A ORIGEM DO STRESS E SUAS MANIFESTAÇÕES
Por: Breno Gonçalves • 9/6/2019 • Trabalho acadêmico • 3.924 Palavras (16 Páginas) • 154 Visualizações
Disciplina: Comportamento Humano nas Organizações
A ORIGEM DO STRESS E SUAS MANIFESTAÇÕES
Notava-se a presença do stress desde os primitivos homens das cavernas, que em uma situação de perigo de vida, ele reagia, e para sobreviver tinha que lutar contra o perigo ou fugir dele, basicamente eram essas duas situações que o homem tinha que enfrentar. Com o passar do tempo, o stress passou a ser usado pela medicina e biologia no início do século XX, com os mais variados significados, fizeram uma investigação de seus efeitos na saúde física e mental das pessoas, e depois passou a ser empregado também pela psicologia.
Assim ele aparece como uma força imposta ao organismo, e a resposta do organismo a essa força, (SELYE, 1995). É sabido que o mundo atual apresenta uma infinidade de agentes estressores que influenciam no cotidiano das pessoas, tanto no sentido positivo como no sentido negativo. Apesar de vasta tecnologia à disposição do ser humano nunca ele esteve tão exposto aos agentes estressores como nos dias de hoje. Isso, também, é notado no ambiente organizacional, com a otimização do trabalho e o enxugamento do quadro de pessoal,obrigando as pessoas a desempenhar várias funções, o funcionário vivencia com mais intensidade o stress diário, visto que o trabalho em equipe absorve mais energia de seus colaboradores.
O stress é “uma palavra derivada do latim stringere, que foi popularmente usada durante o século XVII para representar “Adversidade” ou “Aflição”, (Silva, 2005, p.13). O conceito de stress não é novo, mas foi apenas no inicio do século XX que as ciências biológicas e sociais iniciaram a investigação de seus efeitos na saúde física e mental das pessoas.
A cada dia as pessoas enfrentam mais conflitos em situações que exigem decisões, responsabilidades e obrigações que não se pode simplesmente ignorar. Por isso, o stress é considerado um aspecto natural da própria vida e manifesta-se de forma diferente em homens e mulheres no dia-a-dia.
O ser humano, atualmente, está mais vulnerável em relação aos agentes estressores, pois está exposto a um trabalho precarizado, a uma segurança caótica, a relações familiares conturbadas e em volta com incertezas de toda natureza. Isso requer que ele responda com seu organismo, uma constante luta ou fuga perante essas situações, agindo inconscientemente como um instinto de preservação de sua própria vida. Podemos dizer que o stress sempre esteve presente na vida dos seres vivos e o que muda ou se altera são os fatores estressantes conforme os tempos e sociedade em que se está inserido. De acordo com Rossi (1996, p. 19): Estresse é uma palavra derivada do latim, que foi popularmente usada durante o século XVII para representar “adversidade” ou “aflição”. Em fins do século XVIII, seu uso evoluiu para denotar “fofoca”, “pressão” ou “esforço”, exercida primeiramente pela própria pessoa, seu organismo e mente. Isso significa que o stress vem de uma reação que a pessoa tem perante alguma situação, sendo essa reação boa ou ruim, podendo prejudicar o seu organismo e sua mente. Provocando um desequilíbrio entre o corpo e a mente, afetando os mecanismos de defesa, portanto, entendemos que o stress pode representar qualquer tipo de aflição ou cansaço do corpo e da mente. Mas ele não é só considerado uma coisa ruim, pois é necessário para impulsionar as pessoas a alcançarem seus objetivos, só que em excesso,
ele elimina as defesas do corpo e afeta a saúde. Até a segunda fase, ou seja, a fase de resistência, o stress ainda pode ser considerado positivo, pois o organismo está “ligado” para uma ação. A partir da fase de esgotamento, o organismo já não produz energia suficiente para promover uma ação, sendo altamente negativo para o organismo (SILVA, 2005). Numa situação de stress, o cérebro ordena de imediato um despejo do hormônio adrenalina acima do normal de forma que, o ritmo cardíaco se acelera, os músculos se tencionam, a pressão arterial sobe, as pupilas se dilatam a própria química cerebral se altera. Muda a concentração de três substâncias excitatórias do sistema nervoso: a serotonina, a dopamina e a noradrenalina. A atenção e a concentração aumentam sob o stress. As ações são mais rápidas e assertivas (SILVA, 2005). Encontramos definições de stress como “adaptação às tensões e pressões da existência cotidiana” e “grau do desgaste total causado pela vida” (SELYE, 1995, p.14). Portanto, stress é uma resposta de adaptação do nosso organismo ante qualquer coisa.
Temos dois tipos de agentes estressantes, conforme aponta Selye (1995):
• Físicos – provém do meio-ambiente, como: luz, calor, frio, som, fumaça, drogas em geral, lesões corporais, esforço físico.
• Psicossociais – eventos que alteram o curso de nossas vidas, tanto negativa como positivamente. As reações produzidas pelo stress podem ser psicológicas como, ansiedade, medo, fobias, desânimos e isolamento; e reações físicas, alergias, gastrites, úlceras, diarréia. Ele também pode originar perturbações mentais, problemas na pele, alterações do aparelho digestivo, de certas glândulas internas, perturbações menstruais, desinteresse pela atividade sexual, entre outras. As doenças associadas a ele são: hipertensão arterial, infartos do miocárdio, derrames cerebrais, câncer, úlceras, depressão, artrite, alergias, dores de cabeça. Sem dúvida, existem muitas causas para justificar os níveis de stress, como as rápidas mudanças tecnológicas, inflação, crime, poluição são algumas das situações que requerem adaptação fisiológica e emocional. Também as causas relacionadas com problemas envolvendo a família, aposentadoria, problemas pessoais, excesso de atividade, má distribuição do tempo, acúmulo de raiva e sentimentos negativos, problemas de relacionamento, descontrole diante de situações críticas, preocupação excessiva, falta de descanso e lazer,dificuldade de lidar com as perdas, entre outras. Os pesquisadores sobre stress mostram que ele não é só negativo. Quando positivo, ocorre o aumento da adrenalina (um dos hormônios do stress), melhora o desempenho físico e intelectual, e nos ajuda a superar limites para conseguir a realização de algo. Mas quando negativo, gera um nível excessivo de adrenalina que pode desequilibrar todo o nosso funcionamento, em nível corporal, físico ou emocional.
A autora Rossi (1994, p.27), diz que: Existem dois tipos de estresse. O negativo (distress), que é causado pelas frustrações e problemas diários, e o positivo (eustress), causados pelas coisas excitantes que acontecem em nosso quotidiano, como, por exemplo, promoção no trabalho, gravidez, compra de uma casa Embora esses dois tipos de estresse provoquem reações emocionais completamente diferentes, fisiologicamente as respostas são idênticas.
Isso quer dizer que o stress pode ser tanto positivo como negativo dependendo de cada pessoa. Quando ele é percebido como um desafio, pode melhorar nossas atitudes, mas se ele provocar emoções negativas pode nos prejudicar e até gerar doenças.
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