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A Maior carência: A falta de sabedoria

Por:   •  7/5/2018  •  Resenha  •  1.150 Palavras (5 Páginas)  •  280 Visualizações

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  1. 23. Passar  necessidade  e  ser  infeliz  se  identificam?

 

  • No terceiro dia dos colóquios, foi decidido descer até o campo mais próximo para que pudesse prosseguir com o discussão do último tema do colóquio da véspera;
  • Foi dito por sua mãe que “A infelicidade não é outra coisa se não carência”. E todos concordaram que os indigentes, é quem são infelizes;
  • Porém não foi esclarecido, a questão : “São todos os infelizes necessitados de algo?” . Então se a razão chegar a demonstrar que é dessa maneira, será encontrado quem seria feliz. “A pessoa que não padece de nenhuma indigência”;
  •  Uma vez que quem não é infeliz é feliz. Será feliz quem não sofre de necessidades, mas apenas se for confirmado a identidade entre a indigência e a infelicidade.

  1. 24. Inconsequências  lógicas  

  • Trigésio indagou que , “Não se pode deduzir ser feliz quem não está na indigência pelo fato de ser manifestamente infeliz o indigente?” . Lembrou-se que todos concordaram sobre, além disso também concordaram que não existe meio termo entre a miséria e a felicidade.
  • E então começou o dialogo em que foi questionado sobre , existir um meio termo entre um ser morto e um ser vivo. Trigésio confessa que também não há um meio termo.
  • A finalidade foi que nesse caso se, todo homem que não estivesse enterrado por um periodo de tempo, ainda estaria vivo , então a premissa que  "todo  indigente  é  infeliz"  não  se pode seguir já  que "quem  não  estiver  na  indigência  será  feliz",  haja vista que  entre  o feliz  e o  infeliz,  como  entre o vivo  e  morto  não  cabe  estado  intermédio.
  1. 25.Conceitos  estóicos  sobre  a  sabedoria  da  vida  

  • Alguns do grupo demostravam ser lentos para entender tal raciocínio, então foi se indagada de forma que todos compreendessem : “Ninguém duvida agora de quem se encontra na indigência seja feliz?” E não precisamos indagar se o sábio sofre de necessidades corporais,pois essas coisas não se fazem sentir na alma.
  • Afirma também que   A  alma  do  sábio  é  perfeita:  ora,  ao  que  é  perfeito  nada  falta.  Pois ele se servirá de tudo o que for necessário a seu corpo, e estiver em seu alcance.
  • Caso contrário, a falta desses bens não conseguiria abatê-lo. Já que uma das características de um sábio é ser forte, e o forte nada deve temer.  Logo, o  sábio  não  teme  a  morte corporal,  nem  os  sofrimentos  que  não consegue  expelir,  evitar  ou  atrasar.
  • Entretanto ele não deixará de se servir honestamente dos seus bens, caso possua. Dessa maneira, aparece a verdadeira máxima : "E  tolice  suportar  o  que  se  puder  evitar". Então o sábio vai evitar a morte e todo o sofrimento sempre que for possível e completamente conveniente, pois deixando de fazer isso, seria infeliz.
  • Não que esses malefícios lhes causassem aflição , mas porque poderia ter tido a possibilidade de os evitar e não o fez. Isso seria sinal de tolice.
  • Em consequência de não ter evitado, sua infelicidade iria vir não pelo fato do sofrimento, mas sim pela estupidez. E caso o sábio não consiga evitar esses males, depois de ter tido o empenho  no limite do conveniente, e falharem, não os tornariam infelizes. “"Já  que  as  coisas  não  podem  ser  tal  como  queres,  deseja  apenas  aquilo  que  for  realizável".
  •  Como  poderia  ser  infeliz  aquele  a  quem  nada  acontece  contra  a  sua  vontade?  Pois ele  não  chega  a  desejar  o  que  vê  seja irrealizável.  Sua  vontade se  dirige  somente  as coisas  possíveis.  Tudo  o  que  ele  faz  será  conforme  as  prescrições  da  virtude  e  da divina  lei  da  sabedoria.  
  1. 26.  Basta  o  gozo  dos  bens  temporais  para  ser  feliz?  

  • “É infeliz todo o que sente a necessidade de algo que lhe falta?” É difícil aceitar essa opinião , pois mesmo aquelas pessoas que desfrutam de grande abundância de bens perecíveis, está sujeito a ter grandes dificuldades.
  • Imagine que um homem que achava ter muitos acúmulos de riquezas, à ele nada faltava. Possuía em abundância propriedades e amigos muito prestativos. Contudo , alguém poderia dizer que ele queria ter possuído mais do que já tinha? Não se sabe. Suponha-se então que tudo bastava. Parece que lhe falta algo?
  • Licencio se aventurou, a dizer, que ele temia , que por algum evento inesperado perdesse todos os seus bens.
  • E então, O que esse homem estava impedido por suas próprias qualidades naturais de chegar à vida feliz. Pois, quanto mais inteligente ele fosse, mais iria saber que havia a possibilidade de perder todos os seus bens. "A  um  homem  sem  segurança,  seu  próprio  mal  o  torna  conformado".  
  1. 27.A  maior  carência:  a  falta  de  sabedoria  

  • Orata (O homem rico), sentia-se sem segurança, mas não achava que estava na indigência. Mas é ai que se encontra a questão, encontra-se na indigência o não ter o que necessita, e não no receio de perder o que se possui. Logo esse homem de quem se fala, não se encontrava na indigência, mas era infeliz porque emia  a  perda  de  seus  bens.
  • Portanto é não exato dizer que todo homem infeliz, está na carência de alguma coisa. Contudo não se compreende ao certo , como se pode separar a indigência da infelicidade. Então faltava-lhe justamente a sabedoria.
  • Qual seria a diferença existente entre conhecer múltiplas e diversas doutrinas, e ter o espirito inteiramente voltado para Deus ? Agora se percebe certamente que não poderia ser dito nada de mais verdadeiro e mais divino. Uma vez que a maior e mais deplorável indigência é a privação da sabedoria, ao contrário nada pode faltar a quem possui a sabedoria.

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