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Resenha O Príncipe - Nicolau Maquiavel

Por:   •  7/7/2015  •  Resenha  •  1.757 Palavras (8 Páginas)  •  591 Visualizações

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Autor:

 Nicolau Maquiavel nasceu em Florença em 1469. Dentre suas diversas atribuições estão as de historiador ,filósofo e poeta. Viveu o período do resnascimento italiano de forma intensa e como sua maior obra “O Príncipe”, que – para muitos- foi uma obra que estruturou um pensamento acerca de uma governabilidade e é tomado como um dos fundadores do pensamento e da ciência política moderna. Morreu no ano de 1527 na mesma Florença em que nasceu.

A Obra

     Antes de relatar sobre a obra propriamente dita, Maquiavel escreve uma dedicatória ao governante de Florença à época que o autor produziu o livro, Lourenço de Médici:

“Desejando eu, portanto, oferecer-me a Vossa Magnificência com um testemunho qualquer de minha submissão, não encontrei entre os meus cabedais coisa a mim mais cara ou que tanto estime, quanto o conhecimento das ações de grandes homens apreendido através de uma longa experiência das coisas modernas e uma contínua lição das antigas as quais tendo, como grande diligência, longamente perscrutado e examinado e, agora, reduzido a um pequeno volume, envio a Vossa Magnificência.”

(Parte da dedicatória de Nicolau Maquiavel a Lourenço de Médici)

    A primeira preocupação de Maquiavel ao iniciar sua obra é validar suas afirmativas com argumentos pautados na História seja ela da Antiguidade ou contemporania a ele. Muitos exemplos que ele usara em seu tratado são baseados na História grega e romana e quando busca usar um exemplo recente, para o tempo do autor, se refere geralmente aos mesmos papas e reis, pois eram figurar que ele possuia um acesso maior as ações dos mesmos.

   Outra preocupação imediata e classificar detalhadamente os tipos de principados, republicas, a forma de obte-los e por fim como governar e se manter no poder. Maquiavel deseja definir todos os padrões que estão ao seu alcance no que diz respeito a politica e para isso começa a criar regras proprias para responder as perguntas que surgem ao tentar definir esses padrões. É apatir daqui que teremos alguns dos conceitos mais emblematicos que tornaram o autor tão famoso. Provavelmente o mais impactante foi a separação da moral religiosa da moral politica.

    Um erro comum é achar que no livro “O príncipe” o autor declara que qualquer artimanha e valida para se manter no poder ou toma-lo. No capítulo VIII, por exemplo, ele fala sobre os principados onde o governante assume o poder atraves de um golpe ou outr crime, Maquiavel condena tal atitude, pois acredita que alguem capaz de fazer isso não é confiavel para possui tanto poder. Até mesmo a separação da religião em si pode ser colocada em questão já que é defendido na obra que um governante deve se declarar religioso quando isso lhe for conveniente, mas não ter suas ações limitadas por qualquer dogma. O uso da religião, neste sentido, é muito bem visto por Maquiavel.

   O povo é outro elemento que constantemente aparace como ponto importante. É reconhecida a sua importancia como uma massa que deve ser mantida satisfeita e segura para que o proprio governo do príncipe seja mantido. Da mesma que forma que os nobres proximos ao principe também devem ser agradados para que não ocorra um risco de golpe. Estes dois grupos são vistos como fundamentais ao longo do texto, pois são eles que legitimam o poder do governante e é para eles que o goverante serve. No terceiro capítulo, por exemplo, Maquiavel se preocupa em explicar que num princpiado récem conquistado deve se respeitar as leis que já existiam ali antes da chegada do novo governante por que ele ainda precisa se legitimar neste novo local.       Maquiavel fala da necessidade de ganhar a confiança de uma população menos favorecida em detrimento aos indivíduos detentores de uma grande infuência, pois assim, aquele estrangeiro que tinha apoio dos menos favorecidos dentro de uma determinada sociedade, o poder – de certa forma- estaria centralizado nas mãos de apenas uma pessoa no caso, o governante – o monarca- e com isso, o exercício da influência desse estrangeiro aconteceria

numa maior amplitude e essa explicação é mostrada através de exemplificações  na obra , sendo o capítulo 4 dedicado a um extenso exemplo

 

   O capítulo XVI também serve como exemplo quando se debate o uso do dinheiro publico. O autor defende que é preciso manter as elites de nobres satisfeitas e com seus padores de vida devidamente mantidos, mas não se deve entragar ao luxo por que em momentos de guerra não havera reservas e sera necessario aumentar os impostos da população. Esta medida deve ser sempre evitada, pois o aument de impostos é algo que sempre sera lembrado como ponto negativo e pode trazer o desgosto das massas.

    A preocupação com as elites esta mais ligada a momentos de acordos e de guerras. È preciso estar atento a quem o príncipe se torna devedor em situações de gurerra já que tais dividas podem ser prejudiciais ao “Estado” ,o termo não é o ideal para este contexto historico, mas sera utilizado no sentido de um corpo politico com intituições e um territorio. Em linhas gerais Maquiavel esta mais preocupado em manter esta unidade politica, em outras palavras, manter este poder. Chegamos ao ponto em que devemos discutir sobre a centralidade deste poder.

   O autor defende que o príncipe deve ter um poder de decisão muito superior a qualquer outro integrante do principado, afinal todos os outros são seus suditos. Mas usar este poder somente por que esta dento de suas posibilidades é um movimento tolo de acordo com Maquiavel. O governante esta sempre amarrado aos desejos da nobreza que o cerca, ou se não for uma nobreza, daqueles que o colocaram no poder. O poder total efetivamente nunca existiria se o príncipe desejar se manter no poder, já que para isso é preciso conciliar diversos desejos de grupos.

    O Autor da obra reserva alguns capítulos para explicar algumas maneiras de conquista e obtenção de territórios por parte dos principados hereditários e explica as possíveis consequências que um determinado tipo de conquista ou obtenção e anexação de novos territórios ao espaço político de um principado hereditário poderiam causar na governabilidade de um príncipe.

    Como dito anteriormente, Maquiavel estrutura um modelo de governabilidade no qual o príncipe seja um líder político atuante em todos os aspectos e, o autor destaca dois outros pontos importantes na estrutura de governo de um príncipe. Primeiro, ele dedica os capítulos 12, 13 E 14 a caracterizar como um príncipe deve atuar sobre o aspecto militar do principado que governa. No capítulo 12, Maquiavel mostra como são caracterizadas as tropas militares existentes na época e são elas: Próprias, mercenárias, auxiliares ou mistas, sendo as auxiliares e mercenárias consideradas por Maquiavel perigosas. As tropas mercenárias são consideradas perigosas devido ao fato de serem movidas apenas pelo dinheiro e não demonstrarem qualquer prova de lealdade ao governante, ou seja, não seriam capazes de morrer pelo seu líder político e, - além disso- os mercenários só estão ao lado do rei em tempos pacíficos, caso ocorresse uma guerra por exemplo, eles abandonariam o Príncipe.

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