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O velho Jornal Nacional atual

Por:   •  29/3/2016  •  Artigo  •  826 Palavras (4 Páginas)  •  246 Visualizações

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O velho Jornal Nacional atual

O interesse de cientistas em criar um aparelho que transmitisse imagens em grandes distâncias surgiu ainda no século XIX. Em 1920 foi montado um dos primeiros modelos que se têm notícias. Aprimorado nos anos seguintes, passou a ser produzido em maior escala comercial.

Até ser trazida ao Brasil, em 1950, pelo empresário e jornalista Assis Chateaubriand, que fundou a primeira emissora do país, a TV Tupi.

Em 1965, o jornalista Roberto Marinho funda o que é hoje um dos maiores conglomerados de mídia do mundo, a Rede Globo de Televisão. Quatro anos mais tarde, surge o Jornal Nacional, exibido nas noites de segunda a sábado por dois âncoras.

Desde sua criação, em 1969, o Jornal Nacional é um dos principais jornais televisivos do Brasil, e o tom sério e formal, junto com as diretrizes e o conjunto de regras adotados em toda a programação, forma o chamado “padrão Globo de qualidade”, que, como um guia orientador, é almejado e seguido por produtos produzidos em canais concorrentes.

Essa formalidade, esteticamente, pôde ser observada ao longo das décadas, onde muito pouco era alterado na postura dos apresentadores, formatos dos quadros, cores, cenários e vinhetas do jornal.

Mas o mundo vem passando por transformações. E elas acontecem cada vez mais rápido, acompanhando o advento da internet. Em tempos de era digital, o ser humano tem adaptado sua comunicação, sua forma de fazer comunicação e de se comunicar com o mundo.

Os veículos passam por essa transformação, se atualizam com o restante do mundo, criam novos conceitos, novas práticas, e se adaptam à realidade atual. Tentando atender a todas as necessidades do público, surge a convergência de mídia, que proporciona mais e melhores serviços de informação, e que pode ser absorvida por diferentes dispositivos, meios tradicionais e digitais.

Essa modernização traz a rapidez da notícia, os furos, mas a emergência do jornalismo nem sempre vem acompanhada de qualidade, correta apuração e isenção. Os veículos tentam passar cada vez mais uma postura de jornalismo crítico, pluralista, apartidário e moderno. Esses novos conceitos requerem profissionais multifuncionais e que se adaptem às diversas formas de hibridismo do ‘fazer jornalístico’ atual.

Inclusive no que se refere à espetacularização, pois atualmente nos telejornais, o que importa, segundo José Arbex Jr , no livro Showrnalismo: A notícia como espetáculo

“é o impacto da imagem, assim como o ritmo de sua transmissão” (ARBEX, 2005, p.52).

No caso do Jornal Nacional, como parte de um pacote de mudanças feito pela emissora em comemoração aos 50 anos de fundação, a proposta é de uma aproximação maior com o espectador. A credibilidade existe há décadas, mas esse contato mais próximo nunca houve.

Mais ágil e informal, o principal telejornal da emissora permite certos improvisos e comentários fora do TP (teleprompter). Os apresentadores demonstram maior interatividade com os repórteres e até certa intimidade com a nova garota do tempo, primeira negra ocupando a função no JN, que fornece as informações ao vivo.

De pé, podem se movimentar pelo estúdio, fazendo isso com naturalidade, e o contato com os repórteres se dá através de um telão que causa uma perspectiva real.

Se antes o foco era a notícia, apenas relatada sem comentários

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