SERVIÇO SOCIAL NA EMPRESA
Casos: SERVIÇO SOCIAL NA EMPRESA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jesusjosi • 26/9/2014 • 1.355 Palavras (6 Páginas) • 278 Visualizações
INTRODUÇÃO
O assistente social vem gradualmente ampliando seu ambiente de atuação, rompendo com o estigma de profissão ligada aos serviços públicos, e envolvendo cada vez mais seu exercício profissional em empresas e no terceiro setor.
Essa ampliação do mercado de trabalho para o serviço social encontra resposta nas constantes transformações que vem passando a sociedade planetária com os avanços tecnológicos, a globalização e a reestruturação produtiva, que ocorrem diretamente nas relações sociais, nas relações de trabalho e na economia. Tais fatores trazem consigo, a necessidade de uma profissão que atue nestas relações, as quais são essenciais ao processo de mudança, sendo o serviço social requisitado como tal.
No espaço empresarial em estudo, o serviço social vem implantando de forma mais significativa sua participação, fato que se dá devido flexibilização dos processos de produção e acumulação que repercutem diretamente nas relações de trabalho, na sociedade, na gestão e no consumo da força de trabalho.
Assistente Social nas Empresas.
As empresas são locais onde existem demandas decorrentes das transformações do mundo do trabalho, onde a inserção do Assistente Social no espaço sócio ocupacional são desafios atuais e compatíveis com nosso projeto profissional.
Na década de 80 com as mudanças nas empresas capitalistas, o cenário empresarial se tornava dinâmico, com a informatização de processos de trabalho, implantação de programas de qualidade total e participativos, tendo que qualificar os trabalhadores e adaptá-los a transformações. Época em que foi marcada pelas privatizações e fusões de empresas, com modernas formas de produzir mercadorias, as terceirizações, a precariedade e flexibilidade do trabalho são fatores que contribuem para a falta de regulamentação das leis trabalhistas, dando vasão a movimento geral da economia mundial, criando outro modo de conceituar o trabalho que exige mais produtividade, competitividade e lucrabilidade.
Segundo Netto (2001), pode se falar propriamente de Serviço Social de empresa, a partir do desenvolvimento industrial, principalmente nos anos do ‘milagre’ mas não exclusivamente pelo crescimento industrial, mas determinado também pelo plano de fundo sócio-político em que ele ocorre e que instaura necessidades peculiares de vigilância e controle da força de trabalho no território da produção.
Surgindo nesse contexto à presença dos Assistentes Sociais, fazendo frente de trabalho nas empresas, como: gestão de recursos humanos; programas participativos; desenvolvimento de equipes; ambiência organizacional; qualidade de vida no trabalho, voluntariado; ação comunitária; certificação social; educação ambiental, dentre outros.
Em Recursos Humanos o Serviço Social vem atuando de forma crescente nos últimos anos, necessitando que o profissional reformule sua forma de atuação, estratégias para uma melhor condição de trabalho. Buscando na atualidade atuar na organização de um trabalho coletivo, integrado nas instituições que atua por se encontrar inserido na divisão social e técnica de trabalho.
Uma das maiores características dos assistentes sociais nas empresas é de interferir na tradução da força de trabalho, administrando os benefícios sociais, exercendo o papel de mediador nas relações entre empregado/empregador, inserindo programas que integrem, família e o espaço que elas ocupam, contribuindo de forma a melhorar o controle e ordem dos trabalhadores.
Conforme uma pesquisa realizada na Universidade Estadual de Campinas, no que tange o Serviço Social na área de Recursos Humanos:
“O Serviço Social da Diretoria Geral de Recursos Humanos, tem como principais objetivos: servir como um canal de comunicação entre os funcionários e a instituição: desenvolver programas e projetos de caráter preventivo e educativo que visam uma melhor qualidade de vida aos funcionários atendendo-os em suas dificuldades de ordem profissional e pessoal (problemas de saúde, questões familiares, situações socioeconômicas e outras) que afetam seu bem-estar e interferem nas relações sociais e no desempenho das atividades profissionais.”
Essa ação direta com o empregado permite ao profissional adquirir uma vasta informação das problemáticas que possam nascer com ele, quer no âmbito pessoal como operacional. O profissional, uma vez conhecedor dessas problemáticas, analisa e viabiliza instrumentos de intervenção, procurando sanar ou amenizar os enigmas encontrados. Desta forma, atua por meio de seus conhecimentos e técnicas, ou como mediador, conforme a complicação da problemática, entre os cooperadores e a direção da empresa, de forma a obter um resultado satisfatório e positivo a ambas as partes.
Na contemporaneidade um dos grandes desafios dos profissionais do Serviço Social nas empresas é cuidar das questões de saúde e de uma melhor qualidade de vida, sejam elas matérias psicossociais, culturais e pessoais. Sendo de fundamental importância a participação desse profissional, intervindo entre trabalhador e empregador através da medição do construir um ser político da classe trabalhadora na caracterização pela negociação do tradicionalismo.
É no ambiente ocupacional das empresas que compreendemos uma maior ligação de forças entre os sujeitos sociais, ou seja, o assistente social vive num intensa luta entre as necessidades da classe trabalhadora e as cobranças dos patrões, pois tem sua atuação profissional limitada, devido os empregadores que as “controlam”, estabelecendo condições que intervêm nas probabilidades de concretização dos resultados almejados. Sobre isso, Iamamoto (2008) expõe que são os empregadores aqueles que estabelecem “as condições sociais em que ocorre a materialização do projeto profissional em espaços específicos”. (p. 219).
Portanto, é necessária que o Serviço Social venha adotando o papel de assessor de gerente nas questões ligadas a administração de
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