Teorias da Comunicação
Por: vittoriaben • 27/8/2016 • Relatório de pesquisa • 9.803 Palavras (40 Páginas) • 212 Visualizações
RESUMO – TEORIAS DA COMUNICAÇÃO – PROVA 1
INTRODUÇÃO ÀS CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO
- BOUGNOUX, Daniel. Introdução às ciências da comunicação. Bauru, SP: Edusc, 1999, p. 13-30.
O texto trata tanto da comunicação em si, quanto do seu estudo. Para ele, a comunicação age no espírito das pessoas.
CIC (ciências da informação e da comunicação) - transformações nos meios de comunicação, desenvolvimento de novas tecnologias e expansão de relações públicas.
Comunicação prolonga a filosofia (questões sobre verdade, o real, a coesão social, o imaginário, a possibilidade do ensino, da justiça, do consenso, do belo, etc.).
Mídias ou ferramentas de transmissão
→ Semiológicos - tipos signo
→ Pragmáticos – grau de interatividade, modificação pelo receptor
→ Imaginários - ferramenta não é apenas utilizada é envolvida em projeções
→ Sistêmicos – meio como um prolongamento de nós mesmos
Construções de signos: o homem age por meio de representações.
Relação técnica-cientifica: sujeito para objeto – tekbné (descendente manipuladora).
Relação pragmática: sujeito + sujeito – práxis (circular, reflexiva).
O sujeito não é máquina, pode ser programado, mas o fracasso é sempre possível;
Uma cadeia de comunicação (diferente técnica) pode se romper sempre.
Comunicação não se fixa a objetos e pontos fixos (se o fizer, é comércio, medicina, ensino), por isso interessa a muitos campos.
É preciso que nossa comunicação permaneça uma coisa turbulenta e vaga, da qual não há ciência nem técnica, mas que está acima ou enquadra a maior parte delas. Não se abordará este campo sem ser um pouco feiticeiro ou artista; e, de fato, a “comunicação” acumula-se, ou está no seu ápice, na relação interpessoal, na psicanálise, na arte ou no marketing publicitário ou político, que nunca farão parte de uma técnica adequada nem de rotinas programáveis.
Esfera doméstica: aparelhos receptores mensagens servem para aumentar o raio das relações interpessoais (telefone, correio, secretaria eletrônica) -> mensagens indivíduo-indivíduo. Por outro lado, a TV, os jornais, as revistas ou o rádio invadem nossos lares com mensagens que são destinadas a todos e a qualquer um. Esses meios de comunicação têm seus conteúdos divididos em quatro classes: informação, entretenimento, programas relacionais (remediar carências da instituição), mensagens diretivas (anunciantes).
• Comunicação pedagógica: escola transição para o mundo – desafio multimídia;
• Marketing: empresas, imperativo comunicacional - criar boa imagem para boas relações (o próprio Estado moderno não escapa a isso);
• Globalização: globalização rápida X movimentos inversos – não há conflito entre grandes “máquinas de comunicar” e hábitos conservadores, como a religião;
• Nova cultura: ramificação mundos, novas maneiras de comunicar-se, mídia e comunicação prestando serviço à cultura.
O OBJETO DA COMUNICAÇÃO/A COMUNICAÇÃO COMO OBJETO
- FRANÇA, Vera Veiga. O objeto da comunicação/ a comunicação como objeto. In: FRANÇA, Vera Veiga; HOHFELDT, Antônio; MARTINO, Luiz C. (org.). Teorias da comunicação: conceitos, escolas e tendências. Petrópolis: Vozes, 2001, p. 39-60.
Comunicação é existência, sensível, real, cotidiana; está em todos os lugares no nosso dia-a-dia (rádio, outdoors, conversas cotidianas, trocas simbólicas).
Objetos do mundo são recortados a partir de um olhar; a teoria constrói um objeto. Essa nova realidade, criada pela presença dos vários meios de comunicação, o que significou na reconfiguração das nossas experiências cotidianas e das várias outras dimensões do real?
Comunicação é um problema antigo que a modernidade problematizou e complexificou -> comunicação é também um conceito, uma forma de apreensão, uma “representação” dessas diferentes práticas (forma de concebê-las e conhecê-las).
Quando se pergunta pelo objeto da comunicação, não nos referimos a objetos disponíveis no mundo, mas àqueles que a comunicação, enquanto conceito, constrói, aponta, deixa ver.
Uso permanente dos meios -> conhecimento vivo, intuitivo, espontâneo -> senso comum (possível e imediato); ciência -> busca do conhecimento objetivo, aprofundado, distanciado, contra a generalização; -> ciência e prática: a pratica propõe à ciência uma vinculação com o mundo (a teoria é abstrata sem prática) - a teoria oferece à pratica a produção de reflexões - o conhecimento começa e termina na prática.
Cultural X Natural: Cultural é a codificação do por quê rir enquanto o natural é a própria capacidade de rir. Ex: AIDS é a construção cultural de uma manifestação natural.
Objeto material X objeto formal
- Objeto material é uma infinidade de coisas. Ex: Amanda (colega, amiga, saudável, bonita)
- Objeto formal é o olhar sobre certa coisa. Ex: O que o médico da Amanda diz, a mãe, a amiga. Objeto formal é a tradução e recorte de um objeto natural.
DE QUE COMUNICAÇÃO ESTAMOS FALANDO?
- MARTINO, Luiz C. De qual comunicação estamos falando? In: HOHFELDT, Antônio;
MARTINO, Luiz C.; FRANÇA, Vera Veiga (org.). Teorias da comunicação: conceitos, escolas e tendências. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001, p. 11-25.
O que é comunicação?
Conversa, troca, dialogo entre pessoas, animais, aparelhos (ex: modem), por meio de gestos ou símbolos (restrito a pessoas pois é necessário consciência para tal apenas o ser humano pode falar para um terceiro sobre a relação de um primeiro com um segundo). A comunicação entre pessoas é a estudada por Martino. Não é uma mera atividade de convívio ou participação, precisa ser intencional, exercida sobre outrem.
Termo comunicação
O termo comunicação refere-se ao processo de compartilhar um mesmo objeto de consciência, ele exprime a relação entre consciências. De acordo com o dicionário:
- Fato de comunicar, de estabelecer uma relação com alguém, alguma coisa ou entre coisas;
- Transmissão de signos através de um código;
- Capacidade ou processo de troca de pensamentos, sentimentos, ideias ou informações através da fala, gestos, imagens (de forma direta ou através de meios técnicos);
- Ação de utilizar meios tecnológicos (comunicação telefônica).
O dicionário também expõe três definições que não estão de acordo com a etimologia do termo:
- Informação, mensagem: não são comunicação senão de modo relativo, só se constroem como comunicação diante de um receptor que a compreenda (por ex: de nada adianta um texto para um analfabeto) - anúncios;
- Comunicação de espaços (passagem de um lugar a outro), circulação, transporte de coisas: “vias de comunicação – artérias, estradas, vias fluviais”;
- Disciplina, saber, ciência ou grupo de ciências:
- Ideia de polissemia (consulta e análise dos significados do dicionário): a diversidade da comunicação faz com que o campo de estudo coincida com o próprio estudo do Ser, o que nos leva a refletir sobre um campo de extensão máxima. Podemos fazer uma divisão rudimentar em três domínios da comunicação.
Domínios da comunicação
Seres brutos: relação, transmissão (troca de forças ou energias); processo de ação e relação (emissor: bola de bilhar 1 – mensagem: força/calor – receptor: bola de bilhar2 – efeito: deslocamento/dilatação).
Seres orgânicos: as reações não podem mais ser descritas como processos mecânicos, pois o organismo seleciona as respostas; o ser vivo interpõe o processo ação-reação e os processos passam a ter interpretação e seleção.
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