SOCIALIDADE
Por: CARLA203 • 12/7/2015 • Artigo • 635 Palavras (3 Páginas) • 182 Visualizações
Da maximização da “vida útil das mercadorias” ao triunfo da produção generalizada do desperdício
O progresso do “capitalismo avançado” a eficácia com que o desperdício pode ser gerado, Mészáros menciona um notável pensador Charles Babbage do início do século XIX, aqui Mészáros se refere ao pensador como interessado profundo da economia política aos sadios princípios econômicos aplicados à conversão de “materiais de pouco valor” em produtos úteis e valiosos: - Babbage: “as panelas desgastadas e utensílios de lata de nossas cozinhas, para além do alcance do latoreiro, não são completamente imprestáveis. Carroças cheias de velhas chaleiras da lata e antigos baldes de ferro para carvão atravessando nossas ruas, ainda não completaram a vida útil”. As partes menos corroídas são cortadas em tiras, perfuradas com pequenos buracos e recobertas com u grosseiro verniz negro para uso de fabricantes de baú...
Mészáros identifica essa passagem como volta ao passado na era pré- histórica, de acordo com o autor com o autor são patéticas práticas produtivas do homem das cavernas capitalistas.
O progresso do” capitalismo avançado” tornou- se a eficácia com que o desperdício pode ser gerado e dissipado em escala monumental. Babbage enfatiza o papel crucial do tempo: “tão externo... e importante é este efeito[ isto é, a economia de tempo humano] que, se estivéssemos inclinados a fazer uma generalização, poderíamos englobar quase todas as vantagens sob essa única categoria”.
A taxa de utilização decrescente e o significado de “tempo disponível”
A contribuição do trabalho para a redução produtiva do tempo de trabalho necessário. Como ordem objetiva do capital, trazem a taxa de utilização decrescente em diversos planos; de modo de funcionamento do próprio trabalho vivo – ao passar do tempo a forma de desemprego crescente. Até a superprodução/ subutilização de mercadorias e o uso cada vez mais perdulária da maquinaria produtiva. O autor menciona que a única saída concebível de tais contradições do ponto de vista do trabalho e a utilização criativa do tempo disponível como princípio orientador e reprodução societário.
Assim, estamos hoje muito longe do diagnósticos de Charles Babbage, para quem o imperativo capitalista seria o de renovar o maquinário a cada dez anos. Nossa atual “sociedade descartável” frequentemente lança mão da desconcertante prática produtiva de sucatear maquinário totalmente novo após o uso muito reduzido, ou mesmo sem inaugura-lo por algo mais avançado ou, sob as condições de uma pressão depressivana economia, deixa-lo sem uso. Naturalmente, no campo da utilização da capacidade produtiva não se pode se tornar a regra geral. Pois de um lado, encontramos o apetite sempre crescente do capital por “consumidores de massa” enquanto, de outro, a sua necessidade sempre decrescente de trabalho vivo.
A taxa de utilização decrescente e o Estado Capitalista: Administração da Crise e Autorreprodução destrutiva do Capital
O movimento que torna disponível ao trabalhador dois pares de sapatos, em um: O Estado moderno é inconcebível sem o capital por sua vez precisa do Eo como seu complemento necessário. Em uma analise torna o sistema do capital essencialmente destrutivo, essa tendência, que se acentuou no capitalismo contemporâneo, leva o autor a desenvolver a tese. Na lógica do autor, a taxa de utilização decrescente do valor de uso das coisas. O capital não trata valor de uso e valor de troca como separados, mas de um modo que subordina radicalmente o primeiro ao último. O que significa que uma mercadoria pode variar de um extremo a outro, isto é, desde ter seu valor de uso, num extremo da escala que jamais serão usadas, no outro extremo, sem por isso deixar de ter, para o capital, a sua utilidade expansionista e reprodutiva. O valor decrescente de uso das mercadorias, ao reduzir sua vida útil e desse modo agilizar o ciclo reprodutivo, tem se constituído num dos principais mecanismos pelo qual o capital vem atingindo seu crescimento longo da história.
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