A linguagem audiovisual utilizada na produção do clipe da música Dark Horse da Katy Perry

A linguagem audiovisual utilizada na produção do clipe da música Dark Horse da Katy Perry

Resumo

Este artigo apresenta uma análise dos elementos audiovisuais utilizados no clipe Dark Horse da cantora estadunidense Katy Perry que usou como referência o Antigo Egito, mostrando a cultura egípcia em si através de um clipe musical e também como o Egito faz parte da cultura popular até os dias de hoje através de pequenos detalhes que de certa forma acabam tornando-se presentes na vida das pessoas.

O trabalho também visa mostrar como é importante a pessoa que estiver assistindo o clipe entenda as referências utilizadas e se interesse pelo conteúdo exposto, por isso um dos fatores principais na produção de um clipe é o audiovisual, é fundamental a utilização de elementos relacionados ao tema, figurino, personagens e o cenário enriquecido de detalhes e cores, tornando assim o clipe mais emocionante, fazendo com que o público que estiver vendo faça uma viagem pela música, se identificando não só com a letra como também com o vídeo, pois é ele que irá atrair e conquistar o público.

Palavras-chave: audiovisual; clipe; cultura; referências; Egito.

Desenvolvimento

Assim como nos filmes é muito importante para um clipe musical o uso da linguagem audiovisual, claro que roteiro, personagens, edição, entre outros também são fundamentais para uma produção, porém o que atrai o público que está assistindo ao vídeo é essa linguagem, se identificar e entender a história através dos elementos visuais.

O Antigo Egito foi cenário ainda na década de 90 no clipe Remember the Time do cantor Michael Jackson e recentemente se tornou cenário também do clipe Dark Horse da cantora Katy Perry. É perceptível no clipe a utilização de detalhes que enriquecem o cenário com elementos sobre o tema para contar uma história.

Fazendo uma pesquisa sobre o Antigo Egito é possível notar a inspiração e adaptação para o clipe desde a letra da música sobre Afrodite, a rainha Cleópatra e até mesmo nas poses e no “andar como um egípcio”, tudo tem um sentido, um significado e um ponto de referência, seja ela nas pinturas antigas, na mistura de culturas e nas descendências.

Segundo o diretor do clipe Mathew Cullen: “(Perry) disse que na verdade, existe um lugar no Egito chamado Memphis, e ela pensou que era tão interessante já que Juicy J é de Memphis, Tennesse” explica o diretor. “Ela basicamente veio até mim e disse: ‘Eu quero fazer algo egípcio e quero combinar com hip-hop de Memphis’. Isso é música para meus ouvidos – quando um artista tem um casal de conceitos que eles querem misturar para criar algo novo.” (Cullen, 2014, p. n.p)

Utilizando como referência o filme Cleópatra, de 1963 e A Múmia, de 1999, Mathew Cullen, diretor do clipe recriou o Antigo Egito com cores vivas, envolvendo ainda mais elementos egípcios e contemporâneos, com direito a Cleópatra e outras divindades do Egito.

Trazendo uma estética variada de elementos da arquitetura, pintura e escultura na produção audiovisual, a história se passa em Mênfis, capital do Egito durante o Império Antigo. A cidade tem ruínas que se igualam em importância com o complexo das pirâmides em Gizé.

O clipe tem início com Katy em um barco e com um figurino grego passeando pelo rio e todo o resto do cenário remete ao Egito, como o Dragão de Osíris no teto do barco e as mulheres com cabeça de gato que estão fazendo a escolta de Katy. Por diversas vezes no decorrer do vídeo foi feita uma “homenagem” a Cleópatra e essa é uma delas. A cultura da rainha descendente de uma linha macedônia – grega, mistura