SOCIEDADE E LITERATURA: RELAÇÕES DO SUJEITO ALIENADO E CONSUMISTA EM A HORA DA ESTRELA
Monografias: SOCIEDADE E LITERATURA: RELAÇÕES DO SUJEITO ALIENADO E CONSUMISTA EM A HORA DA ESTRELA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: adonay1995 • 18/11/2013 • 1.072 Palavras (5 Páginas) • 464 Visualizações
SOCIEDADE E LITERATURA: RELAÇÕES DO SUJEITO ALIENADO E CONSUMISTA EM A HORA DA ESTRELA
Na obra A hora da estrela de Clarice Lispector em que é retratada a sofrida vida de Macabéa, uma nordestina que fora criada por uma tia beata, sob as tristezas e amarguras do sertão vê-se uma profunda reflexão da vida de grande parte dos brasileiros que saem de sua terra natal para tentar a vida em uma cidade grande. Vivendo na labuta da seca ela sofria todas as formas de segregação social e que segundo o narrador era uma peça dispensável numa sociedade técnica. Sua ida para a cidade não melhorou em nada sua condição social, pelo contrário apenas piorou. Em sua dura caminhada, ela passou por vários momentos, alguns deles considerados como epifânicos, outros ora gratificantes, ora infelizes. Macabéa tinha como ídolo, Marilyn Monroe, a qual sonhava ter uma vida semelhante.
No Rio de Janeiro trabalhava como datilógrafa. Sem experiência nenhuma fazia seu trabalho desorganizadamente. Foi chamada para ser despedida, mas pela sua humildade (ou alienação), seu chefe se compadeceu e resolveu não despedi-la. Perdera seu namorado para sua “amiga” Glória. Procura uma cartomante que lhe dá a previsão de um futuro melhor. Esse futuro acontece, porém tragicamente.
Olhando no contexto sociológico, pode-se dizer que Macabéa representa a massa alienada e persuadida pelo sistema capitalista. Será possível não pertencer a essa triste realidade de um sistema excludente e segregativo? Infelizmente não se pode marginalizar, mas sim tomar a consciência de que se é manipulado. Quando se sabe que se é enganado o indivíduo pode se tornar uma ameaça às corporações dominantes. Macabéa não tem esse sentido de criticidade. A massa não tem.
Macabéa gosta de Coca-Cola e come cachorro quente. Bebe da “bebida universal” e se sente importante. Analisando num âmbito atual, as pessoas estão felizes quando “todos” usam sem nenhuma culpa, e apenas sentem prazer. Mas é claro que sentem mais prazer os “Heikes” burgueses capitalistas e individualistas, movidos pelo dinheiro e ganância de nunca parar de crescer.
Entretanto, analisando esse contexto, há uma contradição quanto aos costumes dela. Apesar de ser ninguém uma sociedade canibal, sente-se algo, uma “coisa importante” ao beber o refrigerante. E ao mesmo tempo é expressiva no costume dito como da classe pobre trabalhadora, ao comer Hot Dog.
Os sujeitos ditos como modernos e viventes da era do progresso, estão doentes. São imensamente bombardeados diariamente por todos os tipos de ideologias, que pregam a universalidade do consumo. Dizem que a sua liberdade está em primeiro lugar não importando se fere a liberdade alheia. A sociedade está trocando a essência pelo prazer momentâneo.
O ser humano como ser social está tão escravizado pelo vício das compras, que os indivíduos de classes menos favorecidas querem como ponto máximo de suas vidas pertencerem à dita “alta sociedade” a qualquer custo que esquecem que o legal da vida é viver sabendo quem se é na comunidade e da sua importância para a movimentação da máquina de todo sistema. E o pior é que a enganação é tão grande, que essa ideia manipuladora faz o individuo pensar que se não conseguir subir na vida é porque não se esforçou, ou porque é um fracassado.
As coisas estão tão desordenadas que podemos fazer uma relação do cachorro quente no livro de Lispector ás televisões presentes em todos os lares brasileiros (ou quase que mundialmente). Ricos e pobres compartilham da mesma tecnologia. É claro que sempre tem algo que diferencie a classe alta com a classe baixa. O mesmo se percebe que está aos poucos acontecendo com os computadores. Pode-se imaginar que daqui a pouco tempo o consumo será tão exacerbado que pobres ricos compartilharão até mesmo casas e carros de luxo. Aonde vai parar esse planeta? Tanto no aspecto ambiental como social, o futuro espera grandes crises financeiras no mercado e verdadeiras explosões emocionais em pessoas que nunca pensaram no mundo que
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