O problema da comunicação das pessoas na vida cotidiana

Comunicação é importante para o desenvolvimento das relações da sociedade, podendo ser definida como troca de mensagens, deliberadas ou não, entre sujeitos. Pode ser verbal (através de palavras) ou não-verbal (gestos, tom de voz). A comunicação, enquanto reflexo da cultura humana, pode ser expressada através de linguagem oram, linguagem escrita e símbolos.

A linguagem é o instrumento construído socialmente e utilizado para a comunicação. Poe ser definida como “repertório de signos e regras para combiná-los”. O signo, por sua vez, é “qualquer coisa que faz referência a outra coisa ou ideia”, e cada signo possui um significado e um significante. Os signos têm significados diferentes em função do contexto onde se encontram. Ao transmitir uma mensagem, o emissor une e organiza os signos, e isto pode ser chamado de código, ou codificação. O receptor, ao receber, realiza o processo inverso, ou seja, decodifica os signos codificados para identificar a ideia do emissor. O código pode ser analógico (quando os signos representam fielmente o objeto, como nos casos de fotos, desenhos, esculturas) ou digital (quando não se assemelham com seus referentes, como código morse). Podem também ser classificados como abertos (onde há a possibilidade de mais de uma decodificação) e fechados (quando há somente uma decodificação).

Vários meios de comunicação vêm sendo descobertos e utilizados com a evolução tecnológica. A escrita, a tipografia, a eletricidade e as ondas eletromagnéticas são, em ordem cronológica, a demonstração do avanço da capacidade de se comunicar. Hoje em dia, a internet pode ser considerada como o meio mais rápido, complexo, abrangente e eficiente de se comunicar.

Ainda quanto aos processos de comunicação, temos a redundância e entropia. Redundância diz respeito aos elementos conhecidos da mensagem, o que a torna previsível e permite a familiarização rápida por parte do receptor; já a entropia vale-se por algum elemento novo, não-usual, estranho. No que diz respeito ao âmbito empresarial, deve-se buscar a redundância com o objetivo de garantir a socialização das informações, a eficiência e a eficácia.

Se a comunicação entre pessoas próximas e laços afetivos já deve ser realizada com cautela, a situação nas empresas tende a ser ainda mais difícil. A neutralidade e a impessoalidade, por outro lado, devem servir para facilitar o processo onde não há proximidade afetiva entre os indivíduos. Porém, segundo Megginson (1998), os níveis organizacionais, a autoridade da administração, a especialização e a sobrecarga e informações privilegiam a imposição de obstáculos à comunicação eficaz.

Para um administrador, a comunicação é imprescindível. É ela que socializa uma meta, propõe e implementa mudanças em um procedimento, etc. Porém, enquanto alguns adminstradores perceberam a importância da comunicação como base de compartilhamento de conhecimentos e aprendizado, outros entendem a comunicação como parte secundária de seu negócio, vendo-a como boa substituta da contabilidade. Provavelmente, este fato se dá pelo domínio tecnológico que dispensa mão-de-obra humana, e não se leva em consideração a necessidade de funcionários competentes para utilizá-las ou saber como se faz o manuseio.

A dificuldade da comunicação se relaciona com o fato de que cada pessoa enxerga o mundo de