A Linguagem nas Redes Sociais
Por: annesamara1463 • 3/4/2017 • Artigo • 721 Palavras (3 Páginas) • 515 Visualizações
A LINGUAGEM NAS REDES SOCIAIS
Com a dinâmica da comunicação, o homem vai adquirindo novas formas de expressar os seus sentimentos e, casualmente, as pessoas estão a desenvolver, a ampliar e a modificar a forma de escrever. O Internetês é um neologismo (de: Internet + sufixo ês) que designa a linguagem utilizada no meio virtual, como facebook, whatsapp messenger, blogs e outros, no internetês as palavras são abreviadas, as vogais em alguns casos se tornam ausentes e surgem novas palavras que representam, por exemplo, cumprimentos ou expressões do cotidiano.
É uma prática cada vez mais comum entre os adolescentes que, acostumados com a rapidez do mundo dos instantâneos e dos descartáveis, utilizam esse tipo de linguagem como meio de agilizar e dinamizar as conversas, o bom vocabulário e as regras que antes eram indispensáveis para se estabelecer uma comunicação escrita, hoje com a ascensão do mundo virtual percebemos nos jovens o sentimento de liberdade na grafia sem a preocupação excessiva com as normas gramaticais, o que traz a fúria de críticos que dizem que os jovens estariam empobrecendo a "língua portuguesa". Há quem discorde explicando que, vivemos em um momento em que a agilidade é indispensável, abreviamos tudo o que se pode abreviar de maneira a agilizar o processo escrito, mas que a linguagem usada na internet deve ser usado em momentos adequados, nunca ninguém em sã consciência escreveu para um amigo palavras formais retiradas de maneira mais ornamental do dicionário como também ninguém escreve um discurso a ser publicado nos jornais da internet com gírias usadas nas redes sociais, logo o equilíbrio e bom senso devem estar presente no meio dos internautas. Portanto, de acordo com esse ponto de vista os internautas não empobrecem a língua.
Porém para alguns críticos os problemas desta nova linguagem que vem ganhando cada vez mais espaço não se encontra apenas nos erros de ortografia ou nos excessos de abreviações, os problemas mais sérios são a redução extrema de vocábulos, causando a pobreza vocabular, e a falta de criatividade na escrita.
“As dificuldades com a produção de texto vão muito além do uso do internetês”, diz a professora Heloísa Mônica Ajeje Gonçalves, com 40 anos de profissão. Segundo ela, os próprios alunos percebem quando deixam escapar um “vc” (você) ou um “naum” (não) no meio de um texto escolar, entretanto, os erros mais recorrentes são o uso de letras minúsculas em nomes próprios, como “Brasil”, por exemplo, a falta de criatividade na produção de textos e até mesmo a falta de opinião. “Devido à correria dos últimos tempos, os alunos têm cada vez a menos paciência para ler textos e a leitura é fundamental para quem vai escrever”, frisa a professora, que atua nas redes pública e particular de ensino.
Segundo Heloísa, a linguagem dos usuários das redes sociais “é muito solta, muito livre, cheia de lacunas” e, portanto, imprópria para o envio de um documento, “que tem caráter formal e exige padrão culto”. No seu ponto de vista, a maioria dos internautas que frequentam as redes sociais não sabe em que contexto usar uma ou outra linguagem. “Saber isso é importantíssimo não apenas por causa dos vestibulares, mas também das empresas que exigem uma linguagem adequada a cada tipo de situação comunicativa”, frisa
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