Texto Noticioso Sobre as Teorias Raciais
Por: Ivy Elis • 13/4/2019 • Trabalho acadêmico • 432 Palavras (2 Páginas) • 284 Visualizações
Sobre as Teorias Raciais.
No século XIX foi negado o princípio básico criado pela filosofia, com o intuito de estabelecer a igualdade entre os homens. E neste mesmo período, uma burguesia orgulhosa com seus avanços, pretende conquistar tudo, inclusive Cecil Rhodes, um grande imperialista, afirmava que conquistaria todos os continentes e planetas.
Podemos notar que desde aquela época, a burguesia causa estragos. Naquele momento, ninguém duvidava do progresso e de uma civilização específica que caminhava em uma só direção, rumo a Europa Ocidental, a monogamia, o industrialismo, a tecnologia. A noção de perfectibilidade, não era mais vista como uma via de mão dupla.
Euclides da Cunha cita em ‘Os Sertões’: “Ou progredimos, ou desaparecemos. Isso é certo”
A sociedade Européia Ocidental era o topo, e diante disso a submissão da cultura afro e indígena é disseminada.
Os negros eram comparados aos brancos, como se a distância entre tais raças, fosse a mesma entre o cavalo e a mula. As suas características físicas, faziam com que conclusões fossem tiradas sobre aspecto moral. Cor de pele, tamanho do cérebro, tipo de cabelo, características físicas diferentes dos ‘brancos’, costumes distintos, tornava os índios e os negros, uma raça inferior, que não faria parte da burguesia, e seria utilizada somente para as funções nas quais os brancos jamais executariam, ou seja, o trabalho braçal, a própria escravidão. E como se isso não bastasse, eram tidos como criminosos, e/ou imorais.
O indivíduo,negro ou índio, era resultado da soma do seu grupo ‘rácio-cultural’, ou seja, observa-se o grupo o qual pertencia e não o indivíduo em si. Com a ideia de ‘eugenia’ (boa geração), certas uniões eram impedidas e outras estimuladas, a fim de ‘cuidar da raça’. Indivíduos eram isolados e outros estimulados.
A ciência por sua vez, seguia com a mesma linha de “estrago”.
A antropometria pretendia provar a todo custo, que seria possível medir a potencialidade de uma raça, a partir do diâmetro da cabeça de um homem; Já a antropologia criminal, queria descobrir o criminoso antes que ele cometesse o crime, e em sua tese, nariz, olho,boca, testa, seriam características físicas próprias de um criminoso.
“É preciso que não tenhamos preconceito; reconheçamos as diferenças” afirmava Silvio Romero, que nesse contexto, ter preconceito seria dizer que todos são iguais.
No Brasil, podemos citar várias heranças deixadas pelas teorias raciais: a desigualdade nas oportunidades de emprego, o acesso à universidade, a ocupação dos cargos públicos e privados, que geralmente é de pessoas brancas, e muitas outras que nem preciso citar. Com base nisso, creio estarmos longe de sermos um país com igualdade entre os homens e livre de preconceito.
Ivilhane Elis Sulzbach
Jornalismos - Primeira Fase
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