Sentença Condenatória Do Caso Dos Explorados De Caverna

Sentença Do Caso Dos Exploradores De Caverna

RELATÓRIO:

Os réus são membros de uma Sociedade Espeleológica, uma organização amadorística de exploração de cavernas. Em meados de 4299, os quatro acusados juntamente com Roger Whetmore, também membro da Sociedade, infiltraram-se no interior de uma caverna. Enquanto estavam dentro da caverna e distantes da entrada, ocorreu um desmoronamento de terra impossibilitando completamente a saída. Os familiares percebendo que os exploradores não retornavam para as suas casas, notificaram o secretário da Sociedade. Os exploradores haviam deixado indicações de onde se localizava a caverna, e assim, uma equipe de resgate foi enviada ao local.

A região onde a caverna se encontrava era uma região remota, deste modo a tarefa do resgate se mostrou extremamente difícil. Um enorme campo temporário de trabalhadores, engenheiros, geólogos e outros técnicos foi instalado. O trabalho muitas vezes foi frustrado, pois ocorreram novos deslizamentos de terra e em meio a um destes dez funcionários contratados faleceram. Os homens só foram libertados no trigésimo segundo dia após a sua entrada na caverna.

Os exploradores tinham levado consigo apenas insuficientes provisões e não havia substância animal ou vegetal na caverna que lhes permitisse subsistir. No vigésimo dia após ter ocorrido à avalanche soube-se que os exploradores tinham levado consigo para dentro da caverna um rádio transistorizado que era capaz de mandar e receber mensagens. Manteve-se, então, contato com os exploradores que estavam presos dentro da caverna. Pediram estes que lhe informassem quanto tempo ainda faltaria para que eles fossem libertados e recebeu como resposta dos engenheiros que faltariam pelo menos dez dias, caso não ocorresse novos deslizamentos. Os exploradores perguntaram se com os suplementos que eles tinham eles poderiam sobreviver durante os próximos dez dias e o presidente da comissão respondeu-lhes que havia escassa possibilidade de sobrevivência.

O rádio ficou em silêncio durante oito horas após esse acontecimento. Quando a comunicação foi restabelecida, o próprio Roger Whetmore questionou os médicos se haveria possibilidade de sobrevivência caso eles se alimentassem de carne humana, dessa forma um deles teria que vir a falecer. O presidente da comissão muito a contragosto em sentido afirmativo. de carne de um dentre eles. O presidente a contragosto respondeu em sentido afirmativo. Whetmore inquiriu se seria aconselhável que tirassem a sorte para determinar qual dentre eles deveria ser sacrificado. Nenhum dos médicos, juiz, autoridade governamental, ou sacerdote quis manifestar-se acerca desta questão perturbadora.

Quando os homens finalmente foram libertados soube-se que Whetmore havia sido morto e servido de alimento para seus companheiros. Das declarações colhidas dos acusados, e admitidas pelo júri, Whetmore foi o primeiro a propor que buscassem alimento na carne humana de um dentre eles. Foi também Whetmore que propôs a forma de tirar a sorte, os dados. Entretanto, Whetmore havia desistido antes mesmo de lançar o dado na sua vez e os seus companheiros o acusaram de violação de contrato e continuaram a lançar os dados. Na vez de Whetmore um dos réus atirou-o em sua direção e perguntou-o se tinha alguma objeção quanto à correção do lanço. Whetmore declarou