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Resenha do Documentário Catastroika

Por:   •  14/6/2016  •  Resenha  •  393 Palavras (2 Páginas)  •  2.352 Visualizações

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O documentário Catastroika apresenta os diversos fatores que levaram a Grécia à crise econômica em 2012, com enfoque no processo histórico de privatizações que ocorreu no mundo a partir da década de 80, atingindo também a Grécia. Esse processo difundido pela ideologia Neoliberalista inicia suas experiências em países com governos ditatoriais, como Chile, Reino Unido e Turquia.

A seguir, a ideologia é testada em democracias, utilizando-se a dívida pública como pretexto para a privatização. Cria-se a ideia de que o governo é ineficiente e oneroso, inclusive os funcionários públicos, que são pegos como bode expiatório, ademais, ocorre uma redução intencional na qualidade dos serviços públicos prestados, como forma de justificar a privatização desses serviços. Desse modo, a sociedade passa a acreditar que os empréstimos e a venda de bens públicos são a única forma do governo vencer a atual conjuntura, evitando mais crises e retrocessos.

Embora as privatizações gerem um alívio econômico imediato, no longo prazo só pioram a situação. Além delas aumentarem a taxa de desemprego, esfriando toda a economia, pode ocorrer a precarização da qualidade dos serviços prestados e a exploração abusiva pelo setor privado.

Durante o documentário são apresentados casos de privatizações sucedidos em diversos países, e que de algum modo podem ser comparados com o que vinha ocorrendo na Grécia. Um dos casos citados foi o ocorrido nos EUA, no qual as empresas que geriam a energia elétrica manipulavam o preço como queriam. Para tanto, inventavam situações e problemas para justificar a elevação do preço, e no fim das contas ainda zombavam dos consumidores.

Outro caso interessante foi a privatização da gestão da água na Itália, que aconteceu mesmo após 96% da população votar contra no referendo. Isso mostra a fragilidade da democracia perante a ideologia Neoliberalista, que na verdade não é livre iniciativa, e sim um sistema controlado por alguém que não foi eleito. Enquanto a elite que controla o poder elabora suas manobras para atingir seus objetivos, ela deixa o povo brincar de democracia.

Por fim, destaca-se que os responsáveis em defender o governo contra as garras do movimento de privatização somos nós. Devemos reconhecer a preservação dos bens públicos como interesse comum de todos nós, e colocá-lo acima dos nossos interesses individuais, deixando de lado a comodidade de nossa vida privada para cuidar da coisa pública. Conforme o trecho citado no documentário: “Ou vives livre, ou vives tranquilo.”

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