Análise Comparativa - Rosali Rossi Figueiredo e Alessandra Aldé
Por: Janaina Costa • 19/6/2018 • Artigo • 900 Palavras (4 Páginas) • 261 Visualizações
Universidade Federal de Sergipe
Curso de Comunicação Social: Jornalismo
Disciplina: Métodos e Técnicas de Pesquisa em Jornalismo
Docente: Fernando Barroso
Discentes: Jailton Fabrício; Janaina Costa
Data: 07/06/2018
Este artigo reúne uma análise comparativa do artigo de Rosali Rossi Figueiredo (Mídia e eleições: cobertura jornalística da campanha presidencial de 1994) e Alessandra Aldé (As eleições presidenciais de 2002 nos jornais). O primeiro artigo citado foi construído baseado na cobertura televisiva das eleições de 1994, já o segundo tomou forma a partir de uma análise do comportamento da mídia em geral na cobertura das eleições em 2002.
Esse artigo possui o objetivo de fundamentar uma futura pesquisa sobre a cobertura das eleições presidências de 2018, portanto é importante retomar pontos de vistas de autores experientes como Rosali Rossi e Alessandra Aldé, e saber como eles montaram suas pesquisas para, por fim, desenvolver um problema e uma metodologia para a pesquisa.
Antes de se iniciar uma pesquisa, precisa-se de um problema a ser resolvido, assim diz Mirian Goldenberg em seu texto A arte de pesquisar. No entanto, segundo Antonio Carlos Gil em seu texto Métodos e Técnicas de Pesquisa Social, o problema precisa ser relevante, ou seja, precisa-se fazer a pesquisa e saber o nível de interesse e conhecimento do tema.
Primeiramente, o texto de Rosali Rossi Figueiredo, tem como objetivo de analisar o conteúdo da cobertura sobre as candidaturas de FHC e Lula, e até que ponto a cobertura dos veículos de comunicação influenciam no voto do eleitor.
Ampliando as possibilidades de leitura acerca dos efeitos da mídia, a autora partiu para a pesquisa baseando-se na hipótese da “agenda-setting” (efeito social da mídia que compreende a seleção de notícias sobre temas que o público discutirá) e “newsmaking” (as notícias são como são porque a rotina industrial de produção assim as determina).
Rosali Rossi cita, por exemplo, o papel decisivo da TV Globo na vitória de Fernando Collor de Mello na eleição presidencial de 1989 e como o engajamento de um meio de comunicação de massa pode criar um diferencial significativo sobre as chances dos candidatos e isso a guiou na análise da influência das mídias.
A coleta de material era baseado naqueles temas que tiveram maior destaque, pelos critérios jornalísticos, no conjunto total de cada edição diária dos jornais e telejornais. Por exemplo, quando FHC (Ministro da Fazenda na época) interrompeu a crescente inflação a partir da troca do Cruzeiro para o Real, isso fez com que surgissem notícias diárias a respeito do novo plano e possibilidades de novos eventos ligados aos desdobramentos do novo plano econômico.
Tendo como fonte as matérias da Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, TJ Brasil, SBT, O Estado e Jornal Nacional, Rosali Rossi fez uma análise comparativa apontando quando Lula e FHC eram mencionados de forma negativa ou positiva.
Já a autora Alessandra Aldé menciona que a mudança na forma de tratar as eleições é algo complexo, inclusive motivando outros pesquisadores a estudarem as causas desse cenário - Luís Felipe Miguel e Antônio Albino Canelas Rubim -, alertando também para as diversas causas contextuais do cenário político da época, além da complexidade que motiva o posicionamento. Dessa forma, ela busca destrinchar os cenários de 94 e 98 na politica brasileira de forma breve, mostrando a atuação de pouca interferência da imprensa visto que nas duas ocasiões o candidato vencedor já se encontrava com larga vantagem diante do eleitorado - no primeiro ano citado, ocorreu leve interferência, porém no segundo as eleições não geraram dúvidas e a imprensa pouco se engajou em trata-la como fato noticiável.
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