Estudo de Caso: O impacto Web na Cidadania do Século XXI
Por: wanessa.b.a.m. • 27/9/2020 • Trabalho acadêmico • 1.503 Palavras (7 Páginas) • 621 Visualizações
Campo Grande, 10 de agosto de 2020.
Mestranda: Wanessa Bossollan Arce Martins
Programa Máster Universitario en Comunicación Corporativa
Universidad Europea del Atlántico
Matéria: TI011- Sociedade da informação e da mudança
CASO PRÁTICO
O impacto web na cidadania do século XXI
1. Que características do novo paradigma tecnológico baseado na informação podem ser percebidas na plataforma da Web 2.0?
Para Christopher Freeman (1988, citado em Figueiredo, 2011) um paradigma tecnológico é um agrupamento de inovações técnicas, organizacionais e administrativas inter-relacionadas. E, considerando que inovações se definem por rupturas de padrões, podemos destacar algumas rupturas decorrentes dos novos paradigmas tecnológicos percebidos na plataforma da Web 2.0.
Na Web 2.0 a comunicação é descomedida e aberta, com forte participação dos usuários, possibilitando novas formas de criar, compartilhar e consumir a informação. As tecnologias passam a atuar sobre a informação, assim, o conhecimento se torna a fonte da produção, sua energia motriz. A democratização participativa dá início na Web Social, assim, como a criação do conhecimento massivo. As inovações iniciadas na Web 2.0 causaram impactos no estilo de vida e nos hábitos do indivíduo na sociedade, as tecnologias estão presentes no cotidiano e nas resoluções de trabalho, o trabalho mental se amplia, reduzem-se as barreiras geográficas e de relacionamento, o mercado se torna mundial. As características preambulares da Web 2.0 e se ampliam na Web Semântica, a tecnologia passa de ser apenas social para também interagir inteligentemente com o perfil do usuário (FUNIBER, 2020b, p.13 - 16).
A principal característica presente na Web Social é a sociedade centrada na comunicação, na informação e no conhecimento construído de forma participativa, democrática e compartilhado massivamente. A Web 2.0 proporciona, através de tecnologia e inovação, um fluxo constante de informação que está em continuo estado de aperfeiçoamento, abrindo uma nova dimensão para os paradigmas da tecnologia de informação (FUNIBER, 2020a, p. 21 - 25).
2. Em um cenário caracterizado pela preponderância da Web semântica, como se poderia fazer frente ao programa de Alfabetização Midiática e Informacional?
O cenário de predominância da Web Semântica ou Web Inteligente facilita acesso aos conteúdos de formas múltiplas, possibilitados pelas diversas tecnologias disponíveis, o acesso ao conteúdo se torna democrático, no entanto, mais complexo. Existe um caminho a ser superado para alcançar o acesso educativo aos meios, consciente na utilização, crítico na compreensão e criativo na construção de novas perspectivas. Assim, os usuários necessitam estar capacitados para reconhecendo as possibilidades comunicativas deste cenário.
Alfabetização Midiática e Informacional (AMI) são as habilidades necessárias para estimar na sociedade as funções das mídias e de outros provedores de informação, bem como encontrar, avaliar e produzir informações e conteúdos midiáticos (Grizzle & Calvo, 2016, p. 8). Entretanto, para que ocorra a AMI é necessário primeiramente a inclusão digital, acesso universal à internet, superando as barreiras demográficas e socioeconômicas. Consequentemente é necessário proporcionar as competências que fortalecem a utilização democrática das redes e suas potencialidades, como habilidades de informática e a aptidão para leitura crítica dos valores disponibilizados na rede mundial. Contudo, a AMI apenas será completa quando o usuário alcançar a participação criativa e cidadã no espaço comunicativo, através da criação de conteúdo (FUNIBER, 2020b, p. 56 - 57).
AMI é uma competência fundamental na sociedade comunicativa, pois, os sistemas de mídia e informação exercem papel ativo na promoção dos direitos humanos, democráticos e do desenvolvimento igualitário. O cidadão com “alfabetização informacional” (Pawley, 2010 citado em Grizzle & Calvo, 2016) é pré-requisito para o vigor das sociedades inclusivas, sem políticas e estratégias da AMI, aumentarão as distinções entre os que têm e os que não têm acesso à informação, e entre os que exercem ou não a liberdade de expressão. Outras disparidades surgirão entre os que são e os que não são capazes de encontrar, analisar e avaliar de maneira crítica, além de aplicar a informação na tomada de decisão (Grizzle & Calvo, 2016, p. 12).
3. Que mudanças em relação à produção e a inovação a nova figura do prosumidor traz consigo?
As tecnologias digitais de informação e comunicação cresceram exponencialmente desde sua evolução do padrão elaborado apenas para leitura da Web 1.0, passando pela lecto-escrita da Web 2.0 até a atual Web Semântica. Com o desenvolvimento da Web evoluiu consequentemente seus modelos comunicativos, desde o totalmente unidirecional modelo matemático de Shannon – Weaver até chegar ao modelo da autocomunicação, que assinala a emergência de um sujeito consumidor e produtor de informação e conteúdo midiático, o prosumidor (FUNIBER, 2020b, p. 48-49).
As transformações são percebidas também nas relações em geral, consolidando a Internet como um meio fundamental de comunicação e informação entre pessoas e organizações. A nova dinâmica reflete na influência dos compartilhamentos de ideias, manifestações culturais e o papel que o consumidor vem assumindo dentro da economia mundial. Neste cenário de cultura participativa e inteligência coletiva, os prosumidores influenciam indivíduos e organizações, através de seus compartilhamentos e produção de conteúdo, sendo responsáveis tanto por inovação em produtos e serviços quanto pelas novas culturas colaborativas (Haussen; Steffen; Fernandes, 2015).
As linhas que separavam a produção e o consumo se tornaram tênues, considerando que o comportamento do usuário se modificou, tornando-se mais ativo em suas participações e interações nas discussões sobre seus objetos de consumo. Os consumidores não possuem mais um papel simplista de clientes, já que também operam na produção de conteúdo, na criação de produtos e têm o potencial de influenciar o mercado, moldando o novo consumidor, consumidores que influenciam na criação, inovação ou aprimoramento de produtos e serviços (SEBRAE, 2020).
Os prosumidores mudaram a dinâmica de mercado e estão refletindo em uma nova sociedade que
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