TUBERCULOSE E CONCENTRAÇÃO POPULACIONAL

INT R OD U Ç Ã O

A tuberculose pulmonar apresenta o primeiro estágio de contaminação da doença e é a que atinge um maior número de pessoas, pois seu contágio é facilitado por condições ambientais, tais como: poluição, clima, higiene e ambientes fechados que obrigam a quem quer que esteja presente respire o mesmo ar que os outros indivíduos.

Hoje, a maior incidência de casos de tuberculose atinge homens de meia idade, com nível de higiene pessoal precário, fumantes ou alcoólatras e que residem em ambientes onde a saúde não pode ser bem administrada e controlada.

No centro urbano da cidade de São Paulo diariamente circulam milhões de pessoas distintas umas das outras com credos, etnias, condições financeiras e vícios diferentes. E nessa concentração de indivíduos encontram-se pessoas que possuem alguma doença que pode ser transmitida pelas vias aérea, ou seja, a simples respiração pode desencadear uma contaminação, seja de gripe em sua forma mais comum ou tuberculose, como está sendo aqui determinada como foco.

Segundo dados epidemiológicos divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde da Cidade de São Paulo no ano de 2008 foi constatado um coeficiente de 52,9/100.000 habitantes de casos novos de tuberculose baseando-se na totalização em números de 5.783 casos.

A queima de biomassa em ambientes abertos produz poluição atmosférica e causa impacto sobre a saúde de indivíduos expostos e maior incidência de tuberculose pulmonar.

(CANCADO, José Eduardo Delfini et al. 2006, vol.32, pag.2)

O alto nível de poluição ambiental é em nível mais elevado em centros urbanos devido à queima de combustível o que leva ao efeito estufa manter os resíduos dessa queima por mais tempo no ar que respiramos.

Por conseqüência, o ar transpirado por algum portador de tuberculose que não tenha iniciado tratamento algum por falta de diagnóstico também apresenta dificuldade em se alastrar no ar, fazendo com que seja respirável ao outros passantes por mais tempo, o necessário para a contaminação tem um papel ainda mais ativo.

Devido ao apresentado, cabe-nos indagar a necessidade de uma análise mais profunda da relação entre poluição, concentração populacional em ambientes urbanos e tuberculose.

DI S C US S ÃO

A ampliação da relação apresentada deve considerar:

• Empresas atuantes no centro urbano;

• Tráfego intenso de automóveis no centro urbano,

• Moradores de rua carentes de apoio à saúde e

• Propaganda para a prevenção de doenças.

“Ao contrário das nações desenvolvidas, onde o mal é mais freqüente em pessoas idosas, por aqui a tuberculose acomete todos os grupos etários. Os homens adoecem duas vezes mais que as mulheres e a prevalência é maior em áreas de alta concentração populacional.”

(Néri, Márcia. 2010, pág. 1)

Devido à maioria das empresas de São Paulo estar localizada na região central da cidade, existe aí uma alta circulação de pessoas e automóveis todos os dias. Seja para banco, trabalho, compras, etc. Essa centralização faz com que a população se desloque, muitas vezes em ônibus ou metrôs lotados, ou em outras com seus carros causando um aumento no nível de poluição do ar, até a região onde encontrará milhares de outras pessoas que lá vão para seus respectivos fins. Se a localização dessas empresas fosse mais esparsa pela cidade não haveria o acúmulo de pessoas no transporte público, não haveriam os altos níveis de poluição da região e não haveria a “alta concentração populacional em ambientes urbanos”.

Os moradores de rua são um problema gerado pelo próprio governo, porém muitos vivem nas ruas por opção. Mas o comum entre essa relação é a responsabilidade do governo quanto às suas vidas e sua saúde. Visto que a maior incidência de tuberculose atinge essa classe devido à exposição à variação de clima, higiene precária, fumantes ou alcoólatras em muitos casos (sendo que o fumo e o alcoolismo contribuem para a contaminação da tuberculose) e falta