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A Apologia de Sócrates

Por:   •  16/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.105 Palavras (5 Páginas)  •  224 Visualizações

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A Apologia de Sócrates é um livro que foi inscrito por um de seus discípulos, Platão, e que narra o julgamento, condenação de um dos filósofos Grecos mais influentes no ocidente. Na narrativa, o autor por diversas vezes incorpora Sócrates para apresentar o discurso do filósofo de maneira bem detalhista.

O livro é divido basicamente em três partes, que vai da apresentação da defesa, a condenação e a sugestão da sentença e pôr fim a despedida do tribunal.

Sócrates é acusado por três personagens Meleto, Anito e Licon, cada um representante de um seguimento da sociedade vigente na Grécia antiga. Meleto pelos poetas, Anito pelos artífices e Licon pelos oradores. Logo no início Sócrates diz como apresentará a sua defesa ao seu modo e não na maneira que estariam acostumados, pois não lhe seria conveniente se apresentar como “jovem que se exercita em articular discursos (pag. 23)” e sim como está acostumado a falar, ou seja a sua maneira e ainda enfatiza que o discurso do orador é dizer a verdade e que com essa ele não faltará.

Assim ele começa chamando de calúnia as acusações que lhes são atribuídas, para isso toma mão a ata da acusação dos primeiros acusadores que diz: “ Sócrates comete crime e perde a sua obra, investigando as coisas terrenas e as celestes, e tornando mais forte a razão mais débil e ensinando isso aos outros. (pag. 26)”. Na ocasião ele afirma não se ocupar de tais coisas e ainda sugere que procurem a qualquer um que já o ouviu falar e os interroguem para comprovar e tudo isso não passaria de mentiras que dizem dele, pois se sentiria muito orgulhoso de si mesmo se tivesse tal competência, mas que não há tem. Sócrates diz ainda que esta mesma acusação é direcionada a todos os filósofos, pois não querem reconhecer a dimensão do saber deles e ainda por se incomodarem por eles disserem a verdade.

Mais adiante podemos constatar as acusações que são impostas a Sócrates como: “Sócrates comete crime corrompendo os jovens e não considerando como deuses os deuses que a cidade considera, porém, outras divindades novas. (pag. 26)”. Diante disso os acusadores defendem a tese que Sócrates consegue corromper os jovens com sua nova forma de pensar o mundo e acaba distorcendo do pensamento mitológico da época, estas perspectivas de mostrar o outro lado da verdade, se assim podemos dizer, sempre causará estranheza e medo em quem não procura abrir a mente para as outras possibilidades. E ainda estando diante de homem além do seu tempo, nos parece muito óbvio que iriam tentar impedir que falasse e de alguma forma “corromper” mais alguns a pensar como ele.

Sócrates se dedicava em ensinar nas ruas e não obtinha lucro com isso em sua defesa ele se coloca diante de alguns eruditos de sua época que ensinavam os filhos dos nobres e recebiam por isso e diz que se sentiria orgulhoso se soubesse fazer tais coisas, mas não sabia. Ela afirma ainda que tal fama teria nascido desde quando um certo amigo seu, e conhecido de todos, um certo Xenofonte teria ido ao oráculo de Delfos e que esse por sua vez teria afirmado que o homem mais sábio da Grécia seria Sócrates. Sabendo este que não o seria, foi aos políticos e aos poetas e se deu conta que os superava em sabedoria e por fim teria ido aos artífices, estes seriam realmente instruídos de muitas belas coisas. Mas, mesmo assim, tinham os mesmos defeitos que os poetas, mesmo que pretendessem ser sábios nas coisas de maior importância acabavam por obscurecer seu saber.

A partir daí Sócrates adquiriu muitas inimizades podendo ter sido um dos motivos de sua condenação, além de falar a verdade acima de qualquer retórica, Sócrates era seguido pelos filhos dos ricos que gostavam de ouvi-lo falar e acabam por vezes a imitá-lo. Isso para os que se diziam sábios era uma afronta que os enchia cólera.

Em sua defesa Sócrates coloca em questão a acusação de que ele corrompe os jovens utilizando-se da metáfora

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