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Resenha sobre Vídeo Clipes

Por:   •  26/5/2016  •  Resenha  •  1.378 Palavras (6 Páginas)  •  397 Visualizações

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Sendo uma narrativa com antecedentes diretamente ligados à vanguarda dos anos 1920, o videoclipe conta com elementos básicos como, música, letra e imagem que, manipulados, interagem para provocar a produção de sentido. As características de como esses elementos são construídos incluem montagem, ritmo, efeitos especiais, iconografia, grafismos e movimentos de câmera. Em especial, a iconografia diz respeito à origem das imagens usadas como referência cultural, ao repertório visual utilizado no clipe. Muitos videoclipes fazem referências a figuras de outras expressões culturais, como a literatura, o teatro, as artes plásticas e o cinema. Os vídeos musicais da indústria cultural contemporânea desenvolveram, principalmente a partir dos anos 80, uma estética e uma linguagem próprias, chamadas de Estética Videoclipe. Essa estética pode ser caracterizada por:

Uma montagem fragmentada e acelerada como, por exemplo, no vídeo da música Bedtime Story, da cantora Madonna, lançado em 25 de Outubro de 1994 que tem como gênero o Pop, R&B e Electronic. Explorando temas líricos de amor, tristeza e romance em uma atmosfera onírica, com uma abordagem menos sexual que os trabalhos anteriores da cantora, foi o 2º clipe mais caro da história. Dirigido por Marck Romanek, o vídeo não apresenta uma estrutura narrativa, sendo uma sucessão de símbolos e imagens surrealistas. Madonna surge num ambiente futurista, caindo no infinito entre as estrelas, dando luz à pombas brancas e no final chegando ao clímax num tipo de orgasmo, tem duas características principais: é inspirado em diversas pinturas de artistas surrealistas femininas e é rico em simbologia, sobretudo cristã e islâmica. Sua ideia geral é de morte e vida, nascimento e renascimento através da arte.

Riqueza de referências culturais e forte carga emocional nas imagens apresentadas como podemos observar no clipe da música Tears dry on their own (Back to Black), da cantora Amy Winehouse. O vídeo, gravado em Los Angeles, conta com cenografia original, uma estética colorida e imensa diversidade de personagens. Fala sobre o fim do relacionamento dela e do seu ex, Black, e apesar de tudo ela ainda o esperava em um motel, melancólica, isolada e apática às pessoas e ao cenário esperançoso. A personagem de Amy só quer ter um momento de desabafo com ela mesma. Dirigido por David Lachapelle, o vídeo traz muito da carga estética deste fotógrafo de moda, cores vivas do dadaísmo, alternância do tempo cronológico e de cenários, foi filmado em grande parte com travelling.

Multiplicidade visual que nos é apresentada nos projetos de linguagem muito pessoal da cantora Björk. Como o vídeo de Hiden Place(Vespertine), dirigido pelos diretores de arte e designers gráficos Michael Amzalag e Mathias Augustyniak, bem como os fotógrafos Inez Van Lamsweerde e Vinoodh Matadin, apresenta simplicidade, naturalidade e ciclo, através de vários fluídos gráficos, com referencias picturais ao artista espanhol Joan Miró(minimalismo), entrando e saindo dos orifícios faciais de Björk, como olhos, nariz e boca(o corpo é a essência de tudo). A música, segundo a artista, é sobre como duas pessoas podem criar um paraíso, um lugar emocional inabalável e invisível. Já no clipe de Pagan Poetry (Vespertine) o ambiente é um tanto obscuro e sombrio, remete a uma dicotomia entre dor e amor ou prazer. A cantora é perfurada e adornada com piercings que fazem a base para um vestido branco (que remete a noiva) de pérolas. Ainda há imagens com uma edição parecendo um desenho e bastante saturadas, onde o diretor e fotógrafo, Nick Knight, pediu para Björk filmar o ato sexual com seu marido. Nick tem o propósito do corpo em movimento fluído nas fotos. O corpo nunca está estático e as poses são sempre fora do tradicional. Em contraste com o trabalho da diretora Sam Taylor Wood, que ressalta os movimentos corporais e dirigiu o videoclipe da música ÜBerlin(Colapse Into Now), da banda de rock alternativo R.E.M., onde o personagem sai a rua dançando e expressando toda sua liberdade, felicidade e exaltação. Tem referências do filme clássico de 1952, Cantando na chuva (Gene Kelly) e do Street Dance.

Planos curtos são contrapostos em outro vídeo da banda R.E.M., Imitation of Life (Reavel), onde há uma festa na piscina acontecendo e os detalhes são revelados com uma técnica chamada Pen and Scan, "focando" um ponto do vídeo que foi filmado num grande plano geral. A cena original tem 20 segundos e também foi submetida ao reverse para contar a história de uma "Imitação da vida". Dirigido por Garth Jennings, conta com referência do filme Imitation of Life (1959) de Douglas Sirk.

Narrativa não linear define o vídeo da música Take me Out da banda Franz Ferdinand, onde as imagens remetem ao dadaísmo com imagens sem nexo, colagens, outra dimensão e com corpos mecanizados que montam uma "máquina do sexo". Com referencias das décadas de 20 e 30, vanguarda russa, imagens surreais e satíricas trabalhadas pelo diretor Jonas Odell.

Quase que com as mesmas características, outro vídeo da banda Franz Ferdinand, Do You Want To é uma festa em uma exposição de arte, representando a fuga da arte de pedestal. Foi dirigido por Diane

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