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Resumo: “Da relação indivíduo e sociedade”

Por:   •  18/10/2021  •  Resenha  •  511 Palavras (3 Páginas)  •  261 Visualizações

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Resumo: “Da relação indivíduo e sociedade”

As relações sociais não são caracterizáveis distintamente, pois o indivíduo e a sociedade não são distinguíveis, por se tratarem de um processo único e complexo.

Porem, com as mudanças sociais e políticas, os conceitos de indivíduo em relação a sociedade foram sendo modificados de acordo com a necessidade do sistema vigente. O modelo burguês, por sua vez, caracterizou individuo e sociedade em conceitos distintos, fazendo-o assim acreditar que é livre e autônomo, precisando dessa forma vender sua força de trabalho, necessária para a manutenção do sistema. Neste contexto, se entende que isolando um dos fatores, nunca se chegaria a um coeficiente comum.

A compreensão dessa individualidade foi criticada por diversos autores, entre eles vale destacar: Freud e Marx.

Observando os sujeitos de perspectivas e métodos científicos diferentes, eles convergem num ponto único, mesmo contendo grandes divergências e radicalidades, tendo Marx analisando a objetividade social e Freud a subjetividade individual.

Marx: “o individuo é o ser social”

Marx compreende ambos os conceitos como parte de um todo, sendo a vida individual um modo mais particular da vida coletiva e vice versa.

Assim, o social e o particular se expressam entre si, em proporções distintas, formando uma dinâmica única.

O homem só se constitui homem no processo pelo qual se apropria da natureza, dos processos de dominação sobre ela e a relação com outros indivíduos.

Logo, o homem não é, para Marx, um ser independente, tanto para o conceito de sobrevivência, como o de reprodução, não podendo nunca suprir suas necessidades sem contato com a natureza ou com outros indivíduos, que é como se estabelece o trabalho.

A relação do homem com a natureza, ou seja, sua socialização, é dada através do trabalho. Desse modo, o homem atua na natureza, a moldando (trabalho) para garantir e suprir suas necessidades, causando assim modificações em si e na mesma, o que torna o trabalho um fundamento para a constituição do homem.

A coletividade do trabalho e do ser social aumenta progressivamente ao voltarmos ao passado, assim como o conjunto\coletivo ao qual ele pertence se amplia.

Freud: “Para além do indivíduo autônomo”

Para Freud, discriminar a psicologia social da individual perde sua significação, já que na prática as condições necessárias para isto acontecer são quase inaplicáveis.

Neste viés, não faz sentido contrapor elementos que se complementam.

O interno ou individual não diz respeito apenas ao outro, tampouco é concebido sem o vinculo com ele, dentro da dinâmica do próprio indivíduo.

O ser apenas externa o que anteriormente internalizou do ambiente. Este envolvendo a natureza e os outros indivíduos.

O trabalho, por sua vez é entendido como “técnica de orientação vital que liga o indivíduo fortemente à realidade, que pelo menos, o incorpora à comunidade humana”. Para ele, “é impossível considerar

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