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ANÁLISE: MERCADO DE NOTÍCIAS E O CARA E COROA DO JORNALISMO

Por:   •  20/11/2017  •  Resenha  •  721 Palavras (3 Páginas)  •  478 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Curso de Comunicação Social - Jornalismo

Cristino Melo

ANÁLISE: MERCADO DE NOTÍCIAS E O CARA E COROA DO JORNALISMO

Belo Horizonte

2015

Uma abordagem diferente de um assunto muito discutido por todas as turmas de todas faculdades de jornalismo no Brasil inteiro. Jorge Furtado consegue da uma pitada de humor para algo tão sério e tão questionado desde sempre.

Apresentando a peça The Staple of News criada por Ben Johson, dramartugo inglês contemporâneo de Shakespeare, Furtado consegue quebrar o ritmo e intenso característico de documentário, que passa muita informação detalhada em pouco tempo, assim, não deixando o espectador cansado.

Já na parte mais “tradicional”, trás excelentes entrevistas com jornalistas consagrados como, Mino Carta, Janio de Freitas, Cristiana Lobo, José Roberto de Toledo, Luís Nassif, entre outros. Ao longo das entrevistas é muito discutido a importância da fonte e as consequências de uma eventual amizade entre ele e o profissional. Fala-se bastante da ética na profissão versus a necessidade da empresa jornalistica fazer dinheiro. Põe fim no debate sobre imparcialidade no meio, afinal toda empresa e todo indivíduo têm seu viés.

Analisando a ética da profissão pelo ponto de vista da “pessoa jornalista”, o tanto de influencia que ela vai receber, depende do quão arrogante ela é. Quando uma pessoa nunca se deixa levar pela opinião de outros, mesmo que corretas, e sempre segue seus instintos, esta é pessoa é visto como arrogante. Já o contrário, o influenciável, é visto como comum e se perde no meio de milhões. Estes são dois lados da mesma moeda no jornalismo. Existem jornalistas arrogantes, que dificilmente vão fazer o padrão, e muitas vezes são ocultados por veículos que tem cartilhas para obter lucro. Já o jornalista comum é o que é aceito no meio e transmite informações que circulam hoje.

Mudando o foco da ética para o lado dos veículos de imprensa, percebe-se uma falsa liberdade, uma liberdade machucada. Apesar de não existir a censura, existe um controle por parte dos patrocinadores, que muitas vezes definem o que vai ao ar, o que é certo e errado, e a linha editorial do veículo.

Talvez quando Jorge Furtado incrementou no Mercado no Mercados de notícias a peça de Johnson, ele quis mostrar a realidade do palco para uma comparação. Apesar de tanto um âncora de um jornal ou um ator ter um texto a ser seguido, só o ator tem a liberdade e a capacidade de quebrar o gelo e realmente falar com quem está assistindo.

A imparcialidade jornalistica nunca existiu. O jornalista funciona como uma moeda, dois lados, e não tem como ficar entre eles. E esse é um dos motivos das notícias se dissiparem com facilidade e gerar discussão.

Um simples exemplo da mesma notícia: “Cruzeiro perde e se complica na Copa Libertadores” e “Apesar da derrota, Cruzeiro só depende dele para se classificar na Copa Libertadores”. Percebe-se claramente o lado que cada manchete segue.

        Numa sequência do documentário, Jorge Furtado mostra uma séries de imagens de uma suposta agressão ao político José Serra, que na época era candidato a presidência. A série de imagens, prova que uma bolinha de papel acerta o político, mas sem intensidade, que não machucaria. Depois disso surge o questionamento: "Qual a porcentagem de certeza que um jornalista precisa ter para acusar alguém?"

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