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É Possível a Existência de um Gênio Maligno em um Cenário cético global?

Por:   •  11/11/2019  •  Ensaio  •  687 Palavras (3 Páginas)  •  236 Visualizações

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Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

--  Campus Timóteo --

 

Disciplina: Filosofia (2019) – Terceiro Bimestre

Professor: Fernando Furtado

Turma: Química 2

Autores: Simon Tiago de Oliveira; Mateus Ottoni; Igor Max Duque Teixeira.

Email: simontigol@gmail.com / ottonim8@gmail.com / itsigormax@gmail.com

É possível a existência de um Gênio Maligno em um cenário cético global?

Antes de tratarmos propriamente de uma solução para o ceticismo, deve-se ter em mente de forma clara do que se trata o ceticismo. O ceticismo parte de um pressuposto que não é possível ter certeza sobre a verdade. Este ramo filosófico apregoa que o espírito humano não pode atingir nenhuma certeza a respeito da verdade, o que resulta em um procedimento intelectual de dúvida permanente e na abdicação, por inata incapacidade, de uma compreensão metafísica, religiosa ou absoluta do real. Desta forma, para o cético o conhecimento não é possível o que coloca todas as crenças básicas em causa.

O Cenário Cético do Gênio Maligno

 O argumento ontológico de Descartes surgiu como uma necessidade de provar a inexistência do “Gênio Maligno” no cenário cético global que prevê a existência deste. A descrição deste cenário cético, de acordo com Descartes é: “Suporei, pois, que há não um verdadeiro Deus, que é a soberana fonte da verdade, mas certo gênio maligno, não menos ardiloso e enganador do que poderoso, que empregou toda a sua indústria em enganar-me. Pensarei que o céu, o ar, a terra, as cores, as figuras, os sons e todas as coisas exteriores que vemos são apenas ilusões e enganos de que ele se serve para surpreender minha credulidade. Considerar-me-ei a mim mesmo absolutamente desprovido de mãos, de olhos, de carne, de sangue, desprovido de quaisquer sentidos, mas dotado da falsa crença de ter todas essas coisas. Permanecerei obstinadamente apegado a esse pensamento; e se, por esse meio, não está em meu poder chegar ao conhecimento de qualquer verdade, ao menos está ao meu alcance suspender meu juízo. Eis por que cuidarei zelosamente de não receber em minha crença nenhuma falsidade, e prepararei tão bem meu espírito a todos os ardis desse grande enganador que, por poderoso e ardiloso que seja, nunca poderá impor-me algo.”.

Argumento Ontológico de Descartes análogo a Santo Anselmo

        Diante do argumento cético global supracitado, René Descartes desenvolve seu chamado Argumento Ontológico, análogo ao do teólogo Anselmo Ramón com o objetivo de provar a inexistência do Gênio Maligno. Obtido através da dúvida metódica, foi denominado Argumento Ontológico a favor da existência de Deus.

        Partindo do pressuposto de um ser perfeito a que o qual nenhum outro pode ser pensado ou imaginado, o filósofo infere que para este ser de fato perfeito, ele além de existir no plano das ideias, deve existir no plano sensível. Ele incluiu em seu argumento, portanto, que uma das características de tal ser, o maior e menor que se pode imaginar, é a existência.

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