Resumo Cap 7 Cano
Pesquisas Acadêmicas: Resumo Cap 7 Cano. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: maribas • 7/6/2014 • 1.816 Palavras (8 Páginas) • 1.021 Visualizações
Wilson Cano – Capítulo 7
A UNIDADE PRODUTORA E SUA INSERÇÃO NO SISTEMA ECONÔMICO
A partir da modificação da sociedade e da economia, modificavam-se também a forma e o conceito de empresa. Na Primeira Revolução Industrial as indústrias eram pequenas, em comparação com a Segunda Revolução Industrial. Nesta ultima, a dimensão da empresa cresceu e houve a consolidação do processo de concentração e centralização do capital.
Desde o início do século XX a grande empresa já se fazia presente no cenário internacional, depois da Segunda Guerra ela se destaca mais, já que o capital norte-americano é extrovertido para os países devastados. Essas empresas então, expandem internacionalmente seu comércio e passam a ser chamadas de empresas multinacionais. Após a crise financeira, o surgimento de políticas neoliberais e o início da Terceira Revolução Industrial induzem a um processo de reconcentração e reestruturação de privada de capital que traz novas formas de financiamento e distribuição.
Entre essas novas formas podemos citar o franchising, como forma de autorizar terceiros ao uso de uma marca comercial, desde que haja padrões técnicos e administrativos impostos pelo franqueador. Há também a terceirização, sempre com o objetivo de reduzir os custos e maximizar os lucros.
Estas novas formas aumentaram ainda mais o poder das empresas internacionais, que passaram a exercer monopólio no mercado e nos campos de ciência e tecnologia, além, é claro, do financeiro. Assim elas hoje se denominam empresas transnacionais (ET) e passaram a interferir na política econômica dos países onde operam, englobando as pequenas empresas de capital nacional.
7.1 Projeção e instalação da unidade produtora
Quando se decide instalar uma unidade produtora é preciso resolver previamente algumas questões: o que produzir, onde e como produzir, ou seja, as melhores condições e quantidades para a consolidação da unidade.
Esta empresa pode ser de capital público ou privado e é necessário analisar a situação do mercado, a localização, as técnicas, os preços, etc. Esta visão se aplica a empresas tanto de bens de consumo, quanto as do setor primário ou de prestação de serviços, como hospitais e agropastoris.
7.1.1 O condicionamento institucional
As condições que afetam uma empresa podem ser de âmbito nacional ou estrangeiro. Alguns acordos internacionais criam limitações ao desenvolvimento de certas atividades econômicas no país, como é o caso da produção de energia e da exportação de produtos primários, estes decorrem da convivência internacional. Já no âmbito nacional, há condicionantes constitucionais como a legislação social e trabalhista e a segurança nacional.
Assim como um Estado se organiza segundo a uma Constituição, uma empresa possui também as suas normas, estatutos e regimentos. A forma jurídica mais simples de uma empresa é a firma individual, onde uma só pessoa dirige. Até chegarmos a moderna sociedade, há também a microempresa e as cooperativas e muitas delas se desenvolvem de maneira informal, a margem do Estado. A moderna empresa é constituída por uma sociedade anônima (SA) que é movida por ações que podem ou não garantir de direito de voto nas decisões da SA. Esta sociedade é mais flexível para a obtenção de recursos financeiros.
7.1.2 O condicionamento dos mercados
Se uma empresa que está sendo instalada, for do tipo SA e já se decidiu o bem a ser produzido, deve analisar-se agora as condições do mercado de compra e venda deste bem e o grau de concorrência presente nele. Por conseguinte, vem a análise do comportamento do consumidor, o comportamento da demanda a longo prazo, o espaço econômico e sua distribuição regional, etc.
7.1.2.1 Os graus de concorrência
Este remonta a oferta atualmente existente no mercado, ou seja, por quem é suprida a demanda. Se for constatado que apenas uma unidade produtora supre a demanda, trata-se de um monopólio, esta firma dominante pode manipular os preços a fim de afugentar a empresa ingressante neste mercado. Se a oferta depender de um número pequeno de empresas observa-se uma situação de oligopólio, que tentarão se preservar em bloco.
A nova unidade pode ser marginalizada pelas manipulações do grupo, para conter a concorrência, pode tentar ingressar neste grupo. Outras formas de conter concorrência são os cartéis, trustes e as companhias holding. O cartel é um tipo de acordo em que se fixam condições de venda, preços e prazos, as cotas são divididas e o controle da unidade permanece com o proprietário. O truste, já se trata de uma empresa gigante, e o meio para isso geralmente é a fusão. A companhia holding, por sua vez, é uma companhia de participação e administração dos bens, uma empresa controla a oferta de suas “empresas filhas”. A falência de uma empresa pode ser premeditada por um grupo.
7.1.2.2 A tipologia dos mercados e a sensibilidade da demanda
Sabemos que os bens e serviços são divididos em três grupos: de consumo, intermediários e de capital. Assim, dividem-se também três mercados. Cada um deles possui características próprias e diferentes compradores e vendedores. A medida que os preços aumentam, as quantidades procuradas diminuem e as ofertadas aumentam, o que pode ser interpretado pela “lei da oferta e da procura”.
No mercado de bens e serviços de consumo, os bens podem ser complementares a outros ou substitutos a outros. No primeiro caso a demanda é solidária e no segundo ela é competitiva. Pode ocorrer também que o bem seja demandado majoritariamente no setor urbano e que o crescimento da renda do consumidor implique num aumento da demanda por este bem.
No mercado de bens intermediários analisa-se o nível da atividade dos usuários do bem em questão. A demanda de bens intermediários se deriva do nível de atividade das empresas, e é afetada pelas inovações tecnológicas e pelos preços dos bens substitutos.
No mercado de bens de capital a demanda é mais instável e se divide em duas: de reposição e de investimento líquido. A primeira varia de acordo com as necessidades do processo produtivo, enquanto a segunda varia de acordo com a expansão da economia e as inovações tecnológicas.
7.1.2.3 Dimensão e dinâmica da demanda
A partir das etapas anteriores, os organizadores da unidade produtiva tentarão dimensionar a demanda existente, e calcular sua trajetória a longo prazo, para isso leva-se em conta a vida útil dos equipamentos.
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