Relatorio Completo De Estagio

SUMÁRIO

Apresentação

I Introdução

II Metodologia

III Diagnóstico do estágio na UFRN

1 Estudo das ementas

2 Posição do estágio na estrutura curricular

3 A percepção do estágio segundo chefes de departamento, coordenadores de curso, professores orientadores de estágio, preceptores e alunos

4 A coleta de dados quantitativos

4.1 Conhecimento e cumprimento da legislação de estágio

4.2 Estágio como atividade de ensino

4.3 O estágio no Projeto Político-Pedagógico

5 Oficinas de auto-avaliação

5.1 pontos Fortes

5.2 Pontos Fracos

5.3 Sugestões

IV Considerações gerais

Referências Bibliográficas

Anexos

I INTRODUÇÃO

Este relatório apresenta os resultados do estudo realizado sobre a realidade do estágio na Universidade Federal do Rio Grande do Norte para subsidiar a formulação de uma política de estágio para a instituição.

A elaboração deste documento integra um conjunto de ações previstas na Política de Qualidade Acadêmica da atual gestão da UFRN, constituindo-se em uma das metas do plano de gestão da Pró-Reitoria de Graduação – PROGRAD.

Além do cumprimento das políticas institucionais, este estudo atende às orientações para reformulação de currículos propostas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB – (n°9394/96) que fundamenta a construção das Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação.

De acordo com os elementos constitutivos dessas diretrizes, o estágio se apresenta como um dos componentes curriculares no processo de organização dos conhecimentos nos Projetos Político-Pedagógicos dos Cursos, não mais se admitindo a cisão entre teoria e prática e entre saber acadêmico e saber profissional.

Essa nova forma de conceber o estágio na estrutura curricular tem exigências de natureza conceitual e legal. O estágio é parte do processo de formação do aluno, estabelecendo a interlocução entre o percurso acadêmico e o fazer profissional. Ao relacionar o mundo do trabalho ao da academia, o estágio possibilita ao conjunto de disciplinas e atividades do currículo uma (re)aproximação contínua com a realidade social. Dessa forma, todas as atividades de estágio são curriculares, conforme o entendimento da legislação do estágio, Lei n° 6.494, de 7 de dezembro de 1977 e do Decreto n° 87.497 de 18 de agosto de 1982.

Esse cenário exige da UFRN um conjunto de mudanças. As resoluções nº 178 de 22 de setembro de 1992 e nº 110 de 30 de dezembro de 97 do CONSEPE, que estão em vigor, encontram-se desatualizadas, apresentando duas modalidades de estágio, curricular e extra-curricular. Além de não atender as exigências conceituais propostas pelo processo de reformulação curricular, a denominação “extra-curricular” contradiz com a legislação vigente que considera, como curriculares, todas as atividades acadêmicas desenvolvidas pelo aluno durante a graduação.

Somado a isso, são inúmeras as demandas de professores, solicitando a formulação de uma política com a definição de diretrizes gerais e uma regulamentação para o estágio na UFRN. Também os alunos têm constantemente procurado as Pró-Reitorias de Graduação e de Planejamento assim como a Ouvidoria, para apresentarem problemas relacionados ao encaminhamento e à assinatura dos Termos de Compromisso pelos coordenadores de curso, que se sentem inseguros para assumir a responsabilidade com os estágios não-obrigatórios.

Em face dessa realidade e do compromisso com a melhoria da qualidade do ensino de graduação, a UFRN iniciou um processo de avaliação dos estágios curriculares com o objetivo de propor diretrizes norteadoras para o redimensionamento do estágio, considerando as novas exigências legais e o atendimento às demandas de professores e alunos. Neste sentido, o magnífico reitor Ivonildo Rego, em portaria assinada em 05 de novembro de 2003, designou os professores Dayse da Mata Oliveira de Souza, Herculano Ricardo Campos, João Maria Valença de Andrade, Maria Lúcia Santos Ferreira da Silva, Maria Pepita de Vasconcelos Andrade e Rosalba Pessoa de Souza Timóteo, para constituírem a comissão responsável pela realização do presente estudo, cabendo-lhe, ainda, a tarefa de elaborar uma proposta de resolução normativa para o estágio da UFRN a ser amplamente discutida nos cursos e encaminhada ao CONSEPE para a devida aprovação.

Com base em estudos realizados com a participação de todos os Centros Acadêmicos, a comissão elaborou este documento, apresentando além da introdução, a metodologia, o diagnóstico do estágio da UFRN na percepção de seus atores, as sugestões para superar as dificuldades, as considerações gerais e os anexos: a portaria do Magnífico Reitor constituindo a comissão, a legislação de estágio vigente, as ementas de estágio dos cursos, as tabelas e os instrumentos de avaliação utilizados.

II METODOLOGIA

O estágio curricular dos cursos de graduação da UFRN apresenta peculiaridades diversas dependendo da área de formação. Considerando essa diversidade, o processo de avaliação buscou apreender, de forma articulada, as múltiplas dimensões de sua realidade. Assim sendo, foi utilizada uma variedade de instrumentos, contemplando o estudo documental, a coleta de percepções sobre o estágio junto aos professores, alunos e preceptores (estes últimos encontrados apenas na área da saúde), a aplicação de questionários e a realização de oficinas de auto-avaliação.

O trabalho foi iniciado em novembro de 2003 com o levantamento e a análise da legislação existente. Após três meses de recesso, a comissão retomou as atividades, definindo como objeto de estudo as ementas de estágio dos cursos. Nesse momento, se buscou obter elementos para compreender a finalidade do estágio e sua posição na estrutura curricular. O material utilizado para essa análise encontra-se anexo a este relatório. Após essa etapa dedicada ao estudo documental, foi