Participação nas Rádios Comunitárias no Brasil (Cicilia M.Krohling Peruzzo)
Por: Jonathas Rocha • 22/11/2017 • Artigo • 5.360 Palavras (22 Páginas) • 264 Visualizações
PARTICIPAÇÃO NAS RÁDIOS COMUNITÁRIAS NO BRASIL
(Cicilia M.Krohling Peruzzo)
Índice
1 Resumo . . . . . . . . . . . . . . 1
2 Introdução . . . . . . . . . . . . . 1
3 Muito Mais Vozes no Ar . . . . . 1
3.1 Origens das Rádios Livres no
Brasil . . . . . . . . . . . . . . 3
4 Comunitárias ou Piratas? . . . . . 6
5 Participação da População, a
Grande Diferença . . . . . . . . . 9
6 E agora, a Lei . . . . . . . . . . . 11
7 Conclusão . . . . . . . . . . . . . 12
8 Bibliografia . . . . . . . . . . . . 13
1 Resumo
O estudo aborda a questão das rádios comunitárias
procurando entender sua origem e
características atuais. Evidencia os aspectos
legais e o posicionamento de setores da sociedade
sobre as mesmas. Mostra o que caracteriza
uma emissora como propriamente
comunitária, diante da diversidade de experiências
existentes. O estudo, baseado em
pesquisa bibliográfica, análise de artigos da
Professora da Pós-Graduação em Comunicação
Social da UMESP - Universidade Metodista de São
Paulo, Brasil. O artigo é uma versão ampliada. Paper
apresentado no GT Cultura e Comunicacção Popular,
XXI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação,
Recife-PE, 9 a 14 de setembro de 1998.
imprensa diária e periódica, sites na Internet
e entrevistas, evidencia que o movimento das
rádios comunitárias tem um caráter público e
como tal contribuem para democratização da
comunicação e para a ampliação da cidadania.
2 Introdução
Neste estudo analisamos a questão das rádios
comunitárias no Brasil, suas origens e características
atuais. Evidenciamos também
as conotações do discurso sobre as mesmas
sob o ponto de vista das associações patronais,
transmitido com ênfase pela grande mídia,
bem como aquele sob a ótica das associações
comunitárias de radiodifusão que encontra
mais espaço para divulgar suas posições
apenas nos veículos de comunicação de
caráter alternativo e nos seus próprios boletins,
congressos e em seus sites na Internet.
O estudo é baseado em pesquisa bibliográfica,
análise de artigos da imprensa diária,
pequenos jornais de bairro, boletins das
associações de rádios comunitárias, revistas
de informações e especializadas, documentos,
site de rádios livres e comunitárias na
Internet e entrevistas .
As rádios comunitárias trazem aspectos
inovadores quanto ao conteúdo de sua programação
e processo de gestão. Estão contribuindo
para acelerar a regulamentação no
setor de radiodifusão de baixa potência e
para acirrar o debate sobre a democratização
dos meios de comunicação de massa no Brasil,
historicamente concentrados nas mãos de
grandes grupos econômicos e políticos.
3 Muito Mais Vozes no Ar
Em 1995 o Brasil descobriu as rádios comunitárias,
no formato de rádios livres. Atualmente
existe um grande número de emissoras
desse tipo. Os números são controversos:
para uns 5.5001, para outros 7.000, mas existem
estimativas que falam na existência de
10.000 emissoras no país. Elas ousaram iniciar
a “reforma agrária no ar”, enquanto no
Parlamento se discutia propostas de leis para
a radiodifusão de baixa potência, com visível
atraso em relação as demandas sociais para o
setor.
Trata-se de algo inédito na história do
país, não enquanto experiência de rádio livre,
cujo pioneirismo remonta o início da década
de setenta, mas pela elevado número de
emissoras demonstrando uma disposição de
ocupar as ondas, numa aberta contestação ao
controle oligopolizado dos meios de comunicação
de massa .
Rádios livres são emissoras que entram no
ar, ocupam um espaço do dial, sem concessão,
permissão ou autorização de canal
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