A Pedagogia Grega
Dissertações: A Pedagogia Grega. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Genicleide • 23/2/2014 • 1.240 Palavras (5 Páginas) • 908 Visualizações
3 - A PEDAGOGIA GREGA – OS PERÍODOS DA FILOSOFIA
O termo pedagogia é de origem grega e deriva da palavra “paidagogos”,
nome que era dado aos escravos que conduziam as crianças à escola. Somente
com o tempo, esse termo passou a ser utilizado para designar as reflexões que
estivesses relacionadas à educação.
A Grécia clássica pode ser considerada o berço da pedagogia, até porque é
justamente na Grécia que tem início a primeira reflexão acerca da ação
pedagógica. Essas reflexões vão influenciar por séculos a educação e a cultura
do ocidente.
Os povos orientais acreditavam que a origem da educação era divina, o
conhecimento deles se resumia aos seus próprios costumes e crenças. Tudo isso
impedia uma reflexão mais profunda sobre a educação, pois, esta era fruto de
uma organização social teocrática.
Contudo, na Grécia Clássica, a razão se sobrepõe ao conhecimento
puramente religioso e místico. Nesta época a concepção dos gregos de educação
se resume à inteligência crítica e à liberdade de pensamento do homem.
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O nascimento da filosofia grega foi um fator de grande importância para o
desenvolvimento de uma nova concepção de educação da Grécia.
Os períodos em que a filosofia grega se divide são:
- Período pré-socrático (Século VII e VII a.C.); os filósofos das colônias
gregas iniciam o processo de separação entre a filosofia e o pensamento
mítico.
- Período socrático (Séculos V e IV a.C.) Sócrates, Platão e Aristóteles. Os
sofistas são contemporâneos de Sócrates e alvos de suas críticas. Isócrates
também é desse período.
- Período pós-socrático (Séculos III e II a.C.) época helenística, após a
morte de Alexandre. Fazem parte desse período as correntes filosóficas: o
estoicismo e o epicurismo.
O Período pré-socrático se inicia no final do século VI a.C., quando
aparecem os primeiros filósofos nas colônias gregas da Jônia e na Magna Grécia.
Esse período caracteriza-se como uma nova forma de analisar e ver a realidade.
Antes esta era analisada e entendida, que anteriormente era analisada e
entendida apenas do ponto de vista mítico. Vale ressaltar que a filosofia não vem
para romper radicalmente com o mito, mas sim utilizar o uso da razão no
esclarecimento da origem do mundo. Os antigos mitos sobre a origem do mundo
que foram transmitidos oralmente e depois transformados em poemas por Homero
e Hesíodo são questionados pelos pré-socráticos com o objetivo de explicar a
origem do mundo.
Outra diferença que podemos notar entre a filosofia nascente e as
concepções míticas é que esta não admitia reflexões ou discordância. A filosofia
nascente por sua vez deixa o espaço livre para reflexão, daí cada filósofo surgir
com uma explicação diferente para a origem do mundo.
Assim, todas as antigas afirmações à respeito da natureza (phisys) são
questionadas, ou seja, os filósofos passam a exigir fatos que justifiquem as idéias
expostas. Toda essa mudança de pensamento é de fundamental importância para
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o enriquecimento das reflexões pedagógicas em busca de um novo ideal de
educação.
O Período Socrático (séculos V a IV a . C.) é marcado pela influência de
três grandes filósofos, Sócrates, Platão e Aristóteles.
Sócrates (470 – 399 a . C) tomou como ponto de partida o princípio básico
da doutrina sofista. “ O homem é a medida de todas as coisas” ( CHAUÍ, p. 37 ).
Se o homem é a medida de todas as coisas, é obrigação de todo homem procurar
conhecer a si mesmo. Para ele, o homem deveria procurar conhecer a si mesmo.
Para ele, o homem deveria procurar os elementos determinantes da finalidade da
vida e da educação. Porém, a consciência individual deveria deixar de se
fundamentar por simples opiniões, para poder guiar-se por idéias de valor
universal.
O fim da educação, então, não era dar a
informação sem base que, aliada a um
verbalismo superficial e brilhante, constituía o
ideal dos sofistas. Era ministrar saber ao
indivíduo, pelo desenvolvimento do seu poder
de pensamento. Todo indivíduo tem em si a
capacidade de conhecer e apreciar tais
verdades como as de fidelidade, honestidade,
verdade, honra, amizade, sabedoria, virtude,
ou pode adquirir essa capacidade. (PILLETTI,
1990.P. 33).
Platão nasceu em Atenas (428 -347 a.C.) de família nobre. Foi discípulo
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