A Critica Distinção entre o Doxa e o Episteme
Por: Dvd Dvae • 23/6/2021 • Artigo • 1.054 Palavras (5 Páginas) • 177 Visualizações
ESTEVES, Davi de Almeida, “Filosofia, a critica distinção entre o Doxa e o Episteme”, Trabalho apresentado no curso BACH, Bacharelado em Ciências Humanas UFJF, disciplina Metodologia Filosófica, Novembro de 2016.
Filosofia, a critica distinção entre o Doxa e o Episteme.
Prefácio
Falar das vicissitudes entre as concepções ideológicas do cientista e do filósofo é pautar sobre um antagonismo Histórico que permeia o evoluir intelectual das sociedades, suas teorias, crenças, mitos e principalmente dos problemas gerados por esse antagonismo, produzindo um embate entre o conhecimento real com provas testadas e refutadas, daquelas que foram simplesmente observadas, criticadas e então pensadas via contemplação, o que acabou por gerar uma inquietante duvida entre o sucesso e o fracasso daquilo que é pratico e o que é teórico, permeando o que Popper chamou de “sonho secular da humanidade” que é a eterna busca pelo conhecimento.
Introdução
Problemas, questionamentos, realidade e ilusão, termos que por sí só remetem a concepção de Filosofia, uma “Ciência” amada e odiada, tanto no mundo intelectual quanto no senso comum, principalmente pela forma como ela se externa e se replica para o mundo dos homens, (doxa) e ate da própria ciência, (episteme) mostrando-se passiva, preguiçosa e com uma dose massiva de paciência, talvez por que todos os seus adeptos, praticantes e principalmente aqueles que a alçaram ao patamar de ciências, fizeram um esforço, digamos, um pouco “distinto” dos demais mestres das outras ciências, uma vez que segundo Bonrheim citando Aristóteles (1969,p.15) “á admiração é o elemento fundamental da gênese do filosofar.” Sendo por vezes taxados como hereges loucos ou descompensados, ou como nos informa Popper (1982,p.87) “os filósofos tem sido acusados de “filosofar sem conhecimento factual.”” Acabando Por fazer com que a Filosofia, seja muitas vezes mal compreendida e discriminada, pois ainda segundo Popper, citando Wittgenstein (1982, p.96) “os problemas filosóficos não passariam de pseudoteorias e ou pseudoproposições.”
Prática e Teoria
O cerne da filosofia é por deveras, segundo Bornheim (1969,p.10) uma “duvida metódica (...) que (...) aguça o espírito critico próprio, (...) onde, reside sua eficácia.”
Eficácia, que ha muito é questionada acerca do entendimento real, daquilo que a Filosofia poderia trazer como contribuição epistêmica em relação ao conhecimento Humano. Pois, entende-se que Filosofar é basicamente questionar o que nós é imposto, criticar o porquê das coisas, buscar via analises, aquilo que o senso comum aceita, teme ou simplesmente se submete, hora por medo, temor, preguiça, ou mesmo por achar que as crenças, mitos e fenômenos naturais ou mesmo humanos, já se faziam presente antes, e continuaram a existir independente de vontades,estudos ou questionamentos.
Uma vez que, a Busca pelo entendimento das relações de vivência entre indivíduos, e da sobrevivência destes com o seu meio, sempre foi um imbróglio factual, permeando tanto o interesse dos cientistas práticos quanto de filósofos teóricos, e que há séculos vem inquietando estudiosos sejam eles cientistas, filósofos e porque não Sociólogos, deixando transparecer que, ainda não se chegou a um consenso sobre a melhor forma de obter conhecimento..
Problemas e solução
A filosofia, e sua concepção, quase não se separa da conceituação de problema uma vez que, em seus primórdios a abordagem filosófica pautava-se unicamente pela idéia da admiração como nos informa, Bornheim (1969,p.11) pois é “ na admiração que encontramos um comportamento de abertura o mais espontâneo e original possível do homem diante da realidade.” Sendo a mesma, uma forma de obter conhecimento a cerca das relações dos indivíduos com o seu ambiente, mitos e fenômenos naturais que se faziam presente na vida em sociedade.
O conceito de admiração, por si só constituíam um imbróglio, uma vez que foi constantemente questionado e taxado como método ineficaz e não confiável de se obter conhecimento real, pois suas teorias pautavam-se das conclusões Humanas (doxa).Situação que, os cientistas recusavam-se a endossar, uma vez que o homem é por natureza um ser instável, temperamental e sujeito a conclusões viciosas e eivadas de pré-julgamentos, ou seja de analises improváveis e subjetivas dos ditos problemas.
Popper (1982, p.98) ao analisar a teorias de Russel e a ideologia de Wittgenstein, afirmou que, “não poderia haver problemas filosóficos genuínos. Humer citado por Popper (1992, p.122) também identificou um problema ao afirmar, “que não podia haver conhecimento seguro (...) ou episteme, (...), pois tudo que sabíamos foi conhecido por meio da Observação.” Tais declarações ajudaram a permear o eterno embate que colocou em lados opostos o conhecimento empírico e o episteme.
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