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Uma visão global do tema dos sindicatos, sua evolução histórica, conseqüências e análise das atitudes sociais, políticas e econômicas

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Por:   •  6/12/2013  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.587 Palavras (11 Páginas)  •  367 Visualizações

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SUMÁRIO

• INTRODUÇÃO

• CARACTERÍSTICAS DE MUDANÇAS

• RESUMINDO O HISTÓRICO

• DISTINÇÃO ENTRE SINDICATOS E

SINDICALISMO

• EDUCAÇÃO SINDICAL NO BRASIL

• BIBLIOGRAFIA

• CONCLUSÃO FINAL

INTRODUÇÃO

Nossa proposta aqui é apresentar uma coletânea de textos que favoreçam um visão global dos tópicos sobre sindicatos, sua evolução histórica, implicações e análises sob pontos de vista sociais, políticos e econômicos. O assunto é vasto, e apresentar uma crítica a respeito requereria muito mais espaço e estudo, mas sentimo-nos satisfeitos por desenvolver, o assunto sob diversos ângulos, o que permitiu conhecer de maneira mais profunda os aspectos que envolvem o tema, tão discutido atualmente. Como profissionais da área de Recursos Humanos, sabemos que os principais requisitos para nossa intervenção em um processo de negociação são:

• poder de diálogo;

• ouvir com atenção;

• programar e planejar a intervenção com dados estatísticos e relatórios;

• ser firmes; e

• demonstrar bom senso.

Cabe acrescentar a importância da análise social, conhecimentos sobre a CLT, dados da cultura da empresa e história pessoal/profissional (quando possível) dos participantes do processo de negociação. Em resumo, obter todas as informações para apresentá-la durante o decorrer do processo, tendo em vista que os negociadores, dos dois lados, têm interesses a serem defendidos, mas não podemos "ficar em cima do muro". Assumir posição, defende-la e conquistar espaços aumentará a credibilidade, que será concretizada na medida em que também nos comprometemos na manutenção sistemática das condições negociadas. Embora pretendamos desenvolver o assunto desde seu surgimento histórico, abordaremos aqui a importância da análise nas mudanças de rumo do sindicalismo, que permitirá o conhecimento das características das lideranças sindicais.

CARACTERÍSTICAS DAS MUDANÇAS

O movimento sindical, que ressurgiu na segunda metade da década de 70 (depois dos anos de dura repressão econômica que transformou a própria classe operária) apresenta características diferentes. Em primeiro lugar, sua base de sustentação está nas grandes empresas privadas, nacionais e estrangeiras. O sindicalismo dos anos "janguistas" ao contrário teve suas bases nas empresas estatais, nas ferrovias, nas docas, etc. A participação do proletariado foi relativamente pequena no movimento sindical nacionalista desenvolvimentista. Paradoxal e ironicamente, as multinacionais ficaram à margem dos grandes movimentos grevistas do período, especialmente à margem dos ensaios de greve geral. Basta dizer que a VW, a maior empresa privada estrangeira do País, somente agora, pela primeira vez foi paralisada por uma greve. Em segundo lugar, observa-se no "novo sindicalismo" a disposição de confiar fundamentalmente na capacidade de organização dos próprios trabalhadores da categoria profissional, sem contar com a proteção de outras forças políticas e partidárias. Neste sentido, pode-se falar em "voluntarismo obreirista" que procura marcar certa conduta e impor autonomia da ação operária diante de outros grupos (políticos, intelectuais, estudantes, etc.). Esta afirmação de autonomia operária e sindical não exclui certas alianças políticas, mas é visível o esforço de manter as fronteiras entre os operários e os membros das classes sociais médias e altas. Em terceiro lugar, em termos ideológicos, não se observa neste surgimento do sindicalismo uma proposta nacionalista. Embora, às vezes, as multinacionais sejam criticadas por seu "egoísmo", por sua "intransigência", não há defesa da "burguesia nacional" como no sindicalismo pré-64. A influência nacionalista e a proposta desenvolvimentista foram substituídas por uma pressão na direção da participação dos operários numa riqueza já criada por um patronado eficiente, que o sindicalismo não se propõe a eliminar, mas domesticar. O contrato coletivo de trabalho - reivindicação inexistente no sindicalismo do período anterior - aparece como o principal instrumento participatório. Trata-se de uma tendência sindical que surge numa região rica, com uma economia dinâmica dirigida por uma classe empresarial capaz de administrar eficientemente "empresas que podem pagar". Neste contexto, os operários exigem sua parte no produto criado, sem propor um modelo alternativo de criação de riquezas (reformas de base, por exemplo). Além das condições sociais (uma classe empresarial forte e um proletariado de grandes empresas e concentradas numa mesma localidade), fatores políticos contribuíram para influenciar as orientações das novas tendências sindicais. Ao contrário do período pré-64, as atuais lideranças sindicais se desenvolveram longo do poder. Nasceram afastadas do Estado e aprenderam a desconfiar das autoridades públicas. No clima de autoristarismo reinante e da marginalização dos sindicatos, compreende-se que as preocupações democráticas, ao contrário do passado, ocupem um lugar de relevo nas orientações políticas das novas lideranças. Acrescenta-se ainda, que pesquisas realizadas em diversas empresas, tem detectado que a classe trabalhadora ainda luta por atender aos "fatores higiênicos", estando distante o momento em que estas necessidades perderão prioridade para as motivações políticas.

RESUMINDO O HISTÓRICO

A instituição sindical é antiguíssima, data do século XVI na Europa, e desde princípios deste século, no Brasil. Consagrada por lei em quase todos os países ocidentais, ela é um produto natural do próprio sistema capitalista que, ao diferenciar o trabalho do capital, torna necessária a existência de órgãos que representem os interesses de cada um. A única função do sindicato é a de "representar os interesses dos trabalhadores" sob determinada jurisdição, visando o seu bem estar. As restrições, ênfase adotada pela

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