A Lógica Para Aristóteles, Mill e Kant. Validade e Verdade. Silogismo Dialético e Analítico. Intuição e modos de presença
Por: Sueliton Medeiros • 20/3/2021 • Trabalho acadêmico • 511 Palavras (3 Páginas) • 334 Visualizações
- A lógica pode ser entendida pelo menos de 3 (três) modos distintos (Aristóteles, Kant e Mill). Explique-os.
DEFINIÇÕES
A lógica aristotélica se baseia na ideia de que a razão humana é capaz de deduzir conclusões a partir de negações ou afirmações anteriores. Se as premissas forem verdadeiras, a conclusão também será.
A lógica para Kant é uma ciência do uso correto da razão e do intelecto segundo princípios a priori, de modo objetivo.
A lógica para Stuart Mill é o conjunto dos meios (metodologia científica) que devemos utilizar para conseguirmos representar as coisas tais quais elas são.
DIFERENÇAS
A lógica aristotélica não está voltada ao conhecimento das coisas como elas são [Mill], nem tão pouco está voltada para determinação das condições à priori do conhecimento (filtros) [Kant]. Ela está voltada para determinação dos tipos de argumentação válidos, que partindo de premissas supostamente verdadeiras, conduzirá a conclusões necessariamente verdadeiras.
- O que é “verdade” e “validade” de um discurso?
A verdade de um discurso é a correspondência entre o que se diz e o que se é, está no juízo ou proposição, como afirmação ou negação que pode ser averiguada.
Validade é a qualidade formal de um discurso capaz de conduzir necessariamente a uma conclusão verdadeira quando se parte de premissas verdadeiras.
Obs.: a verdade e a validade não têm nada ver, o que acontece é uma relação acidental entre as duas, mas são independentes.
- De acordo com o Cap. VI do livro O que é Filosofia? (de José Ortega y Gasset), quais são os modos como podem se relacionar intuição e pensamento (discurso)?
Intuição significa estritamente aquele estado mental em que um objeto nos é presente, segundo seus modos de presença:
- Intuição adequada e exprimível pelo pensar: a intuição do objeto da crença é imediatamente presente e idêntica ao conteúdo pensado, como por exemplo a perceção da cor laranja em um prisma;
- Intuição adequada, mas não exprimível pelo pensar de uma vez por todas por excesso da intuição (conhecimento a priori): a intuição do objeto da crença está sempre imediatamente presente, mas o conteúdo pensado por nós é sempre inferior à intuição que temos dele, de modo que nossos conceitos são sempre inferiores quando comparados com a intuição que dispomos, como por exemplo a percepção do infinito em uma linha);
- Intuição inadequada e não exprimível pelo pensar por falta da intuição (conhecimento a posteriori): a intuição do objeto da crença não é nunca completa, mas sempre parcial, e o conteúdo pensado por nós acrescenta sempre algo, proveniente de outras experiências, à experiência intuitiva anterior, como por exemplo a percepção de uma maçã.
- Como o silogismo dialético se distingue do silogismo científico?
O silogismo dialético parte de opiniões de aceitação geral, as que se baseiam no que todos pensam, na totalidade dos sábios ou nos mais ilustres entre os sábios, tendo como método a confrontação dessas crenças pela determinação de seus princípios últimos (confrontação das premissas). Já o silogismo científico parte de premissas supostamente verdadeiras, que conduzirá a conclusões necessariamente verdadeiras. De forma sucinta, a diferença entre os dois é o tratamento que a premissa tem, como probabilidade e certeza.
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