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RESENHA Manifesto Comunista

Por:   •  19/7/2016  •  Resenha  •  824 Palavras (4 Páginas)  •  746 Visualizações

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Carolina Cardoso do Amaral                                                                                 RA: 11011413    

Manifesto Comunista

Capítulo 1 – Burguesia e Proletariado

        No primeiro capítulo de seu livro, Karl Marx e Friedrich Engels acabam fazendo um panorama geral da evolução das classes sociais ao decorrer dos anos até o momento de publicação. Desde a Roma antiga e sua sociedade estratificada em plebeus, cavaleiros, patrícios e o uso da mão-de-obra escrava até a sociedade burguesa da época (que ainda muito se assemelha à nossa sociedade atual).

        Desta forma, neste capítulo é defendida a ideia de que o desenvolvimento da sociedade atual foi sempre impulsionado pela luta de classes e foi assim que surgiu a sociedade burguesa. Entretanto, apesar de sempre haver a luta de classes e uma nova forma de sociedade se sobrepujar a outra, as divisões sociais e seus antagonismos acabam sempre sendo presentes, tendo as classes mais abastadas sempre a dominar e oprimir as classes menos afortunadas.

        A diferença da sociedade burguesa é que ela se divide cada vez mais, criando duas classes muito bem diferenciadas e opostas: a burguesia e o proletariado.

        A primeira, a classe burguesa, nasce a partir do declínio da sociedade feudal, revolucionando as formas de produção e comércio. Com o advento da indústria e das maquinarias, a burguesia apenas se impulsionou cada vez mais, sobrepujando as antigas formas de produção artesanais e indústrias coorporativas feudais, levando a manufatura à um novo patamar de produção, que deveria suprir a demanda do mercado em constante ascensão e sempre em busca de mercadorias. Desta forma, foi criada a grande indústria.

Com as grandes navegações pela África, a descoberta da América, os comércios realizados com a Índia e a China foram ampliados ainda mais os mercados que a burguesia necessitava para crescer. Sendo assim, novas necessidades são criadas em diferentes países, que até então eram supridas localmente.

        Isto posto, esta nova classe cria grandes relações de subordinação, submetendo a população rural às cidades, os países que eram considerados “bárbaros” às grandes civilizações europeias da época, o oriente ao ocidente.

A burguesia consegue, então, alastrar seus mercados por todo o mundo, levando consigo não somente a mudança nos meios de produção, mas também na sociedade. Transforma, assim, a sociedade em sua imagem e semelhança; coloca de lado os desejos e anseios dos homens, transformando-os em lucros.

É assim, abalando todas as antigas crenças, relações sociais, concepções e ideias que eram vigentes anteriormente, que a burguesia se enraíza e sobrepuja sobre todas as outras formas de sociedade e classes.

Por outro lado, a sociedade burguesa enfrenta o problema da superprodução, que somente pode ser resolvido com a destruição ou a conquista de novos mercados. Entretanto, uma nova classe surge juntamente com ela para apunhalar sua criadora: o proletário.

Esta é a classe dos operários, que se vendem diariamente como mercadorias, a baixos preços e altas demandas de trabalho. Com tantas tecnologias que se desenvolvem cada vez mais, o trabalhador passar a ser somente um mero anexo das grandes máquinas.

Ocorre a concentração supermassiva de cidadãos nos grandes centros urbanos, que migram dos campos para vender-se ao sistema militarizado de produção, cada vez mais específico e simplificado.

A luta do proletário contra a burguesia ocorre em diversas fases e escalas, contra o burguês local, sobre a fábrica, mas todas estas revoltas são desorganizadas e acabam sendo utilizadas para os próprios interesses da burguesia. Entretanto, com a organização desta nova classe, a ameaça à classe burguesa deve se tornar cada vez mais iminente, destruindo cada vez mais os pilares sob os quais a burguesia se mantém, ou seja, na concorrência entre os próprios proletários e o acúmulo de bens.

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