A Importância Da Ética Na Formação Humana
Por: Jailson Assunção • 11/9/2024 • Artigo • 4.110 Palavras (17 Páginas) • 35 Visualizações
JAILSON PATRICK ASSUNÇÃO DOS SANTOS (8208483)
Bacharelado em Filosofia
A IMPORTÂNCIA DA ÉTICA NA FORMAÇÃO HUMANA E O CONCEITO DE ALTERIDADE NO COMPORTAMENTO ENTRE AS PESSOAS EM EMMANUEL LÉVINAS
Tutor: Prof. Dr. Alessandro Reina
Claretino – Centro Universitário
Manaus(AM)
2024
A IMPORTÂNCIA DA ÉTICA NA FORMAÇÃO HUMANA E O CONCEITO DE ALTERIDADE NO COMPORTAMENTO ENTRE AS PESSOAS EM EMMANUEL LÉVINAS
Resumo: O presente artigo científico com o tema abordado urge de forma intrínseca buscar conhecer e relacionar a importância da ética para a formação humana, partindo da obra ética a Nicômaco busca-se compreender o que Aristóteles quer enfatizar e dizer o que torna alguém ético a partir da virtude, justiça e moral. A partir desta compreensão pode relacionar esses valores éticos de como as pessoas se comportam umas com as outras por meio do tema alteridade em Emmanuel Lévinas visando a sua individualidade de cada um e o convívio social perante a sociedade. No instante a ética que tange a vida das pessoas seu objetivo é a promover seu relacionamento com a alteridade para assim chegar à individualidade e o social em busca do crescimento humano do seu bem-estar-social levando em consideração os valores éticos de cada pessoa. O método utilizado para se chegar à análise das relações entre as pessoas é inserido na obra Ética a Nicômaco que tem em vista a formação ética do ser humano de como ele se comporta e age perante a sociedade e em Emmanuel Lévinas em sua obra ensaios que aborda acerca do comportamento entre as pessoas a relação do eu com o outro a análise utilizara de fontes bibliográficas para embasamento da obra. Essa pesquisa foi realizada com intuito de perceber e analisar as práticas éticas perante o outro tendo como meio os valores da formação humana individual e social no que tange as relações em nossa sociedade contemporânea.
Palavras chaves: ética, justiça, individualidade, alteridade, social, formação humana.
Introdução
O presente artigo que será abordado visa como problema a questão da importância da ética na formação humana e o conceito de alteridade no comportamento entre as pessoas, desse modo procura-se destacar alguns pontos o que leva o ser humano ser ético a partir da filosofia de Aristóteles em sua obra Ética a Nicômaco e da obra Ensaios sobre Alteridade em Emanuel Lévinas.
Num primeiro momento procurarei enfatizar o que é ética e de que forma ajuda o ser humano a agir por meio de valores como a moral, justiça e virtude, para compreender como essa formação ajudara o homem em sua alteridade entre as pessoas por meio do outro, da minha relação individual para depois se chegar à coletividade. Busca-se compreender os fatos sociais de nossa sociedade contemporânea que cada vez se distancia de sua relação com o outro, em que o meio individual prevalece visando o egoísmo e capitalismo diante do ser.
A filosofia de Lévinas ao contrário nos faz colocarmos em sua reflexão no lugar do outro, o outro não ao meu lado, mas também de várias formas como esse outro se manifesta agindo com responsabilidade, cuidado e empatia para chegarmos a promover a ética em seu parâmetro relacionado a alteridade, bem como identificar as relações seja no meio individual e social, a sua importância na formação para o crescimento coletivo e promover a relação do bem- estar social para que convivam tranquilamente uns com os outros. Assim o presente artigo analisara fontes de artigos científicos e livros para buscarmos uma relação do papel de ética na formação humana.
Desenvolvimento
Quando se fala em ética Aristóteles formula os critérios que segundo ele é um fim último como a autossuficiência que se baseia essencialmente em nossas ações para obtermos caráter ou a virtude. O que torna o homem ser ético é a sua bondade, partindo deste conceito de bom equivale aquela pessoa que age com generosidade, coragem e equidade e que leva o ser humano a ter boas influência na atividade exercida e tornando-o bom. Assim partindo do bom que considera o homem virtuoso através de suas práticas perante o outro fazendo o bem que promove a consolidação e a busca para o fim último da pessoa humana a partir de sua generosidade e coragem. Portanto a ética visa tornar as pessoas boas que segundo Aristóteles (2020,p.130):
“um ente humano bom que seria uma pessoa que possui as virtudes, executa a função humana bem, para uma coisa, executar sua função bem é, para ela, alcançar o que é bom para si e um ente humano bom alcança o que é bom para si”
Em relação a virtude que é de um pressuposto a atividade relacionado ao bem, pode-se considerar que a pessoa virtuosa age de modo compreensível mediante seus atos e não pelos impulsos possibilitando a formação da pessoa por intermédio de suas práticas justas e possibilita criar seu perfil individual pela ação de ato justo que o torna virtuoso. Para Mallmann, a justiça se dar pelo modo de como as pessoas agem moralmente seja por meio das leis que ajudam a organizar a sociedade, editar regras e promover a cidadania entre todos, seja em sua relação com os demais cidadãos no exercício de uma educação igualitária para a formação humana. Contudo a justiça mediante as leis e regras possibilita a formação do cidadão livre ainda que essas relações humanas se deem de forma passageira diante do exercício realizado por cada um. A justiça e a moral são essenciais na vida da pólis visto que a organização em benefício do uso comum, o bem promovido na coletividade que se sobrepõe o individual.
Partindo mediante o contexto de nossa sociedade falar de alteridade em nosso cotidiano é muito mais complexo e ao mesmo tempo se torna difícil em mundo muito globalizo em que os valores são muito artificiais. Em Lévinas que traz um pensamento rico a partir do outro que é o meu espelho e ao mesmo tempo uma lição de vida, o eu individual em defronte com o outro é uma realidade cada vez instigante pois, a diferença é a construção do eu que se manifesta em relação com o outro. Segundo Mendonça e Cardoso (2018), a ideia de que o outro é para o pensamento só será possível à medida que reconheço e procuro respeitar o outro na sua particularidade sem impor sobre ele e aceitar a diferença presente em cada pessoa na sua particularidade. Portanto o ser humano não se basta só até porque é um ser sociável que vive em sociedade e não se limita somente a si. Para que se busque uma integração sociável deve se passar pela responsabilidade, do cuidado que leve a generosidade do ser, diante dos valores da ética, da justiça e da moral que poderia se chegar a uma sociedade mais humana estabelecendo cada vez a igualdade e o respeito entre as pessoas.
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