UTOPIA E DISTOPIA
Artigos Científicos: UTOPIA E DISTOPIA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Karamazov1 • 8/11/2014 • 586 Palavras (3 Páginas) • 274 Visualizações
UTOPIA E DISTOPIA
Não são tão raros os exemplos que podem ser interpretados como Distopias na história recente da humanidade, sendo muito abundante nos países africanos, principalmente aqueles colonizados por portugueses e os belgas, que têm uma característica desde antanho de pautar suas colonizações no extrativismo de recursos, diferente de povos como o britânico, que têm a cultura de também povoar suas novas terras com intenção do desenvolvimento local.
A escassez de alimentos, a ausência de um sistema prolífico de esgoto, descaso completo com a higiene e saúde públicas, cidadãos que despendem esforços desumanos em um trabalho recompensado de maneira pífia, mortes, genocídios, governos centralistas, tirania e despotismo; são essas as características que, a priori, caracterizam o estado distópico.
Um ponto a se observar é a origem da distopia. Com supracitado, a colonização extrativista pode ser uma causa desse estado social, mas não é o único; descaso do poder público com regiões menos abastadas, lugares geograficamente distantes da civilização, e a causa de algumas das distopias mais perversas: a utopia.
Desde sua proposição por Marx, muitos levaram os modelos socialista e comunista como a maneira ideal de acabar com as vicissitudes engendradas pelo recém-emergido sistema capitalista, a desigualdade social e a distinção dos indivíduos entre classes, sugerindo que os meios de produção fossem geridos pelo poder público e a extinção da propriedade privada, que configura o motor do sistema gerido pelo capital; tal sistema foi provado ser, mesmo em sua teoria, errado em construção e de realização utópica, desde o economista autríaco Carl Menger e sua teoria econômica do Marginalismo e a filosofia de Eric Voegelin e suas críticas ao conteúdo coletivista daquela sociedade, se mostrando ser cada vez mais utópico e impraticável, até onírico, aquela sociedade sem desigualdade e sem pobreza.
Entretanto esses ideais se mantiveram no imaginário de muitos que imaginariam assim uma sociedade melhor e praticável, e esses tantos lutaram com todas as armas que dispunham para enfim ver no mundo real como funcionaria aquela maneira revolucionária que diziam futuramente extinguir o capital. Tivemos então diversos regimes de caráter centralista e comunista, como ocorreram na Romênia, União Soviética, Vietnam, Camboja, Laos, Laos, China, Coréia do Norte, Cuba, dentre os quais alguns já foram extinguidos e em outros ainda é praticado o modelos marxista-leninista.
Entretanto nem tudo sai perfeitamente como o planejado na teoria. Segundo consta cálculo feito por diversos historiadores no “Livro negro do Comunismo”, o sistema chegou a ceifar mais de cem milhões de vidas em suas aplicações práticas, incluído mortes por genocídios, como o Holomodor e de grandes peródos de fome, como aconteceu na União Soviética e no Camboja (que então se chamava Kampuchea Democrática, nome imposto pelo partido comunista Khmer Vermelho, que teve Pol-Pot como grande líder). O Camboja, inclusive, é um enorme exemplo de como a utopia se transforma numa distopia: nos 4 anos de regime comunista comandado por Pol Pot, viu-se dois milhões e meio de cambojanos (um quarto de toda a população do pequeno país asiático na época) indo a óbito por fome ou por ataques do próprio governo, que executava aqueles que
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