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A EDUCAÇÃO e ÉTICA

Por:   •  13/9/2015  •  Resenha  •  2.977 Palavras (12 Páginas)  •  868 Visualizações

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Universidade Eduardo Mondlane[pic 1]

Faculdade de Educação

                  Curso de Organização e Gestão da Educação

Módulo de Ética e Deontologia profissional

1º ano

TEMA: Trabalho Individual, (RESENHA) sobre EDUCAÇÃO e ÉTICA

Discente: Nelson Jorge Maxlhaule                                       TURMA: 06

Docente: dr. Baltazar Transval

UEM – 23 de Novembro de 2014

Índice                                                                                                                                             Página

Vida e obra do autor do livro        

Referência bibliográfica        

Introdução        

Resumo das principais ideias        

Comentários        

Recomendações da leitura do livro        

Outra Bibliografia        

Vida e obra do autor do livro

Dr. Jorge Renato Johann, brasileiro, falante de português e outras línguas como francês, alemão, espanhol, italiano, latim, grego e inglês. Graduado em Filosofia, pela Faculdade de Filosofia N.S. da Imaculada Conceição (1973), Mestrado em História, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1984) e Doutorado em Educação, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2008). Professor da Universidade Tiradentes - Aracaju - SE. Actua na área de Educação, com ênfase em Fundamentos Educacionais (Filosofia Geral e da educação, ética e metodologia científica). Exerce sua actividade na educação presencial, educação a distância e nos cursos de pós-graduação lato sensu. É membro do Núcleo Docente Estruturante (NDE) do curso de Serviço Social do Campus Aracaju. Autor de diversas obras, das quais, se evidencia “Educação e Ética, em busca de uma aproximação”.

Referência bibliográfica

JOHANN, Jorge Renato. Educação & Ética: em busca de uma aproximação, Porto Alegre, EDIPUCRS, 2009, 130p.

Introdução

Educação e Ética, em busca de uma aproximação, é uma obra do Dr. Johann, publicada em 2009. Um dos principais objectivos da obra é contribuir para que, cada vez mais, suscitem-se amplos debates e que redundem em um compromisso ético cada vez maior por parte dos profissionais da educação. A realidade actual, mergulhada em conflitos de toda ordem e sem pontos de referência que a orientam no caminho de uma melhor condição de existência para os seres humanos.

Uma estratégia de elaboração da presente resenha foi o resumo das principais ideias contidas no texto, a relação do explícito no livro com a vida prática na educação e na sociedade, bem como a consulta a páginas da internet. Relacionamento da vida teórica com a prática, bem como buscar a importância da busca de aproximação entre educação e ética para os profissionais da educação, em particular, os gestores da educação.

Resumo das principais ideias

O texto evidencia a possibilidade do ser humano descobrir que pode ir além do estado e jaz imerso e fechado. Ele apresenta-se como abertura, ou por outra, como poder ser. Dai, a necessidade da busca do fenómeno da educação como possibilidade de ser diferente, de ser mais, de ser melhor e de se apresentar de forma ilimitada. Destas, duas são essencialmente éticas. Ser diferente, ser mais e ser o melhor são tarefas que implicam em comprometimento ético e são educativas. A educação é fenómeno social e não uma força isolada, desta feita, buscar uma aproximação entre educação e ética só é possível ou não se isto se fizer dentro de um contexto societal. Esta aproximação se fará de forma lenta e imperfeita, num contínuo e constante processo de construção. O autor do livro, busca explicitação em vários autores, entretanto, superioriza Paulo Freire e Arendt na sua busca de aproximação entre educação e ética.

Freire (1985), como citado em Johann (2009), afirma que cada indivíduo precisa ser despertado da sua inconsciência, de sua ingenuidade e de sua passividade, para assumir sua condição de agente da própria história e da história de seu povo. Para isso, será preciso uma acção colectiva dos que o rodeiam, em que um vai clarificando o outro e juntos farão acontecer o desabrochar de nova realidade para todos. Mais ainda, Freire (2002) citado em Johann (2009) diz que “a necessária promoção da ingenuidade à criticidade não pode ou não deve ser feita à distância de uma rigorosa formação ética…[…] a prática educativa tem de ser, em si, um testemunho rigoroso de decência e de pureza. […] Mulheres e homens, seres histórico-sociais, nos tornamos capazes de comparar, de valorar, de intervir, de escolher, de decidir, de romper, por tudo isso, nos fizemos seres éticos. […] Não é possível pensar os seres humanos longe, sequer, da ética, quanto mais fora dela. […] Ser se respeita a natureza do ser humano, o ensino dos conteúdos não pode dar-se alheio à formação moral do educando.

Na sua caminhada em busca de uma aproximação entre educação e ética, o autor, citando Vasquez (1978) e Imbert (2002) faz referência de ética como uma postura reflexiva sobre as questões dos valores e princípios axiológicos enquanto moral se refere à expressão normativa resultante deste esclarecimento. Portanto, ética e moral constituem a práxis axiológica, na medida em que uma está contida na outra. Sendo assim, o autor busca Baptisca (2005, p.23), que trás a sensibilidade, prudência, solicitude ou bondade, como marcas de uma acção ética investida e que requerem o exercício pessoal de uma consciência crítica. Mais ainda, Imbert (2002) afirma que ética abre o que tende a ser fechado e a se definir. Ela interpela o sujeito como um processo inacabável de desimpedimento. Ela desprende um espaço para fora de qualquer espaço, um espaço desenclausurado. É a autonomia que se inscreve na temporalidade humana, implicando em dados psicológicos e sócio-culturais. O mesmo autor, segundo Johann (2009), reafirma-se, não a impossibilidade de haver uma educação sem ética, mas um esforço constante de aproximação entre a educação e a ética e considerando-se as inerentes e inevitáveis incongruências humanas, por mais que seja preciso impregnar a educação da eticidade, sempre haver-se-á de conviver com uma educação como uma prática em busca de uma práxis mais elaborada e perfeita. Para Imbert (2002, 140), a educação tem a obrigação de propor um engajamento ético…[…] a educação pressupõe como tal engajamento em uma práxis em que cada qual consegue separar-se das definições e designações que trabalham por  conta das propriedades do eu; neste caso, a práxis educativa é entendida como processo de inscrição das rupturas que suportam o poder de conduzir-se como sujeito. Para este autor, a educação será, por excelência, uma prática ética quando deixar de ser meramente moralizante ou poiética, isto é, apenas transmissora de conteúdos e de normas, para ser praxiológica. Será na praxis educativa que se aproximará a educação da lei e da ética necessárias para a construção de um ser bem formado e, por conseguinte, de uma sociedade que resulte de uma autêntica cidadania de seus componentes. Baptista (2005), como citado em Johann (2009), propõe uma ética que possa salvaguardar a possibilidade de futuro, ou por outra, responsabilidade prospectica.

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