Hair - Resenha
Por: Heitor Teles • 15/8/2024 • Resenha • 548 Palavras (3 Páginas) • 25 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS, COMUNICAÇÃO E ARTES
CURSO DE JORNALISMO
DISCIPLINA: LEGISLAÇÃO E ÉTICA NO JORNALISMO PROFESSOR: RICARDO COELHO DE BARROS ALUNO: HEITOR TELES (NOTURNO)
Resenha: “Hair” - 1979
"Hair" é um filme musical lançado em 1979, dirigido por Milos Forman, baseado em um famoso musical da Broadway. Ele se passa nos anos 60, um período marcado por intensas mudanças sociais e políticas nos Estados Unidos e no mundo. O filme ambienta o auge do movimento hippie e dos protestos contra a Guerra do Vietnã, misturando drama e música para mostrar a contracultura da época.
A história segue Claude Bukowski (John Savage), um jovem do interior que vai para Nova York se alistar no exército e lutar na Guerra do Vietnã. Lá, ele encontra um grupo de hippies liderado pelo carismático George Berger (Treat Williams), que o acolhe e o apresenta a um estilo de vida mais livre, focado em paz, amor e liberdade e resistência política. Essa transição do conservadorismo rural para a liberdade urbana é central para o desenvolvimento do enredo, mas, em muitos momentos, a profundidade dessas temáticas parece ser sacrificada em prol da estética e da música. Enquanto Claude é puxado cada vez mais para o mundo de Berger, ele também se apaixona por Sheila Franklin (Beverly D'Angelo), uma jovem rica e privilegiada. Sheila, embora fascinada pelo estilo de vida dos hippies, enfrenta suas próprias lutas internas, dividida entre o conforto de sua vida de alta classe e a atração pelo idealismo e a liberdade que Berger e seu grupo representam.
As músicas do filme, como "Aquarius" e "Let the Sunshine In", e "Good Morning Starshine", não são apenas cativantes; elas desempenham um papel crucial na narrativa, expressando as emoções e os conflitos internos dos personagens e refletindo o espírito da época. Milos Forman, o diretor, trata de temas sociais de maneira sensível, desenvolvendo o filme com momentos divertidos e leves, mas também cenas emocionantes que fazem a gente pensar, especialmente quando o futuro de Claude fica em risco.
Outro tema central do filme é o contraste entre a liberdade individual e as responsabilidades sociais. Claude enfrenta um dilema moral: seguir os passos esperados de um jovem americano e ir para a guerra ou abraçar o estilo de vida livre de Berger e seus amigos. Este conflito é intensificado pela atração de Claude por Sheila, que representa a tentação de uma vida segura e tradicional versus a aventura e o risco da vida hippie. O elenco é excelente, com destaque para Treat Williams, que dá vida a Berger de forma vibrante e autêntica. John Savage e Beverly D'Angelo também fazem um ótimo trabalho, dando profundidade aos seus personagens.
Não somente uma adaptação musical, "Hair" é um retrato vibrante de uma geração que desafiou as convenções sociais e lutou por mudanças profundas em uma época de grande turbulência e ainda hoje continua a ressoar com o público, tanto pela sua relevância histórica quanto pela sua poderosa celebração do espírito humano, com um retrato forte de uma geração que sonhava com um mundo melhor. É um filme que celebra a juventude, a liberdade e o espírito rebelde, mas sem esquecer das realidades difíceis e das consequências das escolhas que os personagens fazem. Mesmo depois de tantos anos, "Hair" ainda toca o público com sua mensagem e sua trilha sonora inesquecível.
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