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Saude No Brasil Anos 80

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Por:   •  5/11/2014  •  1.198 Palavras (5 Páginas)  •  1.981 Visualizações

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

SERVIÇO SOCIAL

SHIRLEY FERREIRA ROMAO

SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL NA DÉCADA DE 80: O MARCO DA REFORMA SANITÁRIA

Macapá

2014

SHIRLEY FERREIRA ROMAO

SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL NA DECADA DE 80: O MARCO DA REFORMA SANITÁRIA

Trabalho apresentado ao Curso Serviço Sacial da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná.

Prof. Clarice da Luz Kernkamp; Marilucia Ricieri; Paulo Sérgio Aragão; Sérgio Goes.

Macapá

2014

1. INTRODUÇÃO

O Brasil no inicio da década de 80 viveu um marco das mudanças no cenário politico e social acompanhado de uma crise econômica decorrente de atos ousados e autoritários dos governos na tentativa de desenvolver o País a todos e qualquer custo, sem pensar nas consequências. Com isso a população apresentava padrão de vida precária sob grande desatenção do estado sobre investimentos em políticas sociais Ressaltando que neste período ainda era o Regime militar que comandava a administração pública.

Nesse período a politica social no país é tímida ou quase inexistente, pois tudo girava em torno desenvolvimento econômica do capital privado. Com isso a massa da população fica a margem dos benefícios e decisões sócio-político-econômico. Desta maneira a saúde publica não era vista como prioridade e muito menos o direito de todos. Diante disso, a população passa se reorganizar para discutir e

Este trabalho consiste elucidar os eventos históricos vivenciados na década de 80 no Brasil em que importantes fatos ocorreram em prol da saúde no País. Em razão dos acontecimentos daquela época procurou-se salientar os principais movimentos, programas governamentais propostos, os resultados e o contexto sócio-político. Ao deleitar-se nessa viagem histórica construída pela população brasileira no campo da politica social em favor de melhorias entre elas saúde, reflita sobre luz do passado com os dias hodiernos.

2. Década de 80 o marco da Reforma Sanitária no Brasil.

O movimento da reforma sanitária no Brasil começa se reorganizar no final da década de 70, em que, o modelo de Previdência Social (somente para trabalhadores e seus dependentes) criado pelo regime militar começou a apresentar graves problemas, determinados principalmente pelas fraudes no sistema de pagamento e faturamento, pelos desvios de verbas da previdência para mega-projetos do governo e pelo aumento dos gastos com procedimentos efetuados pelo setor privado conveniado (COHN, 1999).

Desta forma, a exclusão de determinados segmentos sociais no atendimento de sistema público de saúde estava posta, e a crise foi tomando grandes proporções junto a outras crises decorrentes do sistema ditatorial, numa época marcada por dificuldades.

Ao mesmo tempo iniciava a abertura política trazendo à cena atores dispostos a lutar pelo resgate da dívida social acumulada pela ditadura, embasando o chamado Movimento da Reforma Sanitária, cujo discurso constituía uma teoria crítica histórico-estrutural do binômio saúde-doença, inspirada num corpo de conhecimentos que incluía a medicina social inglesa, o estruturalismo francês e a sociologia política italiana (CARVALHO, 2002). Constituído por intelectuais, trabalhadores e líderes políticos ligados à saúde, o Movimento Sanitário engendrou um processo de lutas sociais que buscava a construção de um novo sistema nacional de saúde, orientado por uma utopia de transformação da sociedade.

Segundo Gerschman (1995) os principais locais de construções de eixos norteadores desses movimentos foram às universidades, espações de formação, onde a saúde era discutida criticamente, levando inclusive a criação de departamento dentro das Faculdades de Medicinas, tais como os departamentos de Medicina Preventiva.

Na academia as discussões do movimento sanitário eram realizadas pela participação de profissionais que se especializavam em Saúde Publica no País, onde os cursos tratavam de temas como a defesa do setor publico, participação popular, democratização das condições de trabalho, humanização no atendimento, tudo isso buscando eficácia na resolução dos problemas trazidos pela população (Cecilio, 1997).

No início dos anos 80 foi decisivo para o movimento que foi ganhando as ruas, incentivando a população e expondo as propostas do movimento sanitário que se apresentava como forte reação às políticas de saúde implantadas, além de emergir como uma alternativa concreta para a reformulação do sistema nesse campo. O movimento sanitário que remonta aos primeiros anos da Ditadura Militar, difundia um novo paradigma científico com a introdução das disciplinas sociais na análise do processo saúde-doença. Através delas, o método histórico-estrutural passou a ser utilizado no campo da saúde, buscando compreender processos como a "determinação social da doença" e a "organização social da prática médica" (BERTOLOZI, GREGO, 1996)

No fim da ditadura militar, em 1985,

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