Revisão do livro "Problema de categoria social" por Alejandra Pastorini

Alejandra Pastorini em seu livro “A categoria ‘questão social’ em debate” diz: “existem novos elementos, novas expressões imediatas da ‘questão social’, que poderiam nos levar a pensar que ela é nova, (...)” entende-se que existe uma nova versão ou uma nova forma de se manifestar a ‘questão social’, mas que ela continua a manter os traços essenciais e constitutivos da sua origem.” (p. 20). Deste modo é correto dizer que com as mudanças na sociedade capitalista onde o modelo de acumulação flexível se instala, mudanças no mundo do trabalho ocorrem e junto com elas o descarte da força de trabalho.

O desemprego que surge desta fase de acumulação de capitais, é um dos aspectos de crescimento da desigualdade e exclusão social que está na base da organização e revolta de grupos que vêem o tráfico de drogas e a violência como uma alternativa de deter algum tipo de poder e status, como uma forma de revolta contra a ordem onde uns encontram-se em boas condições de vida e outros na miséria sem condições sequer de se sustentar, estes tendo que recorrer a programas de transferência de renda.

Conclui-se que diante de aspectos novos (acumulação flexível) e aspectos antigos (desemprego) pode-se dizer que a violência vivida hoje pelo Rio de Janeiro com novas modalidades de ação, é uma das novas manifestações da questão social.

RELATÓRIO

O segundo capítulo do Livro “A categoria questão social em debate”, tem como titulo: A perda de processualidade nas análises da “nova questão social”.

O segundo capítulo fala da nova questão social na contemporaneidade e as novas determinações a ela atribuídas em relação ao passado. O autor chama atenção também a questão da dualidade e como deve-se tratar a nova questão social nesse vai e vem da historia, pois não se pode ir e vir do passado com naturalidade , porque o tempo é importante nesse contexto para manter o vinculo entre o velho e novo .

Rosanvallon diz que uns dos principais problemas implicado na questão social é a forma que tentam diferençar entre a nova e a velha questão social. Ele diz ainda que o método de gestão social utilizados antigamente, não podem ser mais usados hoje , pois há novas determinações para a questão social , assim novos métodos devem ser aplicados. Diz também que as políticas universais estão ultrapassadas , por isso o estado de buscar novas formas e adotar outros métodos para o desenvolvimento da cidadania e o bem estar da povo.

Rosanvallon acredita que se os direitos forem mais individualizados, poderiam ser compreendidos com mais eficaz e diz ainda que o justo seria dar a cada um os meios necessários para mudar o curso de sua vida. Assim o autor acredita que atrás do tratamento diferenciado, para conhecer suas diferenças e dificuldades seria mais fácil tratar o problema.