Federal do Rio de Janeiro, escreveu em março de 2012 o artigo intitulado: Pobreza, “questão social” e seu enfrentamento. O artigo expõe claramente as concepções de pobreza e “questão social” no capitalismo concorrencial, no capitalismo monopolista e no “Estado de Bem-Estar”, e no contexto e no pensamento neoliberal.

Montaño relata que no capitalismo concorrencial, as causas da miséria e da pobreza estavam vinculadas ao indivíduo por elas atingido. A pobreza estaria vinculada à um déficit educativo, era vista como problema de planejamento e como problema de ordem moral-comportamental.

Tendo em vista esse pensamento, o enfrentamento da pobreza se dava com ações filantrópicas, surgindo os abrigos para os “pobres” e as organizações de caridade.

No atual contexto de crise capitalista, a pobreza é vista novamente como um problema individual-pessoal e o seu enfrentamento se dá mais uma vez com a filantropia, com programas de combate àfome e à miséria.

Montaño faz uma crítica, bem fundamentada por sinal, sobre a maneira de combater a pobreza nos governos de Fernando Henrique Cardoso e Lula. O tão conhecido Bolsa-Família é visto por Montaño como formas políticas que nada alteram as fontes da desigualdade social.

A pobreza em uma sociedade capitalista é o resultado da acumulação privada de capital. Assim, não é a escassez que gera a pobreza, mas a abundância concentrada em poucas mãos que gera a desigualdade e a pobreza.

A partir das considerações anteriores, podemos concluir que programas de combate à pobreza e a fome, Bolsa-Família e Fome Zero, por exemplo, nada alteram a situação da pobreza, além de remediar provisoriamente, e não atingem a origem do problema: a concentração de riquezas nas mãos de poucas pessoas, a grande parte das outras pessoas (trabalhador assalariado) trabalhando para esses poucos ( donos dos meios de produção) e os que não fazem parte de nenhum desses dois grupos são os desempregados, os que são “beneficiados” com tais programas.

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