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Resenha de o Príncipe de Maquiavel

Por:   •  17/9/2020  •  Resenha  •  839 Palavras (4 Páginas)  •  139 Visualizações

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Resenha da Obra O príncipe – Maquiavel

Nicolau Maquiavel escreveu o príncipe em 1513, uma época em que a Europa enfrentava a crise do século XV, haviam inúmeras revoltas camponesas e a sociedade estava passando por um momento de formação mercantilista e capitalista. Maquiavel viveu sua juventude em um período governado por Lorenzo de Médici e com 29 anos conquistou um cargo de grande importância no governo, o que trouxe a possibilidade dele ganhar muita experiência para sua obra.

O livro O príncipe trata de um manual para a conduta de príncipes e mostra como o príncipe deve conduzir os negócios internos e externos de sua nação e como deve se comportar e conquistar a população. Maquiavel começa mostrando o jogo político que o príncipe exerce e deve exercer em contrapartida com o papel do estado em suas primeiras concepções, e mostra como esta nova formação gira em torno do príncipe. Maquiavel não chega a definir o que é o estado, na época em que estava escrevendo se construía os estados nações porém ainda predominava o absolutismo.

O estado para Maquiavel é centrado no poder soberano e vai ter o mesmo papel de um estado tal qual os dias de hoje, de exercer poder sobre as questões internas e externas da sociedade. Este estado que gira em torno do governante tem um poder que vai além do bem e do mal, um poder regulador que preza por zelar acima de tudo e de todos a segurança do estado preservando o poder público. O estado seria o ponto final de todo governo após toda a conquista do príncipe com outros territórios e a população, para ele seria aceitável tomar qualquer atitude para conquistar seus objetivos dentro do poder não importando se estas seriam prejudiciais à população. A partir deste debate surge uma das famosas frases de Maquiavel, “os fins justificam os meios” e a normalização de frases como “ele rouba mas faz”.

Nesta obra ele monta toda uma estrutura politica importantíssima onde pela primeira vez a politica é mostrada como uma esfera autônoma da vida social, ou seja, a politica por si só agindo por conta própria, passando a ser estudada sozinha sem o vínculo de outros mecanismos, como a filosofia. Ele rompe com os antigos costumes cristãos e propõem uma política que não será pensada a partir da ética nem da religião. A religião na concepção de Maquiavel era utilizada para justificar interesses, por isso a liberdade politica republicana surge contra os papas e o poder teológico da época.

A politica também será uma maneira de conciliar a esfera da natureza humana com o progresso da história onde se envolve a fortuna e a virtu, dois termos muito importantes e trabalhados por Maquiavel. A virtu seriam as qualidade que um homem deveria possuir para governar e chegar ao seu objetivo, como força, coragem militar, astucia. E a fortuna se remetia a simbologia de uma deusa grega e para um homem seria necessário conquista-la para seu bem estar, ela o tornaria viril e daria a este as qualidades da virtu.

Estas principais ideias que Maquiavel aborda em sua obra vão além das concepções que giram em torno do estado e da politica direcionadas ao príncipe, também vão de encontro as atitudes que um príncipe deve portar para um bom governo. Entre elas estão: para um governante não importa se é necessário tomar algumas atitudes iniciais não éticas, como derramar sangue para chegar as suas conquistas, se este considerar justo ao seu governo o mesmo deve fazer. O governante deve agir de acordo com a situação se a mesma pedir que este seja bom este deve ser, se pedir que o mesmo mostre atitudes ruins ele deve mostrar, o governante deve parecer ser mal quando deve para punir e ser bom quando deve para negociações.

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