TURISMO: CONCEITOS E DELIMITAÇÕES
Por: Sintia Peixoto • 11/10/2016 • Trabalho acadêmico • 2.151 Palavras (9 Páginas) • 554 Visualizações
O turismo ao longo dos anos tem tido uma posição de destaque em meio às
pesquisas que relacionam desenvolvimento com qualidade de vida e integração entre as
pessoas de um Estado, cidade ou até mesmo de um país. Para melhor definir o conceito de
turismo, estudos relatam que é uma atividade multidisciplinar em que engloba uma grande
variedade de setores econômicos, sociais, culturais, artísticos e científicos.
A presidente da Embratur, Jeanine Pires, reforça que o turismo é um dos
grandes setores indutores da economia nacional. “Se compararmos o setor com os principais
bens exportados pelo Brasil, em 2007, o turismo fica na quarta posição, à frente dos
automóveis. Na pauta de serviços, é o primeiro da lista, seguido por transportes [19,2%] e
serviços prestados às empresas [12%]”. (Ministério do Turismo, julho de 2008).
Segundo dados de uma pesquisa divulgada pelo Ministério do Turismo em 28
de julho de 2008, “os números do BC divulgados no início do ano também atestam que 2007
foi o melhor da história do turismo brasileiro em relação ao ingresso de divisas por meio do
gasto de turistas estrangeiros. O Brasil fechou o ano passado com US$ 4,953 bilhões
recebidos com a atividade, volume que superou em 14,75% os US$ 4,316 bilhões registrados
em 2006 - até então a melhor marca da série histórica”.
Conforme dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o
emprego formal no setor de turismo, no Brasil, cresceu 14,7% entre 2002 e 2006 -- mais do
que o informal, que teve acréscimo de 10,9%."O crescimento do turismo no Brasil, de cerca
de 9% em 2007, é o dobro da média mundial para o setor", diz Ricardo Moesch, coordenador-
geral de qualificação dos serviços turísticos do Ministério do Turismo. (Folha de São Paulo,
agosto de 2008).
Após esses levantamentos a definição que a Organização Mundial do Turismo
(OMT), dá para o setor é que são “as atividades que as pessoas realizam durante suas viagens
e estadas em lugares diferentes ao seu entorno habitual, por um período consecutivo inferior a
um ano com a finalidade de lazer, negócios ou outras”. (OMT, 1994, p. 38).
Ao optar por uma definição mais econômica, o Departamento Australiano
define o turismo como “uma importante indústria nacionalmente identificável. Compreende
um amplo corte transversal de atividades competentes, incluindo a provisão de transporte,
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alojamento, recreação, alimentação e serviços afins”.(Departamentos Australiano de Turismo
e Recreação, 1975).
Para dar sentido a está significação a OMT, descreve alguns elementos
pertinentes à atividade turística que entre eles estão:
Um movimento físico dos turistas que por definição, são os que se deslocam fora de
seu lugar de residência; a estada no destino dever ser durante um determinado
período não permanente; o turismo compreende tanto a viagem até o destino como
as atividades realizadas durante a estada; qualquer que seja o motivo da viagem
inclui os serviços e produtos criados para satisfazer as necessidades dos turistas.
(OMT, 2001, p. 39).
Em 1963, as Nações Unidas patrocinaram uma conferência sobre Viagens
Internacionais e Turismo, realizada em Roma, que recomendou definições de visitante e
turista para fim de estatísticas internacionais e concluiu:
Segundo Beni,
Para propósitos estatísticos, o termo ‘visitante’ descreve a pessoa que visita um país
que não seja o de sua residência, por qualquer motivo, e que nele não venha a
exercer ocupação remunerada.
Está definição inclui:
Turistas: visitantes temporários que permanecem pelo menos vinte e quatro horas
no país visitado, cuja finalidade de viagem pode ser classificada sob um dos
seguintes tópicos: Lazer (recreação, férias, saúde, estudo, religião e esporte),
negócios, família, missões e conferências.
Excursionistas: visitantes temporários que permanecem menos de vinte e quatro
horas no país visitado (incluindo viajantes de cruzeiros marítimos). Em 1968 a
Organização Mundial de Turismo (que então se chamava União Internacional de
Organizações Oficiais de Viagens) aprovou essa definição de 1963 e passou a
incentivar os países a adotá-la. (Beni, 2007, p. 35).
Conforme monografia de Flávia Lisboa Filho, apresentado no congresso
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