A ANALISE SEMIÓTICA - HAPPINESS
Por: Mariana Couto • 23/4/2020 • Resenha • 1.088 Palavras (5 Páginas) • 895 Visualizações
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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA – CAMPUS CABO FRIO
CURSOS DE JORNALISMO E PUBLICIDADE E PROPAGANDA
ANÁLISE SEMIÓTICA DE “HAPPINESS”
MARIANA DE SOUZA COUTO
Rio de Janeiro
2020 / 1º Semestre
MARIANA DE SOUZA COUTO (20151107982)[pic 3]
ANÁLISE SEMIÓTICA DE “HAPPINESS”
Trabalho apresentado à disciplina de Teorias Clássicas da Comunicação, dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Universidade Veiga de Almeida, campus Cabo Frio, sob orientação da prof. Dr. Paula Guaraldo.
Rio de Janeiro
2020 / 1ºSemestre
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1. INTRODUÇÃO
A semiótica é a ciência dos signos. Apresenta-se em três principais elementos: signo, objeto e interpretante. Tem por função classificar e descrever todos os tipos de signos logicamente possíveis e como o ser humano consegue interpretar as coisas, principalmente o ambiente que o envolve.
Nos comunicamos através da leitura e/ou produção de formas, volumes, massas, interações de forças, movimentos, imagens, gráficos, sinais, setas, números, luzes. Podemos ainda nos comunicar através de gestos, objetos, dons musicais, expressões, cheiro e tato.
Neste trabalho vamos analisar um curta-metragem chamado “Happiness” de Steve Cutts. Apontaremos seus signos, significados e significantes e como conseguimos identificar o sentido que algumas cenas são capazes de gerar em nosso interior o sentido necessário para compreensão da mensagem transmitida.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O autor do filme faz uma analogia entre os seres humanos e os ratos. A cena inicial mostra um pequeno rato um pouco perdido, procurando por algo. Então ele começa a correr e se mistura a outros ratos, uns usam terno, gravata, bolsa, óculos e celular. Em algum momento da vida, nós também nos sentimos perdidos e solitários. Alguns correm mais do que outros, uns conseguem lugar no metrô lotado, é verdadeiramente “cada um por si” para alcançar aquilo que deseja.
É possível descobrir o signo desse curta nos primeiros minutos: a felicidade. Não se sabe ao certo onde ela está, então experimentamos o que é proposto pelas inúmeras publicidades e começamos a codificar, decodificar e recodificar as mensagens recebidas. O código transmitido pelo autor é de que a todo momento estamos correndo atrás de satisfação e felicidade.
O contraste dos tons de cinza pela cidade e as cores vivas das propagandas de felicidade dão o significado ao curta. Tecnicamente só é possível ser feliz comprando algo que seja considerado “da moda”, obtendo um dos carros mais desejados (no filme temos a representação de uma Ferrari vermelha), consumindo bebidas alcoólicas e até mesmo drogas.
Durante todo o filme conseguimos identificar algum momento que tenhamos vivido em nossas vidas, por exemplo a cena em que uma multidão de ratos aguarda a abertura de uma loja em um dia de “Black Friday”, a famosa sexta-feira de promoções e descontos em diversos produtos. Os ratos enfrentam uns aos outros para garantir que determinado produto seja o prêmio final daquela luta. Quantos de nós já não viramos a madrugada acordados atualizando sites de compra para conseguir obter aquele produto que desejamos tanto? A grande questão que precisamos responder a nós mesmos é: estamos comprando isso por necessidade ou apenas para satisfazer uma vontade? Na maioria das vezes queremos somente satisfazer nossa vontade.
A decisão de experimentar bebidas alcoólicas que dizem seus slogans “Beber. Esquecer. Sorrir” e “A mais pura felicidade existe”, demonstra que o homem pode e é levado por aquilo que está vendo para tentar preencher um vazio em si. O rato protagonista se entrega a essa escolha e acaba perdendo o tempo até que acorda com uma prescrição médica de cápsulas da felicidade. Ele se dirige a um lugar que se parece com uma emergência, se joga em um grande frasco de felicidade e descobre um mundo incrível, lindo, colorido e cheio de vida. Essa é a sensação causada pelo uso de entorpecentes, o homem entra em êxtase e por um instante todos os seus problemas vão embora, tudo se torna perfeito, com brilho e magia. Mas isso também chega ao fim assim como todas as decisões tomadas antes. Ele despenca novamente em sua vida sem cor e turbulenta, seguindo a busca pela felicidade que seja capaz de preencher seu interior.
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