Resumo dos Capítulos 15 e 16 do Livro “Tempos Fraturados”
Por: Email de Negócios • 10/9/2021 • Resenha • 858 Palavras (4 Páginas) • 185 Visualizações
Resumo dos capítulos 15 e 15 do livro “Tempos Fraturados”
Cap. 15: Mandarim com barrete frígio: Joseph Needham
Este ensaio dedica-se a apresentar Joseph Needham, bioquímico, pesquisador e historiador das ciências. Needham ficou famoso pela obra “Science and Civilization in China” (1954 - presente), um trabalho de pesquisa sobre a ciência, a tecnologia e a medicina tradicional chinesas que expandiu o conhecimento do Ocidente sobre o assunto.
“Mandarim com barrete frígio: Joseph Needham” começa com um panorama sobre o início do século XX, época em que Needham viveu. O texto destaca o embate entre as artes e a ciência que marcaram o período, e uma noção de que a arte parecia acessível para os cientistas, mas a ciência estava distante dos artistas, o que pode justificar o caminho bem sucedido das pesquisas de Needham, que se aproximaram bastante da cultura. O ensaio segue apresentando quem foi Needham: bioquímico renomado, Mestre na Universidade de Cambridge, cuja maior ambição acadêmica era propor um método de estudo para a embriologia bioquímica que fosse mais orgânico e anti-mecanicista.
Quanto ao seu objeto de estudo e os fatores que o levaram até a China, há até mesmo uma especulação que uma mulher chinesa despertou o seu interesse pelo país. Mas, sua ideologia política marxista é o verdadeiro fator que o aproximou da história e do estudo das relações mutáveis entre ciências e sociedade que o levaram até a China. E, um outro fator importante em relação a Needham é que ele, ao contrário de outros cientistas marxistas, possuía um apego às religiões e enxergava o lugar para a fé e para as práticas cerimoniais dentro do sistema comunista que estudava.
Needham admirava a cultura tradicional chinesa, baseada na filosofia Confuccionista, com seu passado imperial que nunca fora fundamentado a partir de bases religiosas moralistas e sobrenaturais e dominado por sacerdotes, além de ser um país referência em ciência e tecnologia entre as sociedades antigas. Ele também enxergava a China como um sistema que resistiu a ataques imperiais e preservou sua cultura mesmo diante da modernidade e das mudanças do século XX. O pesquisador tenta chegou a conclusão de que a China não voltaria ao seu status de superioridade científica e tecnológica mas que justamente esses seriam os instrumentos para produzir boas sociedades, tanto no Ocidente, quanto na própria China.
Cap. 16: Os intelectuais: papel, função e paradoxo
Através de um panorama histórico, o autor apresenta os contextos políticos e sociais que definiram o papel do intelectual ao longo das décadas. De início, a escrita é postulada como a função social para os intelectuais, de modo que é difícil desassociá-los do sistema de escrita e códigos, o que reflete as origens dessa “classe”. Isso também justifica sua inicial exclusividade, porque para ser um intelectual era necessário compreender, manipular, interpretar e preservar um código específico. Eles foram responsáveis pelo sucesso e pela queda de impérios, mas nem por isso obtiveram o poder absoluto ao longo da história.
Até meados do século XIX, o grupo de intelectuais era muito pequeno, e geralmente contemplava apenas a elite. Mas, os sucessivos avanços tecnológicos provocam transformações sociais, desenvolvimento econômico e a ascensão de famílias burguesas ao patamar de intelectualidade. Esse processo se estende pelo século XX, em que há a expansão da instrução secundária e universitária mais do que em qualquer outra época, o que fez com que os números de pessoas instruídas aumentasse. A expansão da industrialização também gerou mais empregos para pessoas instruídas que não eram ligadas a nenhuma família de elite.
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