A Pedagogia platônica na ciência moderna.

FACULDADES INTEGRADAS CAMÕES

FERNANDO JOSÉ SOARES DOS SANTOS

A pedagogia platônica na ciência moderna.

Aspectos da educação platônica no surgimento das ciências e suas interpretações.

Curitiba

2018

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................3

1. Delimitação do tema.......................................................................................3
2. Iluminismo.......................................................................................................3

1. DESENVOLVIMENTO............................................................................................4

1. Platão, história e educação...........................................................................4
2. Alegoria da Caverna.......................................................................................4
3. Método cientifico............................................................................................5
4. Ciência moderna e Iluminismo......................................................................6
5. Newton e mecanicismo..................................................................................6
6. Cientificismo...................................................................................................7

1. CONCLUSÃO.........................................................................................................7

BIBLIOGRAFIA......................................................................................................8

1. INTRODUÇÃO.

1.  Delimitação do tema.

Este trabalho ter por finalidade buscar demonstrar as raízes do conteúdo platônico na formação da ciência moderna, e um pouco do próprio método científico. Platão é visto em suas obras como sendo um racionalista, realista, idealista e dualista. Duvidava das percepções sensoriais acreditando que tudo aquilo que os sentidos percebem muitas vezes não correspondem à realidade. Com uma visão precursora do mecanicismo Newtoniano, Platão acreditava na verdade (conhecer) de maneira imutável, sendo assim o Universo deve ser regido por leis que após conhecidas serão constantes e dogmáticas.

1.  Iluminismo.

Durante o século XVIII com o advento do movimento Iluminista, mais precisamente por volta do período de 1620, através da Revolução Científica a ciência deixa sua dependência da teologia, tornando-se um conhecimento supostamente mais estruturado e prático. Sendo a ciência então composta por leis e métodos constantemente racionalistas.

O humanismo oriundo do Renascentismo e um regaste interpretativo das filosofias gregas propiciaram para o mundo moderno, o que hoje conhecemos como método cientifico. Processo no qual valida-se um conhecimento de modo que este seja constante e praticamente imutável.

1. DESENVOLVIMENTO.

1.  Platão, história e educação.

Platão viveu em Atenas, foi um filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, fundou a primeira instituição de ensino superior do mundo ocidental, conhecida como Academia de Atenas. Primeiro pedagogo, concebeu o sistema educacional e o integrou a uma dimensão ética e política. Para o filósofo o objetivo da educação era a formação do homem moral, vivendo em um Estado justo. Visionário para sua época, Platão baseava sua idéia de que os cidadãos que tem o espírito cultivado fortalecem o Estado, e que os melhores entre eles serão os governantes. Entendia que a educação deveria ser de responsabilidade do estado e que seu acesso universal, sendo indiferente questões de gênero. Considerava a educação a mais nobre das ciências, e outorgava ao ideal educacional a condição de bem supremo da vida, como objetivo último à formação de cidadãos virtuosos. Uma de suas maiores contribuições para a educação e a formação educacional é o processo dialético platônico, que consiste em um debate de idéias para depurar o pensamento e os dilemas morais, relacionado com a procura de respostas durante o aprendizado. “Platão é do mais alto interesse para todos que compreendem a educação como uma exigência de que cada um professor ou aluno, pense sobre o próprio pensar”, excelente definição dada pelo Doutor em Filosofia Sérgio Augusto Sardi.

1. Alegoria da Caverna

Dentre as maiores obras de Platão, podemos destacar a “A República” que contém o diálogo de Sócrates e Glauco, definido comumente de “Alegoria da Caverna” que pode ser completamente relacionada com a ciência. Este diálogo narra uma situação de homens que vivem uma suposta caverna, acorrentados, sem possibilidade de se mexer ou olhar para qualquer local que não fosse a parede da caverna. Atrás desses homens existe uma fogueira que refletindo a sombra lhes permite enxergar espectros de acontecimentos de homens que passam atrás deles com ferramentas, utensílios e materiais. Nesta alegoria, para estes homens acorrentados a sombra é o conhecimento real, sendo além dela mais nada possível. Posteriormente no diálogo temos a exemplificação de que um dos homens acorrentados conseguisse se libertar e descobrisse que tudo que ele enxergara e acreditará como real, não passava de uns meros aspectos dos sentidos. Este mesmo homem tenta após adaptar-se com o mundo real retornar para a caverna, para avisar e salvar seus companheiros, mas infelizmente é rejeitado. É possível realizar o paralelo da Alegoria da Caverna com a ciência, pois esta tenta supostamente demonstrar que não podemos confiar em aspectos dos sentidos e então tenta por alertar a sociedade.

1.  Método cientifico.

O método científico é um conjunto de regras básicas para desenvolver um experimento a fim de produzir um novo conhecimento, como também corrigir e juntar os conhecimentos pré-existentes. Podemos dizer que a maioria dos filósofos da Grécia antiga preocuparam-se em explicar o próprio conhecimento e sua produção, mas Platão foi o precursor em voltar-se para este problema com mais atenção. Ele estabeleceu uma distinção entre a “doxa” que significa opinião e a “episteme” que remete a ciência, para o filósofo uma pessoa comum, não educada para a ciência, acaba por ficar limitada em seus conhecimentos por suas percepções sensoriais e paixões. Já que os sentidos muitas vezes não correspondem à realidade, podendo ser apenas uma ilusão ou falsa percepção. Em contrapartida o filósofo é aquele que pode atingir o verdadeiro conhecimento, que seria a ciência, pois ele sabe lidar com o mundo das ideias. Para Platão o conhecimento da verdade é um conhecimento perfeito, portanto imutável. Uma vez atingido esse conhecimento, ele valeria para todo o sempre. Sua preocupação concentra-se em utilizar a razão para descobrir a verdade imutável em um mundo de aparências e em constante mudança.