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Resenha do Manifesto do Partido Comunista

Por:   •  25/11/2020  •  Resenha  •  941 Palavras (4 Páginas)  •  156 Visualizações

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Resenha do texto: O Manifesto do Partido Comunista – Karl Marx & Friedrich Engels 

 

Apresentado à disciplina de Fundamentos Sociológicos. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Docente: Thiago Sampaio. 

 

Discente: Rafael Martinelli Buscher – R.A. 141243031 

 

 

 

 

 

ASSIS-SP 

18/11/2020 

 

O Manifesto do partido comunista, escrito por Marx e Engels, se insere num momento histórico crucial nos destinos de todo o Ocidente. O livro foi escrito e publicado pela primeira vez em 1848; segundo Eric Hobsbawn: nunca houve uma [revolução] que se tivesse espalhado tão rápida e amplamente, alastrando-se como fogo na palha por sobre fronteiras, países e mesmo oceanos” (HOBSBAWN, 1996, PG. 28) como a de 1848, referindo-se a “Primavera dos Povos”. O Manifesto, comissionado pela Liga dos Comunistas, teve por finalidade expressar os propósitos da liga, como uma chamada, uma “convocação” à classe trabalhadora: para uma tomada de consciência e organização, de maneira a possibilitar a estes, uma efetiva mudança social.

Nesse contexto, a obra de Marx e Engels se faz um dos maiores e mais influentes tratados teórico/políticos de toda bibliografia mundial, servindo até hoje como base e prospecção para estudos e analises sobre a temática. O livro foi muito influente em sua época, sendo tratado como um perigo entre os senhores de terras, os detentores dos meios de produção. Como o próprio autor sugere: “Um espectro ronda a Europa - o espectro do comunismo.” – sendo assim, um importante tratado, tanto por seu poder conscientizador e combativo às estruturas sociais e econômicas, quanto como material histórico/teórico/bibliográfico para toda humanidade.

Como pano de fundo para os escritos do Manifesto, temos a emergência de um Mercado Mundial, onde: à medida que se expande, absorve e destrói todos os mercados locais e regionais que toca. Marx trata da nova institucionalização da modernidade, sua internacionalização e seu desenvolvimento cosmopolita de produção e consumo. Os autores nos mostram que esse processo de modernização cada vez mais concentraram o capital na mão de poucos, assim acabando com a autonomia de pequenos empreendedores como camponeses e artesãos, que não conseguem competir com a mecanização das fábricas e indústrias - fazendo-os assim abandonar seus negócios para vender sua força de trabalho, que é deveras explorada, como nos mostra durante o livro.

Através da explanação desses fatores sociais e econômicos, Marx e Engels buscam conscientizar e trazer à luz, toda a classe trabalhadora, enfatizando seu papel em todo o processo produtivo ao qual fazem parte e não tem seu valor reconhecido. Além disso, pretendem orientar os trabalhadores no sentido de organizarem-se para uma revolução, para uma mudança no status quo social, de modo que eles não sejam mais explorados pela classe burguesa.

 Marx orienta o leitor no sentido de classes, tenta demonstrar que: “A história de toda sociedade até nossos dias é a história da luta de classes”, e é através dessa noção e dessa posição, como classe, que o trabalhador conseguirá dissolver o modelo capitalista de exploração e opressão social.         

Importante e curioso notar, como durante seu Manifesto, Marx, faz certa exaltação à classe burguesa, destilando elogios e exaltando-a. Segundo ele, os burgueses foram “os primeiros a mostrar do que a atividade humana é capaz”; ou seja, foram os burgueses, como classe, como massa de pessoas organizada e consciente, que  fizeram acontecer mudanças  e revoluções, ergueram moinhos e fábricas, pontes e ferrovias, e edificaram a Era Moderna; a partir de sua própria luta e organização.

Através da explanação dos conceitos comunistas, os autores buscam integrar o posicionamento comunista a luta dos proletários, mostrando que não se trata de um ideal que repousa em teorias e aspirações, mas que são além de tudo: “expressão geral das relações efetivas de uma luta de classes que existe”; e insere a partir daqui, o ideal de supressão da propriedade burguesa, mostrando que as relações de propriedade estão em contínua transformação no decorrer da História.

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