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Recensão Crítica ao Texto “The Influence and Effects of Mass Media”, de Denis McQuail.

Por:   •  2/11/2018  •  Resenha  •  1.388 Palavras (6 Páginas)  •  455 Visualizações

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João Gabriel Alves dos Santos

Nº 13069  

Turma A

Recensão crítica ao texto “The Influence and Effects of Mass Media”, de Denis McQuail.

Denis McQuail, nesta obra, propõe um levantamento das contingências no que diz-se respeito às influências e efeitos da mídia de massa, levando em consideração que esses não podem ser abordados em generalidades. O autor traz a discussão do assunto em diversos tópicos, com a adição do delineamento de resultados de pesquisas produzidos por diversos tipos de investigação.

McQuail inicia-se dizendo que a falta de comunicação entre os que investigam as questões da mídia, com o público e produtores de mídia, tem sido uma das dificuldades do esclarecimento das questões abordadas. A mídia é altamente diversificada, e para calcularmos seus efeitos, devemos distinguir seus efeitos e sua eficácia, diferenciando suas consequências e seu poder de alcançar determinado objetivo, além de sermos claros quanto a referência no tempo e o nível em que os efeitos ocorrem, uma vez que podemos investigar fenômenos em questões individuais, tal como em expressão coletiva de instituições  e até mesmo por toda sociedade. McQuail refere-se a política como exemplo de questão que afeta diversos níveis, onde não afeta apenas as opiniões individuais, mas também a forma como é conduzida e organizada.

Deve-se ter em mente que as questões de efeitos midiáticos estão sujeitas a interpretações conflituosas, portanto, relativas. E o texto é aditado pela história das pesquisas dos efeitos da comunicação em massa, para contextualização, onde é dividido em três principais etapas: a primeira fase refere-se à virada do século passado até o fim da década de 1930, enfatizando a Europa e os Estados Unidos e a popularização do rádio e do cinema, onde eram atribuídos à comunicação em massa poderes consideráveis e totais sobre a sociedade, pressupostos, também, pela atuação de propagandas do governo durante a Primeira Guerra Mundial e dos estados totalitários, mas com nenhuma base em pesquisas científicas. A segunda estende-se pela década de 1940 até o fim de 1960, onde é caracterizada pelo aumento massivo de pesquisas de comunicação em massa nos Estados Unidos, e é resumida na contextualização da mídia de massa não servir suficientemente como causa de efeitos na sociedade, mas sim através da junção de fatores mediadores. A terceira fase, que estendia-se até o momento da publicação do texto, é compreendida pela necessidade de reabrir as questões trazidas pela segunda fase, como o acumulo de novas evidências sobre a influência da comunicação de massa.

Dando continuidade às questões, deve-se entender que os efeitos da comunicação em massa refletem as várias restrições de níveis, o tipo do processo, da estratégia e da pesquisa. Basicamente, o que está sendo indicado é um conjunto de processos que possuam características distintas e requeiram avaliações. É dito como as situações de mídia mais importantes: a campanha; a definição de realidade social e normas sociais; a resposta imediata ou reação; mudança institucional; mudanças na cultura e na sociedade.

McQuail cria um tópico exclusivamente para a “Campanha”, é evidenciado sua importância dado que muito do que foi debatido sobre os efeitos da comunicação em massa deriva das pesquisas sobre elas, que compartilham características, como por exemplo: terem objetivos específicos e com a intenção de alcança-los; possuem tempos determinados; são intensivas e tendem a ter uma cobertura ampla e geralmente é baseada em valores compartilhados; entre outros. Elas são trabalhadas para atingir objetivos, que, geralmente, não são controversos, e possuem como fatores: o público, a mensagem, o conteúdo e o sistema de distribuição. A mensagem deve ser inequívoca e relevante, a relevância e a auto seleção pelo público torna provável que sejam bem sucedidas. O autor traz afirmações que as campanhas informativas tem maior probabilidade de serem mais exitosas do que as de mudanças de opiniões e atitudes. Também deve-se dar importância para a questão de que as campanhas que abordam assuntos mais distantes do receptor, tendem a ter melhor um melhor tratamento. Entende-se que o receptor não tem fontes concorrentes de informação e nenhuma participação pessoal em resistir a um apelo ou a informações descrentes, portanto torna-se mais fácil a aceitação, assim como as campanhas que exigem respostas imediatas. Além do mais, a repetição pode ser citada como fator provável para seus efeitos. No que concerne a divulgação, deve-se considerar a condição de monopólio, além de, evidências apontarem que o status ou autoridade da fonte contribua para o sucesso da campanha. Pensando nesses apontamentos, podemos já pensar que a mídia de massa está distante de ser ineficaz ou que não temos o conhecimento de seus efeitos.

Partindo desse ponto, o teórico anuncia a interação seletiva, por parte dos média, que molda o próprio comportamento e auto conceito do indivíduo. É, ainda, levantada a questão dos média nos falarem sobre aspectos da nossa vida e comportamento, e isso deve-se a grande quantidade de padronização e por, frequentemente, os média serem associados como fontes confiantes de impressões sobre o mundo afora da vivência direta. A tendência dos media de exagerarem uma incidência é denominado por "amplificação", "sensibilização" e "polarização" e é notável que os grupos que recebem este tipo de tratamento são pequenos, com pouca força e, geralmente, já apresentam grande desaprovação social. E ainda neste tópico, a criminalidade é ligada à mídia pela hipótese desta aumentar a tolerância à agressão pelos retratos frequentes, apesar de ser sugerido que essa discussão ocorra em níveis de crenças, opiniões e mitos sociais. O autor atribui os efeitos da comunicação em massa por alguns pontos, que podem ser citados: O monopólio de propriedade, de atenção e homogeneidade do conteúdo, uniformidade, repetição, além de campanhas de mídia, confiança na fonte, atribuição de autoridade e outras condições de organizações sociais.

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