A Cidade Perfeita Platonica
Por: Lucas Wegner Medronha • 6/6/2016 • Trabalho acadêmico • 671 Palavras (3 Páginas) • 1.645 Visualizações
Descreva a Cidade perfeita.
Na concepção platônica a Cidade é onde a multiplicidade das necessidades reúne numa mesma residência um grande número de associados e de auxiliares e diferente das teorias de alguns filosofos posteriores a ele, a cidade surge das “necessidades” de individuos e consequentemente da entreajuda e não do “temor” e “mal-estar”. A cidade perfeita de Platão não funciona como uma simples reunião de indivíduos, mas sim como um organismo “espiritual”, como uma unidade e para isso platão delimita que para o bem da cidade é necessário que entre ela reine a divisão do trabalho, alías, esse é o principio da filosofia social platônica: toda a gente deve exercer alguma atividade, contribuir de alguma maneira para o funcionamento da cidade, não fazer qualquer coisa mas sim o seu ofício e irão se especializar nas suas atividades/oficios – artesãos, agricultores mercadores, construtores- A cidade platônica é uma cidade “sã” e racional.
Apesar de sã e racional Platão declara que na medida em que a cidade for crescendo e enriquecendo “naturalmente” aparecerão o luxo, as artes e os vicios, a cidade então quando já não basta mais a si própria precisa alargar o seu território e também defender-se dos visinhos e aqui surge uma nova classe: A classe dos guerreiros. Consequentemente, junto de uma classe de guerreiros profissionais – visto que respeitam a divisão social do trabalho e dedicarão-se a aperfeiçoar e exercer somente o seu ofício – surge então, na cidade, o exército.
Um ponto de fundamental importância para compreender a estrutura e a organização da cidade platônica é compreender a importância que Platão da para a educação, para a formação da juventude. Para Platão cabe a Cidade prezar pela formação dos seus cidadãos e dos seus guardiães e governantes. Como nos principios da cidade platônica estão a unidade e a justiça, consequentemente a educação deve ser una, para todos, é preciso, nesse caso, que os principios de virtude, de justiça, de respeito as leis e de devoção a cidade sejam ensinados desde a infância para os futuros cidadãos da cidade. Assim, em conjunto com a educação Platão desenvolve um “método” anticorrupção, método esse que consiste em uma tripartição da sociedade civil – ainda assim, a educação tratará de fazer os cidadãos “entenderem” que são todos irmãos e justificará a separação da mesma na “constituição” ou “do que é feito” cada um dos cidadãos, sendo a massa do povo sendo a raça de bronze, a classe dos guardiães a raça de prata e por fim a raça mais “preciosa”, a raça de ouro composta pelos reis filósofos-. Platão identifica no ser humano três tipos de alma e cada uma delas corresponde a uma parte do corpo. As três almas são importantes, assim como as três partes do corpo que formam o todo. Entretanto, o ser humano não deve ser dominado pelas almas irascível e concupiscente, ou seja, ele não pode ser movido apenas pela "força-violência" ou pela "paixão-desejo". Essas duas almas devem estar sob o controle da razão, segundo ele a mais nobre das três, por que é a única capaz de manter o bom funcionamento do todo Com relação a uma cidade, segundo Platão, o funcionamento não pode ser diferente. Na cidade, os equivalentes à três almas humanas são a classe dos dirigentes (racional), a classe dos militares (irascível) e a classe dos produtores (concupiscente). Essa é a divisão da "cidade ideal" pensada e defendida por Platão. Nela, o governo não pode estar nas mãos de todos, porque as pessoas devem ser separadas de acordo com as suas funções na sociedade. Assim, a cidade ideal só seria governada por aqueles que possuissem a habilidade da sabedoria e estivessem livres de interesses pessoais -os reis-filósofos- somente asssim, com a sabedoria da filosofia, um extenso conhecimento das ciências e o objetivo principal de ser devoto e servidor da cidade, o rei-filósofo poderia, governando, realizar a justiça social.
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