As Estratégias Criativas

Resumo

As estratégias criativas são um dos meios de comunicação mais importantes ao dispor das marcas, para transmitir os conteúdos que desejam às suas audiências alvo, tanto no meio tradicional, como no meio digital.

Na definição dos seus conteúdos de comunicação, as marcas e as estratégias em conjunto com as suas agências criativas, podem escolher os atributos que desejam enfatizar, e as estratégias criativas e os elementos excepcionais que vão transmitir aos consumidores potenciais, para melhorarem a sua imagem na mente destes. Através desta lista de possibilidades criativas, qualquer solução criativa pode ser desenhada.

No entanto, estes três componentes de comunicação (atributos, estratégias criativas e elementos execucionais) têm sido alvo de estudos de forma “individual”, pelo que tendem a ser menos úteis do que poderiam no desenvolvimento das soluções criativas, na medida em que não reflectem as necessidades das marcas e das agências criativas inerentes ao desenvolvimento do processo criativo. Este trabalho permite ultrapassar esta lacuna, através do desenvolvimento de um modelo integrado que relaciona os atributos que as marcas pretendem comunicar, com as estratégias criativas utilizadas.

Palavras-chave: Estratégias criativas. Briefing. Estratégia genérica

Introdução

O presente trabalho aborda acerca da definição e implementação das estratégias criativas. Num mundo em constante mudanças como o de hoje, no qual a capacidade de competir das empresas depende cada vez mais de aspetos intangíveis, como a inovação e conhecimento, a criatividade estratégica surge como um elemento de importância capital para a competitividade das regiões e das empresas, face à impossibilidade de competir em preços com algumas das economias emergentes.

As estratégias criativas, por seu lado, é uma ferramenta que ativa o processo inovador por meio de geração e desenvolvimento de ideias no mundo empresarial. Da mesma forma, as estratégias criativas é uma capacidade inerente as pessoas, que pode ser desenvolvidas coletivamente e cuja utilização constitui oportunidade para melhorar a competitividade e lançamento de um novo produto das empresas.

O objetivo do trabalho consiste em apresentar uma contribuição teórica para o conhecimento das estratégias criativas e, desenvolvendo um modelo de plano de estratégias comunicativa para a Cell Shop, na venda um telefone.

De forma geral, o trabalho desenvolve-se partindo da conceptualização das estratégias criativas ate ao desenvolvimento do exemplo de um plano de estratégias criativas.

Objectivos

Objectivo geral

• Elaboração de um plano de estratégias criativas para a Cell Shop no âmbito de Venda do Telefone Samsung 10 aos moradores da cidade da beira.

Objectivos específicos

• Identificar as estratégias criativas;
• Compreender as estratégias criativas e os passos para sua elaboração;
• Publicitar e vender o Samsung S 10.

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Contextualização conceptual

Estratégia criativa

Segundo PRATAS (apud Frazer, 1983; Taylor, 1999). “A estratégia criativa é uma “política ou princípio orientador que especifica a natureza geral e o carácter das mensagens comunicacionais a serem criadas”

Como a própria designação indica, a “estratégia criativa” é um conceito constituído por duas dimensões: “estratégia” e “criatividade”.

Enquanto que a “estratégia” compreende aspectos como orientação, enquadramento e uma estrutura de acção guiada por objectivos; a “criatividade” indica liberdade, expressão artística, imaginação e originalidade.

Ou seja a estratégia criativa é constituída pelos princípios orientadores que vão enquadrar a criatividade das agências criativas na elaboração dos conteúdos de comunicação das marcas.

Segundo MERCATOR, A elaboração das mensagens publicitaria, designada por copy, comporta três fases sucessivas: a estratégia de criação (ou copy strategy), a criação a execução. A primeira diz respeito ao conteúdo das mensagens e as duas seguintes à sua forma.

O plano de trabalho criativo (copy strategy) é um documento formal, geralmente curto (uma ou duas páginas), estabelecido em comum pelo anunciante e pelos responsáveis comerciais da agência (gestor de conta), com vista a orientar o trabalho de criação que será depois pedido aos serviços «artísticos» da agência.

Noutros termos, a copy strategy é o caderno de encargos que servira de base ao trabalho dos criativos. A sua estrutura formal varia de agência para agência.

Tipos de estratégias de criatividade

No âmbito das estratégias MERCATOR, afirma que existem varias abordagens estratégicas da criatividade, que variam, fundamentalmente, com a posição que a marca tem no mercado;

Estratégia genérica - a marca vale por si quando é dominante ou quando o produto é novo;

Reivindicação preemptiva – promete-se o basic quando não existem as verdadeiras diferenças entre o nosso produto e os concorrentes recorrendo-se a anúncios muito imaginativos;

Unique seling  proposition – evidencia – se uma vantagem competitiva e duradoura do produto;

Estratégia de imagem da marca – havendo poucos fatores de diferenciação dá-se enfase aos psicológicos e emocionais em vez de fatos;

Abordagem a ressonância - remete-se o consumidor para expressões ou personagens que estão na memória coletiva.  

Diante de vários tipos de estratégias criativas acima apresentados tomaremos como base a estratégia genérica porque essa vai de acordo com o produto que pretendemos lançar.    

Briefing

Segundo MARQUES et all (apud Corrêa, 2006), o briefing originou-se na Segunda Guerra Mundial quando os militares da aeronáutica faziam reuniões para evitar o vazamento das informações e sentiram a necessidade de melhorar a organização dos seus ataques. Eles buscavam conhecer os pontos relevantes de um ataque estratégico e não toda uma campanha de guerra. Desse modo, para que as informações não fossem parar nos ouvidos dos inimigos, eles faziam uma reunião de briefing antes dos voos. A palavra se popularizou nas agências de propaganda para denominar um pedido de trabalho.