A Epistemologia na Filosofia

A responsabilidade da ciência

No texto o autor escreve com simplicidade e em uma linguagem bem acessível. Logo de início ele deixa claro que seu principal objetivo é defender a ideia de que a ciência é responsável pela forma como a sociedade faz uso dela e que o cientista é responsável pelas consequências socias da ciência

Em outras palavras, não faz mais sentido dizer que aquele cientista, que trabalha com pesquisa básica, em seu laboratório, está completamente isento de preocupações com os usos de seus resultados; que a produção de conhecimento não tem relação direta com os usos que se fazem dele; que o cientista descobre e os políticos e empresários usam o que foi descoberto. Mesmo a escolha por uma ou outra área de pesquisa não é controlada apenas pela curiosidade, pelo "conhecer por conhecer ", mas também por fatores políticos, econômicos, e de reconhecimento social, que influenciam na dinâmica do campo científico como um todo.

Podemos também estabelecer uma ligação direta entre o que o autor afirma e a sociedade hodierna com sua busca exacerbada por poder. O que leva as pessoas a fecharem os olhos diante das possíveis consequências que o uso de ferramentas indevidas pode causar. Neste sentido entra a responsabilidade de quem produz a ciência que pode ou não ser usada de forma indevida, sobre tudo para fins lucrativos e que acabam ferindo as diversas formas de vida em nosso planeta.

Constatamos no texto a proposta de que a ciência deve ser usada de forma mais eficaz como esforço humano na luta por uma existência livre e racional. Esse esforço visa a criação de um ambiente, tanto social quanto natural, no qual a existência pode ser libertada de sua união com a morte e a destruição. Tal libertação não será um objetivo externo ou subproduto da ciência, mas antes a realização da própria ciência.