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Punk: uma contracultura que resiste

Por:   •  7/5/2015  •  Artigo  •  1.505 Palavras (7 Páginas)  •  311 Visualizações

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Movimento Punk

By Arthur-Louzada | Studymode.com


Colégio Silva Serpa – Profª Valéria Tuzzi

Luana Muruci

Nº 09 – Turma: 3001 pH

Contracultura- Cultura Punk

São Pedro da Aldeia, Abril de 2014

Contracultura

Contracultura é um movimento que teve seu auge na década de 1960, quando teve lugar um estilo de mobilização e contestação social e utilizando novos meios de comunicação em massa. Jovens inovando estilos, voltando-se mais para o anti-social aos olhos das famílias mais conservadoras, com um espírito mais libertário, resumido como uma cultura underground, cultura alternativa ou cultura marginal, focada principalmente nas transformações da consciência, dos valores e do comportamento, na busca de outros espaços e novos canais de expressão para o indivíduo e pequenas realidades do cotidiano.

A contracultura pode ser definida como um ideário altercador que questiona valores centrais vigentes e instituídos na cultura ocidental. Justamente por causa disso, são pessoas que costumam se excluir socialmente e algumas que se negam a se adaptarem às visões aceitas pelo mundo. Com o vultoso crescimento dos meios de comunicação, a difusão de normas, valores, gostos e padrões de comportamento se libertavam das amarras tradicionais e locais – como a religiosa e a familiar -, ganhando uma dimensão mais universal e aproximando a juventude de todo o globo, de uma maior integração cultural e humana. Destarte, a contracultura desenvolveu-se na América Latina, Europa eprincipalmente nos EUA onde as pessoas buscavam valores novos.

Punk

Denomina-se subcultura punk os estilos dentro da produção cultural que possuem certas características comuns àquelas ditas punk, como por exemplo o princípio de autonomia do faça-você-mesmo, o interesse pela aparência agressiva, a simplicidade, o sarcasmo niilista e a subversão da cultura. Entre os elementos culturais punk estão: o estilo musical, a moda, o design, as artes plásticas, o cinema, a poesia, e também o comportamento (podendo incluir ou não princípios éticos e políticos definidos), expressões linguísticas, símbolos e outros códigos de comunicação. Surge dentro do contexto de contracultura, como reação à não violência dos hippies e a um certo otimismo daqueles.

- Movimento Punk

A partir do fim da década de 1970, o conceito de "cultura punk" adquiriu novo sentido com a expressão movimento punk, que passou a ser usada para definir sua transformação em tribo urbana, substituindo uma concepção abrangente e pouco definida da atitude individual e fundamentalmente cultural pelo conceito de movimento social propriamente dito: a aceitação pelo indivíduo de uma ideologia, comportamento e postura supostos comum a todos membros do movimento punk ou da ramificação/submovimento a que ele pertence.  O movimento punk é uma forma mais ou menos organizada e unificada, com o intuito de alcançar objetivos — seja a revolução política, almejada deforma diferente pelos vários subgrupos do movimento, seja a preservação e resistência da tradição punk, como forma cultural deliberadamente marginal e alternativa à cultura tradicional vigente na sociedade ou como manifestação de segregação e autoafirmação por gangues de rua. A cultura punk, segundo esta definição, pode então ser entendida como costumes, tradições e ideologias de uma organização ou grupo social.

Apesar de, atualmente, o conceito "movimento punk" ser a interpretação mais popular de "cultura punk", nem todos indivíduos ligados a esta cultura são membros de um grupo ou movimento. Um grande número de punks definem o termo "punk" como uma manifestação fundamentalmente cultural e ideologicamente independente, cujo aspecto revolucionário se baseia na subversão não coerciva dos costumes do dia a dia sem, no entanto, se apegar a um objetivo preciso ou a um desejo de aceitação por um grupo de pessoas, representando uma postura distinta do caráter politicamente organizado e definido do movimento punk e de seu respectivo interesse na preservação da tradição punk em sua forma original ou considerada adequada.

Esta diferença de postura entre o movimento punk e outros adeptos da cultura é responsável por constantes conflitos e discussões, violentos ou não, que ocorrem em encontros destes indivíduos em ruas e festivais, ou através de meios de comunicação alternativos como revistas, fanzines e fóruns.

- Origem

EstadosUnidos:

Originalmente, o punk surgiu por volta de 1974 como uma manifestação cultural juvenil semelhante aos das década de 1950 e 1960: era caracterizado quase que totalmente por um estilo baseado em música, moda e comportamento.

Inglaterra:

Na Inglaterra o princípio de que "qualquer um pode montar uma banda" e o espírito renovador do punk rock se mesclaram a uma situação de tédio cultural e decadência social, desencadeando o punk propriamente dito.

Brasil:

O movimento punk em São Paulo surgiu na Zona Norte, mais precisamente a turma roqueira da Vila Carolina, onde desde o início dos anos 1970, já se formava uma cena pré-punk influenciada por bandas de protesto estado-unidenses e inglesas, como MC5, The Stooges e Dust.

- Ideologia:

Desde o seu início, a subcultura punk teve ideias apartidárias e a liberdade para acreditar ou não em um deus ou religião qualquer. Porém, por causa do tempo de existência, seu caráter cosmopolita e amplo, ocorreram distorções de todas as formas, em diversos países, dando ao movimento punk uma cara parecida mas totalmente particularizada em cada país.

Por se assemelhar em diversos aspectos com o anarquismo (isso posteriormente: a princípio, o movimento punk era apolítico), punks e anarquistas passaram a colaborar entre si e muitas vezes participando das ações.

Passaram, então, a existir muitos punks que também eram realmente anarquistas, e posteriormente surgiu o anarcopunk, esteganhou um novo rumo com redirecionamento a uma nova militância política, com discursos e ações mais ativas, opondo-se à mídia tradicional, ao Estado, às instituições religiosas e grandes corporações capitalistas.

Como a maior parte dos movimentos populares, o movimento punk tem quase tantas nuances quanto o número de adeptos, mas em geral sustentam valores como antimachismo, anti-homofobia, antifascismo, amor livre, antilideranças, liberdade individual, autodidatismo, iconoclastia, e cosmopolitismo.

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