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RESENHA DA SÉRIE “THE HANDMAID’S TALES”

Por:   •  27/8/2018  •  Relatório de pesquisa  •  801 Palavras (4 Páginas)  •  263 Visualizações

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RESENHA DA SÉRIE “THE HANDMAID’S TALES”

Vanessa Ferreira de Araujo.

1- A série estudada e debatida em sala de aula durante todo o semestre, traz um contexto onde todos os direitos das mulheres foram retirados aos poucos: perdem seu dinheiro, liberdade, emprego; em prol de um novo regime totalitarista religioso, que justificava suas ações por meio da Escritura Sagrada(Bíblia) e no fato de que somente através dessas ações abusivas contra as mulheres, que a benção da fertilidade voltaria a fazer parte daquela sociedade.

2- A personagem principal se chama June, e é uma Aia, ou seja, uma mulher que tem capacidade reprodutora, e é colocada em uma família tradicional, afim de que tenha relação sexual com o patriarca da família, e possa se reproduzir.

3- Apesar de ser um estupro, o ato sexual do patriarca para com a Aia é institucionalizado e tornado “legal”. Inclusive o ato é burocratizado através de uma cerimônia, afim de que fosse aceito pelas mulheres dos comandantes com mais facilidade.

4- Esse mundo é vigiado pelos “Olhos”, que são ferramentas do Governo para controle e fiscalização da sociedade, afim de que se mantenha a ordem.

5- O nome das Aias é retirado, afim de que sua identidade seja anulada por completo, e facilite a dominação daquela nova ideologia.

6- No decorrer da série, percebe-se que a esperança de June e a sua identidade não são completamente anuladas e voltam-se a reacender. A Memória é ferramenta substancial para manter as motivações em ativa.

7- Até mesmo na submissão e no silencio, vemos a resistência por parte de June e de outras Aias.

8- O comandante no decorrer da serie, leva June para uma espécie de “cabaré”. Local completamente proibido para aquele contexto em que vivem. Ali, fica nítido a percepção da chamada “linha abissal”, que divide o “mundo legal” do “mundo ilegal”. Neste cabaré, os homens tinham acesso a outras mulheres, bebidas alcoólicas à vontade, entre outros prazeres considerados criminosos, por aquela nova ordem que havia se imposto.

9- Todos os atos são legitimados por argumentos religiosos, por mais desumanos que aparentem ser. O que torna inevitável a comparação com os dias atuais, onde crueldades são justificadas em nome “da família tradicional, da moral, bons costumes, e o nome do Senhor”.

10- No começo da série, a sensação que se tem é que não existe esperança, não existe resistência, mas no decorrer da serie, alguns sinais de resistência começam a surgir.

11- A resistência quando feita de forma coletiva, por todas as Aias por exemplo, acaba por assustar os detentores do poder, que são obrigados a recuar. É o que acontece, por exemplo, na cena de apedrejamento de Janine, onde todas as Aias se recusam a atirar as pedras.

12- O poder é exercido durante toda a série. Seja do comandante para a Aia, do comandante para a esposa, da esposa para a Aia, das tias para com a Aia; e surpreendentemente, da Aia para com o comandante e esposa. Isso porque, a Aia tem o “poder da fertilidade”, e quando a mesma engravida, ela entende que possui dentro de si uma “moeda de troca”, um bem muito precioso para o comandante e sua esposa. Motivo pela qual, passa a exercer de certa

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