O Preconceito linguistíco
Por: Laercio Barbosa • 3/6/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 650 Palavras (3 Páginas) • 182 Visualizações
Introdução
É inevitável assumir a intransigência que existe no Brasil, e este sentimento hostil consegue se manifestar de diversas formas no âmbito social, político e econômico. Por outro lado, é imprescindível enfatizar a ascensão que o país vem conquistando nos últimos anos contra a discriminação e outras formas de preconceito. Felizmente este combate tem mudado o cenário do país de modo demasiadamente positivo, mas, no entanto, uma questão ainda pouco discutida é o preconceito que transita através da língua. Esta atitude de julgamento consiste principalmente pela falta de respeito entre os membros na sociedade, comumente o principal traço da feição de qualquer preconceito.
Preconceito Linguístico
Em entrevista com Angélica Mayumi, professora de línguas da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) “ o preconceito linguístico é tananananannananananananananananananananananna “
A insensata forma de que as pessoas tendem a não distinguir a gramática normativa da língua é um dos principais determinantes para que haja o preconceito linguístico. Esta falsa projeção da linguistica nos faz esquecer de sua natureza, que está intrinsecamente atrelada em conseguir transmitir uma mensagem de forma coesa. Já o propósito de cumprir com a norma culta cabe essencialmente à gramática normativa, mediante um conjunto de regras que visam determinar o uso considerado correto da língua. Visto isso, faz-se necessário lembrar também de que a língua portuguesa assim como as demais possui suas variações linguísticas, advindas de um fenômeno natural decorrente de um processo cultural e histórico. Este fenômeno existe pelo fato de que a língua possui um certo grau de sensibilidade à elementos como localidade, sexo, etnia, classe social, etc. E geralmente as pessoas são conduzidas a acreditar que a forma mais correta da língua é aquela que está mais próxima da gramática normativa, e tendem a julgar aqueles que estão se contrapondo a ela, de modo inconsciente fomentam o preconceito e discriminam aqueles que estão fora do padrão social. Em 2011 o Ministério da Educação (MEC) ao defender o uso de um livro didático para combater o preconceito linguístico, distribuído para mais de 500 mil alunos pelo Programa Nacional do Livro Didático para a Educação de Jovens e Adultos (PNLDEJA)1. Fonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/mec-defende-uso-de-livro-didatico-com-linguagem-popular/n1596949085987.html
Causou polêmica ao trazer em seu conteúdo expressões que se distanciavam da norma culta brasileira. Aqueles que eram mais conservadores ridicularizaram a apostila, consideraram a temática inadequada. Para
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o professor Cosme Batista dos Santos, professor do Campus III da UNEB, em Juazeiro, e doutor em linguística aplicada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp, São Paulo) fala que na concepção da sociolinguística, “não existe linguagem errada ou correta, existe linguagem que se usa em uma situação e em outra não”. Concomitante com a opinião do professor Cosme, a professora Angélica Mayumi, afirma que “A língua é como uma roupa, você deve se vestir adequadamente em cada ambiente”. O preconceito é inerente de concepções retrógradas, mas devemos compreender de que a língua assume diversas formas, e não podemos considerar errado aquelas que não seguem qualquer tipo de paradigma.
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